Diz quem sabe que foi muito fácil. Eu não, que olho para aquilo dos senos e dos co-senos e é como se estivesse um boi a olhar para um palácio. Melhor vigilante do que eu não podiam ter encontrado.
Tirando isso, o trabalho de vigilante dos Exames Nacionais deve ser o mais chato do mundo. Durante duas horas e meia, que nalguns casos podem ser três horas e meia, não se pode fazer rigorosamente nada. Nem ler, nem escrever, nem falar, nem olhar para o telemóvel. Nada.
Apenas, e só, olhar para os alunos que estão a fazer o exame. Sentados (ou nem isso). Em pé. Andando de um lado para o outro a ver se os minutos passam mais depressa. De novo sentados. De novo em pé.
E quando um aluno pede que lhe cheguemos a sua garrafa de água (não a pode ter à sua beira porque podia fazer copianço no rótulo…), ou quando pede mais uma folha, é um momento tão emocionante que não queiram imaginar!
Eu costumo dizer: hoje, trabalho de Pastor Alemão…