Os interesses do fogo florestal

incendios_tras_os_montes
Rui Carvalho

Ainda nem uma semana passou do incêndio na Macieirinha / Estação de Freixo de Espada à Cinta e ontem a azáfama dos madeireiros já era grande!!
A madeira ainda está quente, ainda fumega, agora a preço de saldo e em liquidação total. Vinte, trinta, quarenta e às vezes até setenta e oitenta vezes mais barata. Estranhos(ou não) estes interesses!!
Se repararem na foto o camião nem matricula precisa para circular na estrada!!
Isto sim é que devia ser investigado, que ao que sei até é proibido…. Mas não, num interessa, pois os estudos dizem que são os homens desempregados alcoólicos ou drogados que botam fogo. [via Fórum Carviçais]

Comments

  1. As autoridades andam atrás do grande crime organizado que vende bolas de berlim na praia sem factura, o resto não interessa!! lolol

  2. O post é pertinente.
    A famosa questão que se aplica em todas as investigações criminais — “cui bono”, isto é, o princípio de que a pessoa ou pessoas culpadas de um crime devem estar entre aqueles que têm algo a ganhar com ele — deveria ser suficiente para abrir um processo sério e muito profundo de recolha de provas por parte das autoridades, e começar naturalmente a fazer inquéritos aos “empreendedores” que lucram tanto com os incêndios.
    Mas é risível que seja sempre o mesmo perfil de indivíduos sociopatas solitários, quase sempre com perturbações mentais ou drogados, tipos que se zangaram com a namorada, reformados, ou até menores inimputáveis..
    Entretanto, Portuguesinhos brandos e meiguinhos que somos, vamos-nos já já esquecer do assunto porque estamos caminhando para Outubro e a amnésia dura 9/10 meses. Depois vamos ser apanhados de surpresa e ficar de novo “chocados” com as mesmíssimas notícias de reservas naturais completamente destruidas, populações em perigo, etc.. e com os repórteres das televisões em cima do acontecimento a fazerem os mesmíssimos “típicos” directos de mês de Agosto, com jornalistas idioticamente colocados quase no meio das chamas, para dar mais impacto. Grande parte das nossas “florestas”, com a mancha crescente de eucaliptal e mato são, em boa verdade, barris de pólvora. E, como tal, prevê-se que o negócio de madeira quente continuará próspero..

  3. Konigvs says:

    Parece-me muito idiota que, alguém que até sabe que a madeira depois de queimada não vale nada, queira meter ao barulho os madeireiros no negócio dos incêndios. Estão a querer dizer o quê? Que são os madeireiros que vão chegar os fogos à única matéria prima com a qual trabalham e da qual precisam que seja de boa qualidade para vender a bom preço para fazer andar o seu negócio? “Ah mas os madeireiros compram a madeira queimada oitenta vezes mais barata. Malandros dos madeireiros”. Mas queriam o quê? Que a comprassem ao mesmo preço quando depois de queimada ela passa a não ter qualquer valor comercial? Então quando vocês quiserem vender o vosso carro, primeiro espetam-no contra uma parede, e depois vão tentar vendê-lo ao mesmo preço que o queriam vender antes, quando ainda estava intacto!
    As árvores queimadas não valem nada, para ninguém, incluindo para os próprios madeireiros, como tal, não consigo ver a relação entre, incêndios e o negócio dos madeireiros.

    (E para que conste, não sou, nem tenho família ou amigos madeireiros, nem tenho especial simpatia pela atividade)

  4. Afonso Valverde says:

    A madeira queimada, para a celulose, vale o mesmo pagamento que a verde.
    Na fase em que está a madeira, depois de serrada, vai passar por madeira verde à saída da serração.
    Os proprietários vendem ao desbarato para limparem os terrenos.
    Creio que os incêndios interessam aos madeireiros também, mas tenho a perceção que são o nível mais baixo da cadeia de interesses.
    Os que alugam meios aéreos ao Estado e os tipos que equipam anualmente os bombeiros (bens e serviços) são os primeiros interessados “no negócio”.
    Depois há por aí umas almas penadas que são estimuladas a “isqueirar” as matas.
    Alguns são conotados com perturbações mentais e outros ainda, a culminar a “fauna de incendiários”, são bombeiros. Cúmulo das ironias.
    Já vivi demasiadas vezes a chamada questão dos incêndios para acreditar que alguma coisa vai mudar, ou seja, reduzir os incêndios. Começa a fazer parte das “cenas de verão”. Depois admiramo-nos como a extrema direita cresce!!!

  5. Fernando Antunes says:

    A famosa questão que se aplica nas investigações criminais — “cui bono”, isto é, o princípio de que a pessoa ou pessoas culpadas de um crime devem estar entre aqueles que têm algo a ganhar com ele — deveria ser suficiente para abrir um processo de investigação sério e muito profundo, de recolha de provas por parte das autoridades e começar a “incomodar” e a fazer inquéritos aos “empreendedores” que lucram tanto com os incêndios, como por exemplo o lobby do equipamento de combate a incêndios
    Porque, enfim, não deveria ser tão complicado começar a questionar quem mais lucra. Mas aparentemente as investigações feitas a nível da Polícia Judiciária em tantos anos, não revelaram até agora nenhuma teia de nexos. Ou esta mafia é muito competente e inteligente, ou a pj não o é (ou eventualmente persuadida a não o ser, mas não quero entrar em “teorias”).É risível que seja sempre o mesmo perfil de indivíduos psicopatas solitários, quase sempre com perturbações mentais ou drogados, tipos que se zangaram com a namorada, reformados, ou até menores inimputáveis.. É o velho síndroma do “lone gunman” louco, que se aplica sempre que convém.
    Entretanto, Portuguesinhos brandos e meiguinhos que somos, já vamos tranquilamente entrando no período de amnésia dos fogos, que costuma durar 9/10 meses.

  6. Martinhopm says:

    Para os incendiários que se corte a mão direita ou esquerda; a que provocou o incêndio; para os pedófilos (falo sobretudo dos abusos em relação a crianças, quando não aos próprios filhos) que se corte o ‘príapo’. Remédio santo: acabavam os incêndios e os abusos sexuais.

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