O comportamento inaceitável de João Soares, honra lhe seja feita, terminou com alguma réstia dignidade: apesar da falta de humildade para pedir desculpa aos portugueses, o esbofeteador lá acabou por se demitir. Era o mínimo que podia fazer. Um Relvas por geração é mais do que suficiente.
Já o PSD regressou em grande ao aproveitamento político, com dois dos seus mais destacados dirigentes a protagonizar um exercício de instrumentalização populista e demagógico, que mais não fez do que esburacar ainda mais os seus já muito rotos pés. Hugo Soares, o dispendioso deputado-jota que já é vice-presidente do PSD, afirmou, sobre o caso das bofetadas, que as declarações de João Soares são inqualificáveis “tanto mais porque demonstram o padrão do PS na reação às críticas legítimas que lhe são feitas“. Não satisfeito, acrescentou que o PS “não reage à crítica de forma salutar” e que não respeita a liberdade de expressão em Portugal. Declarações de teor semelhante foram efectuadas pelo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro.
É preciso ter uma grande lata! Cada vez mais me convenço que esta gente sofre de uma extrema falta de vergonha na cara. Ou então tomam-nos a todos por idiotas sem memória. A desfaçatez é de tal ordem, que assistimos à tentativa de transformar este caso particular num sintoma transversal ao PS. Mas, se assim é, se as atitudes de um valem para todo o grupo, será legítimo afirmar que o PSD é um partido de pessoas violentas, que reprimem a liberdade de expressão ao pontapé. Não sou eu que o digo. É a argumentação patética de Hugo Soares. Ou será que já não se recordam do episódio em que o assessor de longa data do PSD, Zeca Miranda, pontapeou um repórter de imagem? É que uma coisa é ameaçar que se dá um par de estalos, outra, bem diferente e mais grave, é agredir um jornalista. Que memória selectiva têm estes sujeitos. E que calados que eles ficaram quando um dos seus reprimiu, com a violência que as câmaras captaram, um repórter de imagem que estava apenas a fazer o seu trabalho, nem sequer estava a insultar ou difamar quem quer que fosse. Podemos concluír, recorrendo à argumentação de Hugo Soares e Luís Montengro, que a agressão protagonizada por Zeca Mendonça demonstra um padrão do PSD na reacção às críticas legítimas que lhes são feitas e que o mesmo PSD não respeita a liberdade de expressão em Portugal. Que bonito que é vê-los engolir o próprio veneno.
Caro João Mendes.
Não há diferença nenhuma entre o bandalho que pontapeia e o bandalho que vem para as páginas de uma rede social prometer distribuir bofetadas à direita e à esquerda.
Absolutamente nenhuma: são ambos actos provenientes de dois entes irracionais e frustrados.
Compreendo a sua alusão, mas do PS e de um Ministro, esperava-se muito mais, depois de quatro anos de sucessivos desmandos cívicos, políticos, sociais e financeiros cometidos pelo PSD e CDS.
Pronuncio-me porque, como pessoa de Esquerda, não me permito entrar em comparações deste quilate e muito menos, com gente deste quilate.
O que o PSD é, foi e será, já tivemos a oportunidade de conhecer: uma cambada de oportunistas, de virgens ofendidas que fazem da mentira e da hipocrisia, as águas do seu oceano.
Como profundo admirador das suas crónicas, preferiria que esta não entrasse pelo regime das comparações, independentemente da motivação.
Erros todos cometemos e a dignidade está em assumi-los. Mas isso não tira peso ao que se fez, sobretudo quando se executa na posse de um cargo que deveria acalmar o estado que varia entre a “graçola” e a “ameaça”.
Pessoas que se esquecem do seu papel na Sociedade e substituem a argumentação com actos arruaceiros não são dignos de um lugar público com a responsabilidade de Ministro (e muito menos da Cultura).
João Soares comportou-se como um membro de uma qualquer claque desportiva arruaceira e não merece a mínima defesa, nem minimização do seu intolerável acto. É um novo rico, intolerante, mal educado e arrogante.
Em tempos assisti ao PSD utilizar todos os tipos de comparações para tentarem fazer engolir aos portugueses os verdadeiros crimes sociais que cometeram. Eles falavam e ainda hoje falam, porque têm que dizer alguma coisa, têm que “aparecer”.
Não entremos pela mesma via, nem demos tiros nos pés.
Cumprimentos.
Para não falar de bofetadas, nem pontapés…gostei muuuuuito do que disse o porta-voz do CDS “gostaria que o governo tivesse finalmente um um Ministro da Cultura”, pois o anterior até tinha…não é? O inefável Xavier o dito secretário de estado em relação a figuras tristes é o que se sabe…lembremos a sua atitude na missa de corpo presente no funeral de Paulo Rocha. Saíu a meio para falar com os jornalistas no interior da igreja…
o jardim manda comprmentos ao contnente pela forma exemplar como trataram esse bandalho do soares
Ou seja, aas organizações partidárias do CENTRÃO, comandadas a partir das lojas da viúva têm culpas no cartório. No PSD o Zeca Mendonça e no PS o tal Soares, ex-ministro.
O Zeca era o trauliteiro de serviço que evoluiu para “relações públicas” e que voltou ao pontapé. O Soares é um tosco que alguém meteu a ministro. Veio logo ao de cima a sua veia de liberdade. Ameaçar com bofetadas. Em liberdade pode-se dizer tudo…Até ameaçar. Lamentável. Todos estes exemplos são deploráveis, ponto
Era só para relembrar que mais recentemente o marido de uma ministra foi tirar satisfações e terá oferecido qualquer coisa a jornalistas que faziam o seu trabalho de informar das peripécias da sua cara metade e toda a gente achou normal o zelo e proteção do gabaroso marido.
Enfim, variantes da imparcialidade…
Henrique, ministra ou ex-ministra? É a tal do tal emprego e que continua deputada? Você fala em ‘gabaroso’ marido. Não será gralha?