Paulo Portas nunca perde uma oportunidade de reactivar o director de O Independente que vive dentro de si, tendo, hoje, inventado o trocadilho “moção de ternura”, acusando o Bloco de Esquerda de estar a favorecer o governo. O CDS, certamente para prejudicar o governo, absteve-se, permitindo que a moção fosse chumbada e o governo continue em funções, mesmo que continue a não governar.
O que me traz aqui hoje é poder proporcionar novos trocadilhos para as moções de censura que serão chumbadas durante o ano que se avizinha politicamente agitado. Aqui ficam sete propostas:
1. Moção de tortura – assim poderá ser designada qualquer moção de censura condenada a ser derrotada, permitindo que o País continue a ser torturado pelo mesmo governo que todos censuram, incluindo o Presidente da República;
2. Emoção de censura – há censura e há emoção, haverá queda ou não;
3. Maçã de censura – o partido que propõe a moção será comparado a Eva, ao querer oferecer ao resto da oposição o fruto proibido;
4. Missão de censura – o partido proponente considera que está a cumprir o seu dever de censurar o governo;
5. Micção de censura – nas palavras críticas dos restantes partidos da oposição, a moção não passa de uma mijinha, para além de se acentuar a metáfora excrementícia;
6. Moção impossível – assim será designada a moção de censura que se autodestruirá em pouco tempo.
7. Morcão de censura – embora a expressão seja pouco regimental, caberá a um deputado nortenho classificar assim o adversário que defender mais uma moção que será chumbada.
8. Monção da censura – dependendo de que lado sopram os ventos sazonais (merkel or USA/UK);
9. Mocão da censura – fase avançada após overdose provocada pelos craques da política nacional;