No Brasil, a ascensão de Bolsonaro, e subsequente normalização da narrativa da extrema-direita, deu palco a extremistas como o YouTuber Monark, que, por estes dias, se tem batido pela reabilitação do nazismo, como se de uma questão de liberdade de expressão se tratasse.
Em Portugal, os neo-nazis do NOS, grupo entretanto extinto, que tinha nas suas fileiras inúmeros criminosos condenados por crimes violentos, como Mário Machado, seu fundador, foram literalmente absorvidos pelo CH, ocupando hoje em cargos de direcção do partido. Não se iludam: é uma questão de tempo, até que tenhamos esta gente a romantizar Adolf Hitler.
Isto para vos dizer que me estou totalmente nas tintas para aquele mimimi do “ai não falem deles, que é por isso que eles crescem”. Não, não é. Eles crescem porque se constituíram como partido. Porque têm financiamento. Porque foram buscar quadros ao PSD e ao CDS. Porque o seu eleitorado sempre existiu, mas estava disperso, ou não votava. Porque pessoas como Maria Luís Albuquerque apresentam livros de extremistas como Mithá Ribeiro, dedicados a extremistas como Trump, Orban ou Salvini. Porque líderes partidos como Rui Rio ou Francisco Rodrigues dos Santos rompem o cordão sanitário para com eles fazer acordos, como se viu nos Açores. É por isso que eles crescem. E é por isso que devem ser combatidos, todos os dias, sem cedências ou hesitações.
Totalmente de acordo !
E não me venham cá dizer que devemos meter a cabeça na areia, ignorar a canalha e varrê-la para debaixo do tapete., PORQUE QUANTO MENOS DELA SE FALAR…
DEVEMOS SIM, denunciar o seu gangsterismo, pôr-lhes a nú as macabras intenções e projectos de selvageria, evidenciar a sua estúpida e falsa vitimização, dizendo que tem direito à liberdade de expressão “porque vivemos numa Democracia”, A Democracia para a qual, não mexeram nem um pelo, e querem descaradamente, DESTRUIR !
Como grande admirador e apoiante do cordão totalitário instaurado ao Chega – por ser instrumento essencial a mantê-lo fora do sistema, razão primeira da sua utilidade, – entendo que deveria haver um renovado esforço pelos seus autores em definir alguns termos essenciais a essa boa acção.
O que define um nazi, em geral?
O que define um nazi português, em particular?
Se não for pedir demais, e nesses mesmos termos, o que os distingue dum fascista?
PS: Quanto ao romantismo do Hitler, duvido que tal possa vir a ser negado, atento o carinho extremo que dispensava aos seus cães, todos eles altamente sencientes,
Pois, o Ilustre Pensador, Eminente Filósofo e Tal Herr Weniger…
Está, neste momento, num ponto crucial da procura da sua identidade, naquele preciso momento em que se interroga sobre de onde veio, onde esteve, como cá chegou com um pneu furado, onde está estacionado e para onde vai quando conseguir pôr o motor de arranque a funcionar.
Como estratégia, pede a toda a malta que o ajude a pegar de empurrão.
A malta até ajudava, mas mete-se o Carnaval, a Páscoa, a pandemia e agora não dá!
Vão sem mim, que eu vou lá ter!