Com ou sem Ronaldo, o futebol saudita continua uma merda. E nós as ovelhas do costume.

Sinto que estamos a misturar as coisas.

Sim, o dinheiro manchado de sangue do Kim saudita comprou meia dúzia de craques.

Já tinha comprado uns quantos clubes na Europa e sim, nós fizemos de conta que estava tudo bem, como fizemos de conta que estava tudo bem durante as duas décadas em que Putin era um dos nossos e o seu gás barato garantia os excedentes comerciais de países como a Alemanha.

E sim, o futebol é hoje a modalidade mais podre e em mais avançado estado de decomposição.

E nós parecemos moscas à volta dela, ignorando a corrupção, o sportswashing e os mortos e presos políticos que ficam escondidos atrás do dinheiro sujo que alegremente aceitamos dos ditadores que financiam o jogo no continente dos velhos virtuosos. [Read more…]

Henrique Raposo espatifa Ronaldo e outros futebolistas ao serviço do carniceiro de Riade

sem espinhas, no Expresso.

O patrão de Cristiano Ronaldo é pior que Vladimir Putin

Em 2022, o regime saudita mandou executar 196. O triplo das execuções em 2021, o sétuplo de 2020. Este é o número oficial, mas organizações como a Amnistia Internacional acreditam que o número seja bem superior, dada a opacidade que caracteriza o regime e a justiça, que não é mais do que a vontade momentânea da família Saud. Ou seja: não existe.

Entre as execuções possíveis, fuzilamento, decapitação e lapidação estão entre os métodos mais usados. A lapidação, ou apedrejamento até à morte, é mais comum entre as mulheres. E estas práticas tendem a ser realizadas em público, porque ao regime totalitário não chega matar estas pessoas. É preciso humilhá-las e manter as restantes aprisionadas no medo de serem as próximas.

Entre os executados, é frequente encontrar menores de idade. E condenações por bruxaria ou associação terrorista, duas tipologias suficientemente ambíguas para condenar qualquer dissidente, ainda que sem motivo. [Read more…]

Cristiano Ronaldo, embaixador informal do totalitarismo saudita

vem a Portugal com o Al-Nassr inaugurar um centro de alto rendimento. Triste.

Sportswashing lava mais branco

Mohammed bin Salman é o novo Vladimir Putin, imparável a comprar o Ocidente com petrodólares vermelho-sangue. Tenho pena de ver o Cristiano Ronaldo ser pioneiro no sportswashing do totalitarismo saudita, só comparável à Coreia do Norte em termos de repressão, e mal posso esperar para conhecer os argumentos dos hipócritas, no dia em que a narrativa fizer com ele o mesmo que fez com Putin, após duas décadas a branquear os seus crimes.

Cristiano Ronaldo, as ronaldettes e o regime saudita, igual ou pior que o russo

Descobri estes dias que tenho uma dívida para saldar com Cristiano Ronaldo. Como se não me chegasse o crédito à habitação e a dívida externa do país. Sorte a minha, é uma dívida de gratidão. Mas não deixa de ser uma dívida involuntária, na medida em que tenho que a aceitar, mesmo que me esteja nas tintas para o futebol jogado.

Quem não aceita a dívida sujeita-se ao homem do fraque. E, neste caso, o homem do fraque são as ronaldettes, que logo surgem, de tocha na mão, a exigir que se venere o melhor do mundo, garantindo que Ronaldo está acima da crítica e, por conseguinte, da liberdade de expressão e do estado de direito. O que é interessante, já que Ronaldo foi trabalhar precisamente para um país onde se cultiva a rejeição desses valores.

Eu disse cultiva? Queria dizer reprime. Com brutalidade medieval.

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José Manuel Ribeiro mete o dedo na ferida sobre a ida de Cristiano Ronaldo para a Arábia Saudita

Cristiano Ronaldo: uma lenda que parte, vergada aos petrodólares

Eu era um daqueles gajos que tinha a certeza absoluta que Cristiano Ronaldo acabava a carreira em Portugal. O dinheiro há muito que não é problema, o Sporting foi o clube que o formou e apresentou ao mundo do futebol, e Ronaldo, acreditava eu, seria o bigger man, aceitaria uma redução salarial e terminaria a carreira como herói aclamado de Alvalade. Talvez um dia dessem o seu nome ao estádio.

A verdade é que não sei se o Sporting estaria interessado em receber Ronaldo, mais ainda numa fase em que as polémicas ultrapassam claramente a magia dentro das quatro linhas. Mas custa-me a crer que o Sporting, ou clube algum em Portugal, incluindo o meu Porto, recusasse o melhor jogador português de todos os tempos.

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Alexandra Reis e Georgina Rodriguez

Andam para aí a dizer que Alexandra Reis recebeu uma indemnização milionária, mas a verdade é que mal chega para oferecer um Rolls ao marido.

Somos todos gauleses

Por norma queremos que a França perca sempre, porque temos um passado de gato-sapato aos mãos dos tipos, excepção feita ao Euro 2016. Mas hoje, meu querido Portugal, somos todos uma irredutível aldeia de gauleses, porque querer a vitória da Argentina é uma afronta ao nosso Deus e a Igreja Universal do Reino de CR7, n’est pas?

O estado da noção

Ou, parafraseando o maior, sobre o “estado a que isto chegou”.

O Ronaldismo Desportivo hoje nas bancas

Eu percebo que os tempos estão difíceis para a imprensa. Sobretudo para a escrita. As audiências são muito más, a publicidade pira-se para outros lados. É complicado. O que eu não percebo é acreditarem resolver momentaneamente a coisa com “Cristiano Ronaldo”. Porque ele disse, ele fez, não disse, não fez. Todos os dias e a todas as horas.

O ridículo em tudo isto é ver a Marca ou alguns esgotos a céu aberto ingleses serem fonte de boa parte dos jornais “desportivos” portugueses.
Não, o “ronaldismo desportivo” não vos vai salvar.


Pior, todo este “serviço” que hoje vejo por aí no “jornalixo” desportivo só serve para destabilizar e poluir o ambiente com um cheiro nauseabundo. É o resultado de se aceitar ser cúmplice da agenda de terceiros. Ou de se ser o “idiota útil” de serviço. Parabéns.

Selecção nacional: professores e jogadores

Os professores e os jogadores da selecção nacional de futebol têm algumas coisas em comum, começando, de uma maneira geral, pela nacionalidade e por outros pormenores como membros inferiores e superiores acompanhados por órgãos e vísceras.

Professores e jogadores estão ao serviço do país, esperando-se que todos sejam sérios e exigentes quando desempenham os respectivos papéis. Há uma diferença: os professores não ganham internacionalizações de cada vez que dão uma aula.

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Cristiano Ronaldo e a entrevista

Um jogador de futebol, provavelmente um dos melhores da história deste desporto, deu uma entrevista. Até aqui, nada de muito importante. Porém, antes mesmo da entrevista ter sido emitida, todo o cão e gato deu opinião sobre a dita. Já a tinham visto/ouvido? Não. Leram umas coisas no twitter (ainda existe?), viram umas linhas no facebook (uma magnífica fonte, como se sabe) e imediatamente tiraram conclusões. Os comentadores da bola “botaram” sentença. Os que amam o rapaz declararam o seu amor eterno. Os que o odeiam reforçaram o seu ódio. A jornalada (não confundir com jornalistas, essa espécie em vias de extinção) publicou umas coisas para procurar vendas e cliques. E essas “coisas” eram verdadeiras? Pergunta estúpida esta, como se isso nos dias que correm fosse importante. Frases retiradas do contexto? Resmas. Frases atribuídas ao jogador que afinal foram proferidas pelo entrevistador? Imensas. Frases que nem sequer foram proferidas? Demasiadas.

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O Ronaldo é o maior, mas…

O Ronaldo é o maior.

Não é maior que o Salgueiro Maia, nem que o Aristides, ou sequer que o Eça, mas é, à sua maneira e no seu tempo, o maior.

Ser o maior não implica ser perfeito. D. Afonso Henriques, que foi o maior, bateu na mãe. Humberto Delgado, que também chegou a ser o maior, e morreu por isso, começou por ser um apoiante do regime fascista. Todos têm os seus esqueletos no armário. Até os maiores.

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Quo Vadis Cristiano?

Cristiano Ronaldo é um exímio jogador de futebol, classe mundial, dos melhores na história do desporto-rei, coleccionou títulos e superou marcas que pareciam inatingíveis ao longo da sua brilhante carreira.
Faz parte da condição humana, inclusive dos atletas de eleição, a vida não perdoa e desportista algum escapa ao ocaso, mesmo que a longevidade não seja igual para todos e dependa de múltiplos factores, é importante saber quando e como terminar, ninguém gosta de ver um ídolo arrastar-se penosamente pelos recintos onde exibiu classe e triunfou. [Read more…]

Cristiano Ronaldo, Coca-Cola e o Europeu dos autocratas

Gostei de ver a UEFA a sair em defesa da Coca-Cola, na sequência da ronalidice a que assistimos há uns dias. Até porque nem todos se podem dar ao luxo de cuspir no prato onde comeram, como fez Cristiano Ronaldo.

Por causa deste episódio, fui espreitar os patrocinadores oficiais do Euro 2020. E descobri que pelo menos um terço das empresas patrocinadoras são geridas por oligarcas e directamente controladas por um regime totalitário:

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Os pesos e as medidas

Chamar “homossexual” é um insulto? Isso pressupõe que ser homossexual seja insultuoso. Para quem? Para um homofóbico?

O gajo ouve “filho da p***” todos os jogos e faz queixa por ofenderem a mãe? Eu sou homossexual, e se alguém, na rua, me gritar “gaaaaaay!” eu grito “pois sou!”… onde está o insulto? [Read more…]

A marquise do Ronaldo e o Bairro da Jamaica

Diz-se que residentes do Bairro da Jamaica estarão indignados com a marquise do Cristiano Ronaldo!

Se eu fosse o árbitro do Luxemburgo-Portugal

Ontem, Cristiano Ronaldo falhou um golo só com o guarda-redes pela frente. Eu, se fosse o árbitro, saía do campo e atirava com o apito.

CR7 em nova modalidade olímpica

Lançamento da braçadeira.

O comportamento de Cristiano Ronaldo foi vergonhoso!

Numa das três ou quatro tiradas avulsas em que despejei nas redes sociais a minha indignação face ao comportamento de Cristiano Ronaldo, pessoa amiga deixou o seguinte comentário:

Mas querias o quê?! Que ele continuasse em campo e não atirasse a braçadeira ao chão, portando-se à altura de um atleta profissional, de 36 anos, que sabe agir com desportivismo e maturidade? Tens cada uma…

Lapidar, ou seja, digno de ser inscrito na pedra – está tudo aqui: a falta de profissionalismo, de desportivismo e de maturidade.

É difícil, em qualquer jogo, com a adrenalina no máximo, manter a serenidade? É, mas aos que devem ser exemplos exige-se que façam o mais difícil. É difícil dominar uma bola que vem com força, é difícil driblar em corrida, é difícil rematar com os dois pés, é difícil saltar a 2,56 metros de altura durante 1,5 segundos e cabecear, é difícil ser o melhor marcador de sempre. É difícil não perder a compostura, quando um golo é mal anulado no último minuto de jogo.

É grave que o português mais conhecido no mundo, ídolo da juventude, abandone o campo e atire com a braçadeira de capitão, como se fosse um menino mimado e malcriado.

Também é grave que uma multidão de adultos apoie este comportamento: pais e filhos, jornalistas e cronistas, recorrendo à habitual conversa da inveja, das conspirações das arbitragens ou da necessidade de defender a tribo, elogiaram o que Cristiano Ronaldo fez ontem. O povo português talvez devesse redireccionar esta capacidade de revolta para outros assuntos e, no mínimo, não elogiar a falta de educação só porque joga por nós.

O Pravda de Carnide dixit

Ainda lhes dói, carago. “Falem agora”? Então não foram vocês que falaram? Para desvalorizar a vitória do FC Porto andou o vosso director adjunto a explicar que o homem estava acabado. Por favor, não acabem! Vocês são a nossa gasolina.

O Benfica é uma lição:

«Juventus aprendeu lição com o Benfica».

GIGO e AO90: imagens da rentrée

Some meta-analysts have opted to only include published or so-called high-quality research, citing what is known in the meta-analysis literature as the garbage in, garbage out (GIGO) validity threat (e.g., Truscott, 2007).
Plonsky & Oswald

Let’s put it this way: if successful, a CL approach may serve as a high-speed train to Word City, but its terminus is in a suburb. That’s okay, as long as one realises it’s still a bit of a stroll downtown, where the real action is.
Frank Boers

That’s right! Cristiano Ronaldo. He’s that new kid … uh… from Benfica… (Porto…?)
Ian Astbury

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Ontem, vi um resumo do PSG-Real Madrid e lembrei-me, imagine-se, de uma recente menção ao fato de Zidane, feita pelo jornal A Bola. Efectivamente, no momento em que experimentava sistemas diferentes, Zidane envergava um fato, de acordo com as palavras grafadas nessa ilha ortográfica do Dr. Moreau, nesse maravilhoso espaço de resistência silenciosa cercado por liberdade de expressão:

Aliás, a foto que ilustra o texto mostra Zidane (como Monti, há uns anos) de fato:

Quanto ao sítio do costume…

Ora bem, portanto, vejamos:

Tudo na mesma. OK. Siga.

Nótula: Agradeço a Manuel Monteiro o envio deste engomadíssimo fato de Zidane.

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Melania Trump e Cristiano Ronaldo

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Na Eslovénia, pátria de emigrante Melania Trump, um fã da ex-modelo decidiu usar a sua motosserra para homenagear a primeira dama dos Estados Unidos com esta bela representação. O autor do primeiro busto de Cristiano Ronaldo no aeroporto do Funchal que se cuide.

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A puta de Cristiano Ronaldo

A Selecção Nacional é a puta de Cristiano Ronaldo. Sempre pronta, de pernas abertas, a recebê-lo quando lhe apetece.
Veio agora para dois jogos e voltará quando quiser. Mais ou menos como fazia Luís Figo há alguns anos.
Quanto ao brochista de serviço, é o mesmo de sempre. Quem aceita que um jogador o empurre e dê indicações em campo em vez dele próprio; quem se desfaz em declarações amorosas constantes ao “melhor do mundo” sem perceber que nenhum treinador se pode rebaixar a nenhum jogador, seja ele quem for, faz jus ao papel que representa. Que é o de um treinador de quinta categoria – como o são, de resto, quase todos os selecionadores nacionais. Se fossem bons, não estavam nas Selecções.
Mas compreende-se. Afinal, o chefe deles é o mesmo que também manda na Selecção, que é como quem diz o empresário. E nestas coisas, manda quem pode, obedece quem deve.

Crónicas do Rochedo XXIX – Península Ibérica 2483 d.C.

ronaldo jornal da Madeira

“Em 2485 vamos celebrar os 500 anos do nascimento de Cristiano Ronaldo e por esse motivo, os responsáveis das cidades do Funchal, Lisboa, Manchester, Madrid, Turim e Miami aqui reunidos, decidiram criar a ACRM (Associação das Cidades Ronaldianas no Mundo) que terão como responsabilidade criar o programa das festividades em todo o ano de 2485 ficando a sede desta associação aqui, na cidade de Madrid” – anunciou em conferência de imprensa a governadora da província de Madrid.

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Mais uma vez, Cristiano Ronaldo violou as redes

Hoje foi em Udine.

Crónicas do Rochedo XXVII – E a puta da liberdade de opinião?

Captura de ecrã 2018-10-05, às 23.00.17

O director da RTP, Paulo Dentinho (pensava eu que ele já não era director da RTP) escreveu um post no facebook sobre o caso do Cristiano Ronaldo e a americana Kathryn Mayorga.

Os representantes do jogador, a Gestifute, responderam à letra. Estão no seu direito. Como Paulo Dentinho está no seu direito. Cada uma das partes é responsável pelas respectivas afirmações. É a chamada liberdade de expressão. Uma liberdade absoluta e que responsabiliza cada um. Certo?

Não. Parece que não. Já se pede a cabeça do director da RTP. Num caso (e no outro) nas redes sociais já se fez o julgamento e já se lavrou a sentença. Liberdade de expressão? Livre opinião? Isso é que era bom. Como diz o camarada Arnaldo de Matos, isto é tudo um putedo…