A radicalização das posições começa no Governo e na sua obediência ao programa de cortes a eito do FMI. E Nuno Crato, professor, prestou-se a esse lamentável papel de timoneiro da luta contra a Escola pública – pois é disso que esta greve trata. Marioneta, aparentemente incapaz de perceber o que verdadeiramente está em causa (Pacheco Pereira, historiador das resistências, explica com clareza o que se passa), Crato já perdeu: a greve dos professores (greve a todo o serviço, note-se) está a ser muito participada.
Tinha sido bom era que os pais e alunos e outros não tivessem contra os professores, pois não perceberam que de facto a luta devia ser de todos. E só espero que os profs contínuem com a luta, que até podem ter vencido hoje, mas ainda há muita coisa para conquistar de novo.