Os luso-McCarthys, o PCP (e o BE) e dinheiro sujo dos oligarcas

Lembram-se da luta dos luso-McCarthys, que, durante anos, combateram a crescente influência de oligarcas russos, chineses, angolanos e de outras nacionalidades na economia portuguesa?

Pois não, não lembram. Não lembram porque nunca aconteceu. Estavam ocupados a garantir o seu quinhão de dinheiro sujo, extorquido a milhões de pessoas oprimidas por governos totalitários, a quem vendemos grupos de comunicação social, empresas, mansões e nacionalidade através do branqueador preferido das elites capitalistas: o Visto Gold.

Então, o que mudou?

Nada.

Começou uma guerra, é um facto, mas não foi a guerra que fez a extorsão oligárquica tornar-se mais ou menos suja. Ela foi sempre suja. Esteve sempre manchada pelo sangue, pela miséria e pelas bocas com fome. E quem por cá recebeu o capital dos autocratas, de braços abertos e olhos a brilhar, sabia como quem estava a fazer negócios. Sabia estar a apertar a mão que oprimia milhões. Sabia que estava a pactuar com violações de direitos humanos, com corrupção e, não raras vezes, com a morte que anda sempre de mão dada com cleptocracia.

Agora estão muito preocupados com a Ucrânia. Estão mesmo, acreditem! E a culpa, claro, é do PCP, e, se possível, do BE também, nem que se tenham que fabricar meia-duzia de fake news à la Bannon. Foram estes sacanas da esquerda que venderam as jóias estatais da coroa às ditaduras mais sanguinárias. Foram eles que criaram a fizeram road shows para atrair clientes para os Vistos Gold, pagos com o produto da corrupção e da extorsão. Foram eles, pois claro, que fizeram joint ventures com monarcas absolutos que punem os seus com chicotadas e corte de mãos. Foram eles, não esquecer, que fecharam as fábricas em Portugal para recorrer ao trabalho semi-escravo da China e do Vietnam. E foram eles, claro, que se calaram perante a brutalidade em curso no Iémen e na Palestina, para não incomodar os Putins do Médio Oriente, onde há crianças desnutridas a morrer de fome, todos os dias, cujas vidas não têm qualquer valor para os luso-McCarthys, que nunca saíram à rua contra a guerra, excepto quando isso serviu a sua purga e os interesses dos seus partidos.

Comments


  1. E ainda têm o descaramento de se dizer “liberais”…


  2. Deve ser por isso que vejo sempre aqui uns escurinhos a ir ao shopping de Ferrari que é o carro mais adequado para ir ao pão.


  3. Muito bem

  4. JgMenos says:

    Foram e são os vistos gold, as benesses aos reformados e empresas estrangeiras, as empresas públicas, e não te venderam a ti porque ninguém dava um chavo.
    Mas muitos milhares tiveram que ir vender trabalho para outros lugares.

    E tudo porque os abrilescos andaram a mamar e a fazer dívidas -que sempre haverão de ser pagas – com o entusiástico aplauso da esquerdalhada.

    Treteiro.

    • POIS! says:

      Pois, “abrilescos”?

      Não confere!

      O Ricardo Salgado é junhesco; o Rendeiro é maiesco; o Sócrates é setembresco; o Passos é julhesco, assim como o Mexia; o Pinho é outubresco.

      Já o Tenreiro era dezembresco, o de Mello era setembresco e o Oliveira da Cerejeira era…Oh Diabo! Esse era mesmo abrilesco! Rais parta!

      • POIS! says:

        Peço perdão, mas falta a conclusão:

        Coirão! Treteiro! Mamão de mamões!

        Agora sim, comentário terminado! Over!

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