Nos últimos dias foram publicadas duas notícias que são todo um programa para o que nos espera nos próximos tempos. A primeira foi no Observador, uma entrevista ao Presidente do Grupo Jerónimo Martins onde ele explica que estamos a caminhar para uma crise grave, muito grave. Profunda, nas suas palavras. “Relativamente ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “que está proposto, para mim ainda não está totalmente claro como é que vai funcionar, nem em que áreas”, prosseguiu, salientando que aquilo que tem sido transmitido pela comunicação social portuguesa sobre o tema não o deixa “minimamente confortável”, fim de citação.
A outra foi num dos jornais de economia de Espanha, o Expansión. Onde é explicado que este verão é a última oportunidade para salvar a economia espanhola se e só se o governo espanhol consiga elaborar um plano de regresso a uma normalidade económica. Caso contrário, o abismo. Algo que se aplica a Portugal – a Grécia, a Turquia e o Chipre já se adiantaram e ficaram com a fatia de leão das reservas de verão que se vendem no primeiro trimestre do ano. Ora, perante tudo isto, qual a mensagem que passam os nossos governantes?
Estão a discutir o novo Aeroporto de Lisboa. Ainda e sempre. Ora agora é no Montijo, ora depois é em Alcochete e por fim será onde as negociatas do eterno e sempre em pé bloco central deseje. A sério que estão a discutir esta merda? No meio de uma crise económica sem precedentes continuam com a treta do novo aeroporto? Olhem, aproveitem o elefante branco de Beja, metam um comboio rápido e vão ver que não será muito diferente, em termos de distância/tempo do caso de Beauvais (Paris) ou Memmingen (Munique), entre outros exemplos nas grandes cidades da Europa.
A sério que os nossos (ir)responsáveis políticos consideram, hoje, que a construção de um novo aeroporto é algo útil para a nossa economia? É o novo aeroporto que vai salvar o turismo (em Lisboa, no Algarve, no Porto, nas ilhas?), que vai salvar da falência as centenas de milhar de empresas que estão, na realidade, falidas? Que vi criar postos de trabalho em número suficiente para regressarmos aos valores pré pandemia? É esta a visão de futuro do governo de Costa?
…como diria o outro….”ó meu comandante…eles até avoam”…..!!!
O aeroporto é mais um exemplo (praí o 58921º exemplo) de que os políticos não podem continuar a decidir tudo.
Sobretudo estes políticos, e sobretudo sem validação democrática. Recordo que os governos são eleitos por 20% da população.
Ou seja, 80% não querem este governo do Bosta, ou o anterior do Bosta, ou o anterior do fantoche Passos, ou o anterior do Trafulha, ou outros antes dele. 80% não votaram neles. 80%. Podem dar as desculpas que quiserem, mas o facto é este.
Logo, como pode esta colecção de pulhas e trafulhas, como pode este governo sucateiro – num país meio decente já nem havia PS, estava todo na cadeia – como pode esta máfia continuar a decidir tudo por nós sem nos perguntar nada?
Como podem estes FDP continuar a chular, a roubar e a estourar impunemente o nosso dinheiro, e a sair calmamente para novos tachos quando a sua gestão danosa nos rebenta na cara?
O Bastos ainda não aderiu às camisolas castanhas do Coisinho para ele fazer o golpe de estado, por isso vai-se cumprindo as leis deste. Ou do messias que estenderá o reino dos céus aqui ao burgo, comandado por um tal de Sebastião.
O Sá está mais perto, já apareceu a brigada Moedas do exército do Retornado, e considera alistar-se na legião estrangeira para onde foi mandado como zona de conforto.
Quanto aos Medinas & Cia PS:
Posto Limpeza Restelo:
2,400 milhões CML Medina PS;
um terço em escavações, três semanas;
contra propostas (2) JF Belém-Psd, nada considerado (?) e sem aceitar propostas (2) residentes: sem este trabalho & $ da CML PS!
Dr Medina, dispensa (!) Assembleia Municipal requerida por 408 em baixo assinado-é democrata.
Em setembro há eleições-esperem pela demora, ambos: PS & Psd local.
Quatro pisos, movimento de camiões de noite, nas tintas para Ambiente, Custos, População.
Geografia de puta madre no poder.
What?
Quer que diga que o Medina também não serve? Pois não.
As leis deste não servem. Como se vê.
Mesmo sem uma democracia mais directa, é indispensável um controlo muito mais apertado da classe pulhítica. O que fazem tem de ser escrutinado, não apenas por tribunais de chulos ou pregadores ignorados (o Constitucional ou o de Contas), mas por entidades e instrumentos realmente independentes.
Devem justificar muito melhor cada euro das suas decisões, e devem ser efectivamente responsabilizados por elas. Devem ser penhorados, devem ir de cana. Devem ter medo.
V. parece mais manso e resignado do que eu. Prefere chamar seguidor do coisinho a quem discorda. São opções. Mas duvido que a sua resposta fosse essa se o governo fosse outro. Se em vez da sucata fosse a laranja podre, outro Paulo cantaria.
Claro que reagia diferente. Se o governo fosse outro já tinham atropelado a lei e privatizado tudo para criar rendas limpinhas, limpinhas, onde nem um pio havia pela porta giratória. Como é que podia reagir de uma maneira inválida?
Quanto ao aeroporto, o que digo é o que já disse; não gosto, vai dar bronca com a subida das águas, vai dar bronca quando se tiver que cortar o número de aviões, vai dar bronca quando houver um acidente em Lisboa; mas não faz sentido querer viver de turismo e deixar aos outros países, já ocupados a salvar o deles, virem preocupar-se com isso e financiar. Ou que uma linha é mais barata. Ou que os fundos não têm fortes condicionantes.
Mas quais? As que insistem em prolongar a crise, ou as que estão mesmo fechadas?
Epá, há que perguntar ao patrão se se pode apoiar empresas locais com dinheiro a devolver a curto prazo, mas acho que a resposta é a mesma de sempre. Pensem em ter projectos de transição energética e digital, ainda se consegue esconder alguma coisinha ao chefinho na vitamina.
A bem da coesão e da convergência, claro.
Estes direitrolhas, são engraçados!
Nada lhes serve. Só o PSD/CDS é que é bom!
Vão dar banho ao cão!
Já o Marcelo Caetano queria fazer o Aeroporto em; vários locais: Fonte da Telha, Montijo, Porto Alto e Rio Frio:
Nunca decidiram nada e querem agora o quê…??
Sem um PREC traumático, isto é com uma transição mais pacífica, como sucedeu em Epanha,
o aeroporto Rio Frio teria estado pronto por 1980.
O que é o PREC impediu o sr Silva ou o Sr Guterres, invés de autoestradas?
O problema é o seguinte:
Os nossos políticos já receberam adiantadas as diversas luvas das construtoras.
São muitos milhões.
E eles já avisaram que se não há aeroporto têm que devolver a massa.
E eles não querem.
É só isso.
Antes fosse. Também tiveram a certeza de inserir cláusulas de perdas milionárias se não for construído, a bem dos criadores de emprego.