Como branquear um oligarca russo

Certificando-o judeu sefardita. Portugal tem produção em série, mas até nos EUA se safam em grande.

Lista dos 14 oligarcas “misteriosamente” desaparecidos

Enforcamento, ataque cardíaco e quedas de muitos andares ou lanços de escadas, eis como se “suicidam” os oligarcas na Rússia contemporânea. Em princípio foram gajos da CIA. No Kremlin são todos bons rapazes. Goodfellas.

Uma espécie em vias de extinção….

Mais um oligarca russo que morreu. Andrei Krukovsky, diretor-geral do resort de ski de Krasnaya Polyana gerido pela Gazprom, morreu aos 37 anos após cair de um penhasco em Sochi. Circunstâncias do acidente ainda não são conhecidas.

Esquerda Direita Volver 14 – Ucrânia: perspectivas de conflito e de paz

Este é o regresso da rubica “Esquerda Direita Volver” do PodAventar, com o assunto dominante: a invasão da Ucrânia pela Rússia, numa dupla perspectiva de conflito e de paz. Um debate desta feita sem moderação, com os aventadores António de Almeida, Fernando Moreira de Sá e José Mário Teixeira. Que conflito é este e como se pode sair dele?

Esquerda Direita Volver
Esquerda Direita Volver
Esquerda Direita Volver 14 - Ucrânia: perspectivas de conflito e de paz







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Let’s look at the trailer….

Podem ir buscar as pipocas.

O meu Tom Tom, a Direita e as Direitas

O surgimento do Chega envergonha a minha direita. Sempre soubemos que eles “andavam por aí”, nalgumas conversas de café, no átrio de algumas empresas, nos corredores de algumas universidades. Com o Chega perderam a vergonha. Aliás, para ser justo, com as redes sociais perderam a vergonha e com o Ventura fizeram matilha. A minha direita sempre temeu que esta malta saísse da caverna. E porquê? O meu velhinho Tom Tom já vai explicar.

A minha direita, defensora dos três pilares fundamentais da sociedade (Liberdade, Igualdade e Fraternidade) sabia que, com o surgir do Chega, outras direitas aproveitariam para atiçar a matilha e colocarem os gajos das cavernas a fazer aquilo que eles não queriam fazer/dizer e, com isso, como bem me avisou o meu Tom Tom, servirem de ponto de defesa para uma outra esquerda continuar a ser aquilo que sempre foi. A minha direita não precisa de comparar o Chega com o PCP. A minha direita sabe muito bem o que historicamente as ideias do Chega representam. Tal como sabe muitíssimo bem o que historicamente representa o comunismo internacional em geral e o PCP em particular.

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Óptima ideia!

E se a UE criasse uma unidade para descobrir património de oligarcas? Piketty lança a proposta.

Costa, Santos Silva e o governo em geral é que não devem achar nada bom. Desde que o money cá chegue, eles raladinhos de onde vem…

Conversas Vadias 49

Em mais uma edição, a 49.ª, António de Almeida, Carlos Garcez Osório, Fernando Moreira de Sá, João Mendes e José Mário Teixeira vadiaram sobre: Alexandre Guerreiro, Passos Coelho, Putin, Biden, sanções, opinião pública, oligarcas, repressão, propaganda, China, Tiananmen, boicotes, Organização Mundial do Comércio, indústria, Aznar, revalorização das Forças Armadas, integridades nacional, Projecto Europeu, União Europeia e a união da Europa e, imagine-se, Ucrânia.

Por fim, as sugestões: [Read more…]

Conversas Vadias
Conversas Vadias
Conversas Vadias 49







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Roman Abramovich e a mão pesada do governo britânico

Pela glória de Sua Majestade, deram os seus bravos cavaleiros cabo do sonho londrino de Roman Abramovich. Quando comprou o Chelsea, em 2003, ocupando na altura o cargo de governador de Chukotka, onde se manteve até 2008, as mãos de Abramovich não estavam sujas. A sua eleição, para um oblast tão longínquo que está mais perto de Washington DC do que de Moscovo, terá seguramente sido limpa e transparente. A sua fortuna relâmpago, estratosférica, terá seguramente resultado do trabalho árduo e do seu génio fora de série. E as ligações a Putin, é sabido, remontam a 24 de Fevereiro de 2022, quando ambos se conheceram e Abramovich sujou as mãos. A mão pesada de Londres é implacável. Os oligarcas russos que andam há anos a enviar remessas para o Palácio de Westminster que o digam.

Capitalismo, o melhor amigo da máfia oligárquica de Vladimir Putin

Os oligarcas russos, como os seus congéneres chineses ou angolanos, navegam livremente nas águas neoliberais do capitalismo de casino, distribuindo as suas fortunas por diferentes ilhas paradisíacas, onde mais do que não se colocar a maçada de ter que pagar impostos, é possível depositar legalmente o produto de todo e qualquer crime, desde que efectuado na ordem dos milhões. É para isso que servem os paraísos fiscais: são o porquinho mealheiro da máfia contemporânea. O mercado livre também é isto.

Não deixa de ser curiosa, a facilidade com que os regimes autoritários e totalitários se movimentam na economia global, alegadamente construída sob a lógica da liberdade do indivíduo, e que, paradoxalmente, subsiste, em larga medida, da subjugação de milhões de indivíduos, à mercê do chicote ou da bota cardada, como acontece na China ou com as monarquias absolutas do Golfo, sem as quais o modelo económico que nos governa de facto entraria em colapso já amanhã.

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Marco Galinha e Marine Le Pen: descubra as dif… as coincidências

Na foto podemos ver José Belo, irmão de Marco Belo Galinha – dono da Global Media e acérrimo defensor de mais protagonismo para o CH nos órgãos de comunicação social do seu império privado, como de resto é seu direito – em sorridente pose com Marine Le Pen, líder da extrema-direita francesa e aliada internacional de André Ventura.

Marine Le Pen e Marco Galinha, o irmão deste destacado militante do CH que, tal como Ventura, veio do PSD no mercado de Verão, partilham a ligação ao dinheiro da oligarquia russa. No caso de Marco Galinha falamos do seu sogro e sócio, o oligarca Markos Leivikov, no caso de Marine Le Pen falamos num empréstimo, no valor de 9,2 milhões de euros, a “fundo perdido” , gentilmente cedido pelo First Czech-Russian Bank, uma instituição opaca que entretanto faliu, livrando os extremistas franceses do pagamento de uma dívida choruda, o que acabou por ser uma casualidade muito oportuna.

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Pelo embargo total à Federação Russa – O Equilíbrio do Terror #11

Putin invadiu a Ucrânia, ameaçou todos os membros da NATO, ameaçou a Finlândia e a Suécia, a quem violou o espaço aéreo, ameaçou dar início a uma guerra nuclear e, ontem, atacou a maior central nuclear da Europa, na cidade ucraniana de Enerhodar. A par disto, a agressão continua, imparável, e a determinação do exército e da guerrilha urbana ucraniana pouco pode contra a poderosa máquina de guerra russa. Continuam a morrer civis, a ser destruídas infra-estruturas essenciais, a ser arrasadas zonas habitacionais, e existem até relatos da entrada, em território ucraniano, de bombas termobáricas, proibidas pela convenção de Genebra. E sim, eu sei que os EUA também usaram a MOAB no Afeganistão. Mas este texto não é sobre o Afeganistão, da mesma maneira que os muitos textos que escrevi sobre o Afeganistão não eram sobre a invasão da Ossétia, da Abecásia ou da Crimeia.

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Oligarca bom, oligarca mau

Ainda sou do tempo em que Salgado, e outros como ele, patrocinavam tudo e todos. Ds selecção nacional de futebol às férias na neve de José Gomes Ferreira e Paulo Ferreira, entre outros jornalistas acima de qualquer suspeita, o dinheiro do oligarca de Cascais chegava a todo o lado. E se alguém ousava falar sobre as muitas suspeitas dos muitos crimes que há anos sobre ele pendiam, sempre surgia alguém a mandá-los calar, porque davam emprego a muita a gente e o que nós precisávamos era de mais uns quantos iguais.

Depois, começaram a cair em desgraça, uns atrás dos outros, e já ninguém se lembrava dos empregos, das mesadas, das capas da Exame com os CEOs do ano, do mecenato e da filantropia que paga com benefícios fiscais. Já ninguém era amigo deles. Acontece agora o mesmo com os oligarcas russos. E, suspeito, virá o tempo em que os seus congéneres chineses, que hoje controlam meio país, também cairão em desgraça. E a jihad do mercado livre, que lhes fez juras de amor num anexo da sede do Partido Comunista Chinês, garantirá que nunca se envolveu com tão má rês. E os senhores da narrativa, aqueles que controlam, de facto, os órgãos de comunicação social, cá estarão para garantir que tudo se desenrolará de acordo com o plano.

Os luso-McCarthys, o PCP (e o BE) e dinheiro sujo dos oligarcas

Lembram-se da luta dos luso-McCarthys, que, durante anos, combateram a crescente influência de oligarcas russos, chineses, angolanos e de outras nacionalidades na economia portuguesa?

Pois não, não lembram. Não lembram porque nunca aconteceu. Estavam ocupados a garantir o seu quinhão de dinheiro sujo, extorquido a milhões de pessoas oprimidas por governos totalitários, a quem vendemos grupos de comunicação social, empresas, mansões e nacionalidade através do branqueador preferido das elites capitalistas: o Visto Gold.

Então, o que mudou?

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Rápido, abram o espaço aéreo europeu! Vem aí mais um oligarca russo! – O Equilíbrio do Terror #10

Alexander Abramov, co-fundador da Evraz, a maior empresa de produção de aço da Federação Russa, à qual preside e através da qual controla subsidiárias nos EUA e Reino Unido, aterrou hoje em Londres, no seu jacto privado. Apesar do espaço aéreo, fechado para inglês ver.

Este fiel vassalo de Putin é apenas um entre vários oligarcas que abandonaram o país em direcção aos espaços aéreos que o Ocidente fechou, mas que lá se vão abrindo pelo preço certo em euros. Uma vez aqui, rapidamente serão reciclados, eventualmente apresentados como heróicos dissidentes, para regressar ao fausto financiado por décadas de extorsão do povo russo, liberalmente branqueada pelas incansaveis lavandarias europeias. Para Marx, o capital não tinha pátria. Para o capitalismo, que se foda a pátria que o dinheiro é sempre limpo, mesmo que ensopado de sangue.

Sangue ucraniano nas mãos do banca ocidental (e de uns quantos “liberais”) – O Equilíbrio do Terror #9

Durante décadas, a banca europeia e americana financiou e guardou os milhões dos oligarcas de Putin, sabendo, perfeitamente, que esse dinheiro havia sido extorquido ao povo russo. Não quis saber, nunca quer, de liberdades, garantias, direitos humanos ou democracia. Queria ganhar dinheiro. Muito dinheiro. Sem olhar a meios. O sangue nunca a incomodou.

Fê-lo conscientemente, conhecendo a natureza autoritária do regime, e apesar das prisões arbitrárias, da violência contra minorias, da perseguição da comunidade LGBT, dos envenenamentos de opositores em solo europeu, da ocupação da Ossétia, da Abecásia e da Crimeia. Foi colaboracionista. Traiu o ideal liberal das democracias ocidentais.

Onde estavam estes revolucionários instantâneos, que agora até em manifestações aparecem? Os tais que não admitem que se mencionem os antecedentes desta guerra, mas que estão, desde o seu início, a usá-la única e exclusivamente para alavancar os seus partidos e interesses? Uma boa parte estava a ganhar dinheiro com estes e outros ditadores. Continua a fazê-lo. Seja em Moscovo, Pequim, Riade ou Caracas. Não são apenas hipócritas. São cúmplices destes assassinos. E, como a banca, têm sangue ucraniano nas mãos.

Soldados russos agridem violentamente ucraniana de 12 anos

Agora que tenho a vossa atenção, que diminuiria drasticamente caso o título escolhido fosse honesto, quando é que começamos a exigir sanções contra o governo israelita, que nunca respeitou os acordos de Minsk, perdão, o plano de partilha da ONU de 1947, e que continua a violar direitos humanos, a segregar palestinianos e a construir colonatos ilegais na Cisjordânia? Que ocupa diariamente território palestiniano, tal e qual as tropas de Putin na Ucrânia?

Sim, eu sei, o que se passa na Ucrânia não tem nada a ver com liberdade, democracia, direito internacional ou autodeterminação dos ucranianos. Tem a ver com poder. Com a “justiça” do mais forte. Com a dualidade de critérios que preside à ordem mundial, que determina quais as invasões, guerras, fomes e genocídios do bem e as restantes, aquelas que devemos considerar inaceitáveis. Que determina que oligarcas, criminosos e tiranos podem ou não investir nas democracias liberais. Os de Putin, por exemplo, ainda na semana passada tinham livre-trânsito em todo o mundo ocidental. E mansões em Kensington. E contas na Suíça. E lojas da Gucci a fechar portas para receber a sua família. E clubes de futebol por toda a Europa. O que me leva a crer que, na semana passada, a Federação Russa era uma democracia liberal. Não era, hipócritas?

A velha ordem de Machete

Ouvi o advogado Rui Machete esta tarde no Parlamento de Portugal a defender-se dos ataques da Oposição. Ouvi na TSF: a sua voz, a sua prosódia, as coisas próprias da retórica, as palavras (que escusavam de fazer dele um réu e daquela comissão de inquérito um tribunal, disse todo indignado), e depois o ataque: que aquilo era combate político, e apenas isso, destinado a fazer dele uma vítima. Sei quem é Rui Machete: representa uma geração de senhores, uma maneira de fazer, um modo de estar na vida pública, na política, e sobretudo no poder. Rui Machete representa tudo isso. Só que isso acabou. Algo novo cresce, posso senti-lo. E ouvi-lo nas palavras de Machete – como nas de muitos mais.