Quando nos vêm falar sobre a má gestão da coisa pública, recordo-me sempre desta intervenção da parlamentarmente saudosa Ana Drago, que durante menos tempo do que seria desejável representou efectivamente os portugueses na Assembleia da República e foi entalando uma série de boys e outros fantoches arregimentados como quem tirava doces a crianças. Era inspirador vê-la reduzir produtos de universidades de Verão, do abanamento de bandeiras e de outras formas de parasitismo político-partidário ao absoluto ridículo. Tenho saudades dela e o Parlamento ficou, com a sua saída, indubitavelmente mais fraco.
Voltando ao dia em que Ana Drago explicou ao ainda deputado Adriano Rafael Moreira o porquê de ele ser um péssimo gestor público, de uma longa linhagem de péssimos gestores públicos provenientes das castas partidárias do bloco central, que destruíram empresas do Estado e as enterraram em dívidas como a actual ministra das Finanças ou o secretário de Estado dos Transportes Sérgio Monteiro, o motivo que me faz puxar este assunto prende-se com a notícia de hoje do JN que dá conta de uma festa organizada pela Infraestruturas de Portugal (IP) – a empresa que resultou da fusão entre a REFER e a Estradas de Portugal – cujo conselho de administração, nomeado pelo actual governo, inclui Adriano Rafael Moreira, o tal péssimo gestor público que acha que o Estado (ele) gere mal, e que, a título de curiosidade, faz parte da alegada rede de homens de mão do Marco António Costa denunciada por Paulo Vieira da Silva. Interessante como tantos caminhos vão dar à mesma pessoa. Será que tem ligação a Évora?
Ora a tal festa, organizada pelo próprio conselho de administração da IP, empresa que de resto foi criada pelo actual governo com o intuito de reduzir despesa, teve um custo directo de 130 mil euros, de um total que, segundo o JN, se terá cifrado em 300 mil euros. Um gasto absurdo e injustificável, agravado se considerarmos os cortes e outras penalizações que o governo impôs aos trabalhadores das duas empresas agora agregadas na IP. Chega a ser obsceno que se gaste este montante sob a supervisão de um governo que vomita rigor e que alimenta de forma hipócrita uma cruzada contra o despesismo que na realidade só existe quando em cima da mesa estão pensões, salários da função pública ou o SNS.
É interessante verificar que, apesar da sua posição sobre o seu desempenho e o dos seus pares no que à má gestão pública diz respeito, o deputado tenha já estado envolvido na gestão de empresas públicas como a CP e REFER, curiosamente duas empresas que vêm acumulando prejuízos relativamente aos quais este indivíduo tem responsabilidades, e que agora esteja no conselho de administração da IP sem que se conheça uma nega que tenha sido do deputado para se envolver nessa prática nefasta que é a gestão de empresas públicas por irresponsáveis que as deixam na penúria. O sujeito defendeu inclusive, no Parlamento, que se responsabilizasse quem conscientemente lesar o Estado. Que tal começar pelo conselho de administração da IP?
O melhor será a solução para uma miríade de situações análogas é privatizar.
Claro que “existe” a outra solução, que é “arranjar” os homens especiais pertencentes á casta dos impolutos, que é uma raça idêntica ao Big Foot, todos sabemos que existem mas nunca ninguém os viu.
cumps
Rui Silva
o melhor é privatizar o castelo de são jorge,jeronimos,parque eduardo vii e marques de pombal…melhor ainda é privatizar lisboa.sem o CM(sede em lisboa) e sem o defensor dos segregracionistas(o observador) ,Portugal fica bem bonito…
Uma resposta “recheada” de bons argumentos …
cumps
Rui Silva
Pois, mas a gente moderna gosta de serviço público ao invés da caridadezinha, por isso não dá.
Então se gostam, não tem que se queixar.
cumps
Rui Silva
Grande troll. Realmente a tal casta de gestores sérios é uma promessa como o segredo de fatima só que em versão ateia. Mas que leva muito sonhador atras isso leva; alguns serão esta fornada nova de esquerda caviar, mas muitos já são do tempo do PREC mas cristalizaram nuns belos diamantes imutaveis.Nem o falhanço das UCPs e cooperativas da terra a quem a trabalha os desmotivou.
É assim e assim há-de continuar até que alguém ponha cobro ao desmando. É só mentira e vigarice. Portugal é um atoleiro de ladrões, burlões e figurões.
O Rui Silva é uma situação análoga. Privatize-se o Rui Silva. E, na dúvida, privatizem-se todos os Ruis. E todos os Silvas. E todos os seus bens. Conexos e desconexos. E anexos também. Privatizem-se as respectivas famílias. Transformem-nas em “Azuis”. E o Rui Silva que passe a ser Rui Azul. Ou Rui Avanza. Ou Rui Three Gorges. Ou simplesmente um (in)activo de um qualquer banco estatal chinês. Ah, já agora, nestas privatizações acima descritas, há que defender os legítimos interesses do psd. Uma percentagemzita depositada num qualquer offshore em nome do já famoso Jacinto Leite Capelo Rego, um insigne elemento desta mui nobre e honesta coligação que humildemente governa este rico e avançadíssimo País. Quanto ao cristof9, o melhor mesmo é nacionalizá-lo…
Caro Manuel Silva,
Você gosta das nacionalizações e depois anda pelos blogs a lamentar a incompetência da gestão da “coisa pública”.
Ah! já sei, você defende é as boas nacionalizações com gestores sem ser por nomeação politica. Gostava de saber como é que isso se faz !
Você não consegue ver que se uma empresa não tem dono as nomeações só podem ser políticas
Quanto a mim quem apoia as nacionalizações ou empresas nacionalizadas só tem que se queixar de si próprio.
cumps
Rui SIlva
Cumps
Rui Silva