Ó Maria Teixeira Alves, não havia nexexidade

“Numa clara crítica ao comentador [Marques Mendes], próximo do PSD (..)” Próximo do PSD? Assim se lava mais branco sem lixívia.

As PPP remodeladas para melhorar… o lado do privado

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Renegociações danosas à moda do Pàf

UPNRS

 

Durante a governação de Passos & Portas, Sérgio Monteiro, o ex-Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, foi o responsável pela política de privatizações do Governo de Direita. Nessa época, Passos Coelho apresentou a renegociação de nove parcerias público-privadas rodoviárias como um dos casos de sucesso do famoso “corte nas gorduras do Estado”. A renegociação da concessão da A23 foi exibida como um exemplo de boa gestão pública, com Passos Coelho e Sérgio Monteiro a alegaram que o Estado pouparia 32,2% da verba gasta nessa PPP, o que representaria um valor bruto de 588 milhões de euros.

Agora, através do Jornal de Notícias, descobre-se que essa renegociação implicou a entrega de 717 milhões de euros das receitas das portagens à Scutvias, a concessionária privada que explora a autoestrada da Beira Interior. Ou seja, com esta renegociação, o Estado teve uma perda líquida de, pelo menos, 129 milhões de euros.

Segundo o artigo do JN, as receitas das portagens foram ainda subavaliadas e a poupança para o Estado foi empolada, o que significa que a perda real para o erário público poderá ser ainda muito superior – o JN refere que a perda final poderá chegar aos 300 milhões de euros. Isto vindo do Governo da malta que é regularmente promovida na comunicação social como grandes peritos em negócios.

Irónico, não é?

via Uma Página Numa Rede Social

Golpe de tudo… ou nada

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Marco Faria

Na Turquia, o Presidente Erdogan teve um golpe de mestre – esse sim, o golpe de génio – ao falar ao povo, através do FaceTime, à CNN Türk. É o primeiro golpe de Estado, que me lembro, travado pelo iPhone. Nem Steve Jobs imaginaria o poder da sua “arma” de comunicação, capaz de barrar tanques (Maria da Fonte bem tentou com uma enxada pôr na ordem Costa Cabral, mas não conseguiu). Bastou Erdogan exortar a população para ir para as ruas travar o grupo de militares revoltosos e todos os comentadores portugueses na manhã seguinte já estariam a comer Nestum Mel com as “baboseiras” proferidas a quente na véspera. Que a polícia nunca teria meios para manietar os militares; que os militares são sempre mais fortes que os civis; que os militares em todo o mundo ou são respeitados ou dá bronca; que a Turquia caminhava para uma guerra civil…
Um helicóptero, um caça e meia dúzia de tanques a bloquear a Ponte do Bósforo em Istambul não chegam para mudar o rumo político-constitucional de um estado gigante. Pelo meio, os “comentólogos” diziam que Recep Tayip Erdogan teria tentado viajar para a Alemanha (com a recusa de Berlim) ou aterrado em Teerão. A diplomacia internacional esteve desta vez muito prudente e esperou por resultados, não fosse apoiar os derrotados (as diplomacias são como aquele emplastro, só querem aparecer na fotografia nos momentos de glória e do lado dos vencedores).
Outra curiosidade: Erdogan estava de férias em Marmaris, no Sul da Turquia, o que prova que os militares seguiram o manual – aproveitar o momento em que os líderes estão de férias a ler Tolstoi e a beber sumos naturais frescos.

[Fica para mais tarde a deriva perigosa que a Turquia tem conhecido. Este pode ter sido apenas o primeiro momento. Lamentável a perda de vítimas e a purga que se lhe está a seguir. ]

Por Quem os Sinos Dobram

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Por quem os Sinos Dobram – a assinalar os 80 anos do início da Guerra Civil Espanhola.

Página IMDB.