Golpe de Estado ou encenação, o poder de Erdogan sai reforçado e a União Europeia fragiliza-se perante um estado a quem entregou 3000 milhões de euros para controlar os fluxos migratórios de refugiados sírios, acompanhados de promessas de um novo impulso nas negociações para a adesão da Turquia. A mesma Turquia que pretende agora reinstituir a pena de morte, cenário incompatível com a adesão mas apreciado por ditadores locais como Viktor Orbán. E enquanto a fronteira leste da Europa se radicaliza de forma aterradora, os donos da União brincam à austeridade, castigando exemplarmente as ovelhas tresmalhadas do sul. Entretanto, em Ancara, a purga de Erdogan soma e segue. E, segundo o comissário europeu Johannes Hahn, o regime turco já tinha em sua posse a lista de alegados golpistas, mesmo antes do caos se instalar. Mas isso não interessa para nada, pois não?
Infelizmente para nós, Erdogan é um político extremamente hábil e muito popular, que nos deve fazer temer por essa habilidade e popularidade. Na Europa falta-nos o contraponto, como Hitler teve com Churchill. Infelizmente a Europa está a ser governada por idiotas pusilânimes, para não chamar outra coisa ainda pior. Os políticos mais hábeis e eficazes estão do outro lado (Putin e Erdogan). Nós temos Juncker. Apetece-me atirar-me da janela!
Não vale a pena. Cuide de si! Essa gente reles também morre ou cai do poleiro. Demos tempo ao tempo. Tudo tem solução, à excepção da morte.