Não é bonito apontar para os erros dos outros, quando nos chamam a atenção para os nossos. Não há cantilena mais embirrante do que a lamúria do pois toda a gente faz o mesmo e eu é que sou condenado.
Em princípio, portanto, estaria pronto a criticar o facto de Portugal ser um desses queixinhas que apontam para os défices alheios com o fito de desculpar o próprio.
A verdade, no entanto, é que há números que dão que pensar e que podem facilmente transformar um queixinhas num queixoso com razão.
De acordo com o Institute for Economic Research, já houve 114 violações das metas estabelecidas e, neste momento, apenas Portugal e Espanha estão sujeitos a possíveis sanções. Essas 114 (por extenso: cento e catorze) violações não foram levadas a cabo apenas por Portugal e Espanha: o país que mais vezes falhou neste campeonato foi a França, mas Juncker já explicou por que razão a França não pode ser castigada.
Note-se, ainda, que as possíveis sanções são consequência do défice deixado por Passos Coelho e por Maria Luís Albuquerque. Relembre-se, também, que os vários falhanços das metas estabelecidas foram sempre considerados sucessos pelas mesmas instituições que hoje ameaçam um governo que ainda não falhou as previsões. Percebe-se: com Passos, o país continuaria a retirar direitos e dinheiro aos trabalhadores, que os PIIGS querem-se pobrezinhos e prontos a pegar nas bandejas com bebidas exóticas.
O verdadeiro Euro 2016 é este, o campeonato em que há jogadores que são árbitros e que, por isso, podem distribuir porrada à vontade, porque são os donos do apito. Todos sabem que as metas do défice não são alcançáveis, mas usam-nas como instrumento de pressão, para ajudar multinacionais e bancos, à espera do prémio.
Isto já está a dar maus resultados e a União Europeia não é união e nem sequer se pode dizer que seja europeia, porque a ideia de Europa deveria ser outra, especialmente depois de tanta História.
A direcção política/económica/burocrática da UE é “neofascista,” hipócrita e cínica. Mais cedo do que se julga, Portugal tem de tratar da sua “vidinha” fora do “monstro”. Os responsáveis políticos de Esquerda parlamentar e extra/parlamentar têm que se encontrarem e definirirem estratégias a curto prazo (3/4 anos) para cumprirem com sucesso a saída da “Europa”. A UE não é reformável e, Portugal não pode constantemente andar de “corda ao pescoço” ou de simbologia futebolística “à la Cr7” para terem comiseração pelo nosso povo de 900 anos.
Como é evidente, este esticar de corda tem um objectivo que não é apenas o de impor políticas, porque estarão conscientes de que não vai ficar tudo na mesma.
Será o primeiro passo para a reconfiguração da zona euro e da UE?
acima de tudo,isto significa que Portugal nem sequer pode ter um governo,seja ele qual for,porque o patrão mora na alemanha e seja qual for o governo,ou se obedece ao shaubelezito ou então Portugal é literalmente pendurado numa oliveira.e sim:começo seriamente a pensar que o melhor é Portugal começar a pensar em seguir a sua vida…sozinho(antes só que muito mal acompanhado)