Carta do Canadá – Sombra dos nossos dias

Na Europa e no Mundo, não estamos a viver dias claros e límpidos. Somam-se as sombras da angústia, da preocupação, da incerteza.

Erdogan, o ditador turco cujas subterrâneas simpatias pelo Daesh são tão inexplicadas como as suas opiniões fanáticas acerca das mulheres que estudam, trabalham e vestem à ocidental, acaba de decretar o estado de emergência por três meses – depois dum golpe militar de origem mais do que suspeita que ele aproveitou para caír como um milhafre sobre a população. Tem sido um trágico cortejo de prisões e despedimentos de militares, magistrados, professores e jornalistas. Alguns turcos que fugiram para o mundo livre fazem saber, através das televisões, que há populares decapitando opositores de Erdogan na ponte do Bósforo. Tal qual fazem os membros da seita Daesh, a que não esconde querer estender o Califado à Europa ao mesmo tempo que as suas hostes são bombardeadas e dizimadas no Médio Oriente. Os sequazes de Erdogan que enchem as ruas de Istambul não precisam que a pena de morte seja instituída, por via parlamentar. Já a praticam. Impunemente.
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Juros negativos

Avaliando pelo que mostram as capas dos jornais de hoje, o financiamento ontem conseguido por Portugal não teve juros negativos.

Se é um feito ou não, é outra conversa. O  facto é que quando aconteceu pela primeira vez, com o governo da troika, foi um estrondoso acontecimento. E, então, ter sido um feito é, também, outra conversa, a mesma atrás referida.

Há duas ou três possibilidades para tão débil cobertura mediática. Ou os tipos da geringonça são uns nabos em termos de comunicação, ou a imprensa está sobre controlo da direita. Ou então passa-se um pouco de ambas as situações, que é o que me parece ser o caso.

Fantástico é observar as carpideiras da direita a assobiar para o lado. Revela que o entusiasmo e pessimismo que, selectivamente, delas se apodera não é mais do que tesão de mijo, pardon my French.

Um rasgo de lucidez

Uma óbvia excepção à regra, difícil de encontrar nas várias Entidades, Autoridades e afins, que causam mais danos que benefício à actividade económica…

O fim do mundo vai ter que esperar

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É o fim da linha. A temível Geringonça avança, impune, e nem Schäuble ou a sua clique de burocratas comunitários conseguiram, até ao momento, manufacturar uma crise suficientemente destruidora para abater a perigosa esquerda. Eles bem tentam, com a sua chantagem e declarações incendiárias, mas ainda não houve meio de liquidar a democracia representativa. Nem atribuindo ao actual governo a culpa pelo rotundo falhanço do anterior em cumprir as metas do défice no período 2013-2015 deu conta do recado. Convenhamos: era um argumento fraquinho. [Read more…]