Na primeira sondagem – valem o que valem, já sei, mas não costumam errar por muito – realizada após a decisão instrutória da Operação Marquês, pela Aximage para o JN/DN/TSF, as intenções de voto do Chega registam uma queda de 1,2%, dos 8,5% de Março para 7,2% em Abril. E isto não deixa de ser curioso e revelador. Se num dos momentos de maior fragilidade do regime que quer derrubar, Ventura não só não descola, como perde gás e se atrasa na corrida com o Bloco pelo terceiro lugar, então é possível que a extrema-direita tenha atingido o seu pico de crescimento. Pelo que se parece confirmar que a direita dita moderada se vendeu por muito pouco. Aliás, parece dar-se o caso de ter até pago para se vender, ao invés de receber, ou não tivesse o crescimento do Chega sido alimentado por uma debandada do PSD e, sobretudo, do CDS. Debandada essa que, convenhamos, tem vindo a crescer, pelo menos até à presente sondagem. Porque, na verdade, a direita toda junta vale hoje tanto como valia em 2015, e não está muito distante de 2019. A variação anda na casa dos 4%. E isto acontece porque a direita, com a excepção do IL, entregou o centro ao PS para lutar com o Chega pelo eleitorado que era seu. Vamos ter mais 6 anos de António Costa. E, a continuar assim, a mais 4 de Fernando Medina ou Pedro Nuno Santos. E esta é apenas uma das consequências de jogar o jogo do Chega. E nem sequer é a pior. No caso do PSD, o mais recente elenco autárquico-mediático, e todas as contradições que encerra, fala por si. Já o CDS enfrenta a extinção, ou, na melhor das hipóteses, a despromoção à liga do Livre (atrás do qual aparece nesta sondagem), a lutar por eleger um deputado em Lisboa. E quanto mais tempo demorarem a pôr os olhos no exemplo de Angela Merkel, pior será. Chama-se cordão sanitário e é uma questão de bom-senso.
“Se num dos momentos de maior fragilidade do regime que quer derrubar…”
Derrubar este regime? O chuleco Ventura?
Ou o João Mendes é ingénuo ou faz-se: o Ventura só quer mamar neste regime. Quer o seu lugar ao sol, que já conseguiu, e quer ver até onde consegue levá-lo. Na pior das hipóteses acaba daqui a dez ou quinze anos num mega-tacho, como a Dona Portas.
Sabe quem quer derrubar este regime? Quero eu. E quer qualquer um(a) que não seja palerma, carneiro ou masoquista.
Quero uma democracia a sério, mais directa, quero uma revisão à Constituição e ao sistema eleitoral, e quero acima de tudo a efectiva responsabilização – sim, retroactiva – da canalha política que nos chula, rouba e goza há mais de quarenta anos.
Uma democracia a sério… sem estado de direito… Ok.
Acha que temos estado de direito agora?
Ainda bem que falamos: sou dono da Tower Bridge, a mais famosa ponte de Londres. Ela pode ser sua por muito menos do que imagina. Dê-me o seu email, eu dou-lhe o meu IBAN e fará o negócio da sua vida.
Tem gente que ainda acredita que quem manda em Portugal são os portugueses…
Ao que consta do PRR, que é o mesmo que vinha no PEC, noves fora ganha…