Soube, através do Expresso, que António José Seguro teria feito uma referência à projeção do nome de Portugal, a propósito da Bola de Ouro, ontem entregue a Cristiano Ronaldo.
Contudo, de facto, o secretário-geral do Partido Socialista não mencionou qualquer projeção. Seguro referiu-se tão-somente à projecção do nome de Portugal. Projecção. Exactamente.
Segundo nos conta o Diário de Notícias, o actual primeiro-ministro, Passos Coelho, ter-se-á referido quer ao capitão da selecção nacional, quer à seleção nacional.
Novidades? Nenhumas. O caos ortográfico está instalado e a culpa, garanto-vos, não é certamente do capitão da Selecção. Sim, da Selecção.
Pelo tacto poderemos verificar se os dedos de uma mão percorrem o tecto de uma sala ou uma teta de uma cadela. Para mais que… um tecto não é um teto e uma licenciada em arquitectura denomina-se arquitecta. Por mais arcos, balões, tetas e tretas desfiladas pelos defensores do Aborto Ortográfico eles não passam de espetadores criminosos da Língua Portuguesa. Nós não podemos ficar na condição de espectadores, temos de actuar contra o espectáculo de quem espeta vilmente, através de factos errados na perspectiva linguística, embora tapados sob fatos alegadamente de progresso. Este fato ornamentado de progresso é tecido por interesses mercantilistas que, segundo os seus defensores, irão aumentar a facilidade de contactos na Lusofonia. Mas que parvofonia essa! Vamos lutando, vamos fazendo a nossa parte para a anulação de tal aborto.