O tacho do pai do Sec. Estado da Energia e a história que se repete até à exaustão

Em Abril passado, surgia no Diário de Notícias o seguinte título: “Pai do secretário de Estado da Energia é consultor da EDP“. Até aqui tudo bem, o senhor até pode lá ter chegado fruto das suas competências e experiência, e o facto do seu filho ser o dirigente máximo que tutela do sector não ter nada a ver com isso. Mas esta notícia cita o empresário Manuel Champalimaud, autor da denúncia, que refere que “a EDP soube defender-se politicamente” da Contribuição Extraordinária do Sector Energético (CESE).

A verdade é que Champalimaud é accionista da REN e que, apesar de estar contra a CESE, não gostou de ver a EDP, que tem o pai do Secretário de Estado que tutela o sector como consultor, ser alvo de tratamento de excepção. A trama adensa-se quando consideramos que, segundo o mesmo jornal, o antecessor de Artur Trindade, o ex-Secretário de Estado da Energia Henrique Gomes, poderá ter sido destituído de funções “pela determinação do governante em rever as rendas às produtoras de eletricidade, em especial à EDP“.

Porquê pegar neste tema cinco meses depois de ter estado na ordem do dia? Por um motivo muito simples: é que andam por aí uns sujeitos a lançar o pânico e a tentar condicionar o resultado das eleições afirmando que votar no PS será um regresso ao passado. Mas isso não é verdade porque nós nunca de lá saímos. Sócrates foi mais do mesmo, Passos foi mais do mesmo e, ganhe Costa ou continue Passos a seguir as pisadas de José Sócrates, teremos mais quatro anos do mesmo com tachos, favores, despesismo, mordomias, incompetência, tráfico de influências, corrupção e uma dívida que não tem meio de parar de subir. Tem notado diferença ao longo das últimas décadas caro eleitor?