Distrital do Porto do PSD a votos:

Esta primeira declaração foi um aviso à navegação. Os corporativos fartaram-se de escrever sobre “o pote” e procuraram passar uma ideia simples: se o PSD vencer vai “atacar” os lugares. Tal como foi feito na anterior legislatura pelo governo cessante. A primeira marca de diferença, de mudança, já está a ser colocada em prática e foi isso que Marco António quis deixar bem claro aos militantes do Porto.

 

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Assunções precipitadas.

Acabo de ler, via Cinco Dias, que um grupo de feministas do qual eu nunca na vida tinha ouvido falar, chamado UMAR, veio fazer um longo discurso laudátorio sobre a eleição de Assunção Esteves ao cargo de Presidente da Assembleia da República (para o cargo pode dizer-se presidente, para a titular é que não, pelos vistos, dizem os linguistas da praça).
O texto que começa com a pomposa arenga «UM SÉCULO PARA QUE UMA MULHER CHEGASSE A PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA» seria inofensivo e até engraçado se não fosse de uma ignorância atroz. As senhoras chegam efectivamente a comparar tão solene ocasião com o «do voto pioneiro de Carolina Beatriz Ângelo».
Não vou perder tempo a explicar a estas cabecinhas toldadas pela ignorância corporativista e ideológica que o que voto de Carolina Beatriz Ângelo significou, que foi o mesmo que nada, dado que a mulher até 1974 foi sempre tratada como menor, quase mentecapta, pela república portuguesa. Aliás, até os animais ganharam mais direitos depois de 1910, do que a mulher (excepção feita à mulher de Afonso Costa, claro).
Mas o mais ridículo é aplaudirem uma eleição que, de acordo, com a cartilha republicana é tudo menos democrática. Para além de ter sido a segunda escolha, depois de Nobre, Assunção Esteves apesar de se tornar a 2.º figura de Estado a nível protocolar, não passa de uma individualidade apagada cujo estatuto é semelhante ao de uma secretária de direcção, lugar outrora ocupado por senhoras de saia abaixo do joelho, óculos e muita moral. E não foi eleita directamente pelos cidadãos!
Bom mesmo seria que uma portuguesa tivesse alcançado o lugar da presidência da República. Mas isso,como sabemos, não depende de nós. Depende deles, do regime, dos políticos e dos partidos. E enquanto eles não quiserem, a democracia não funciona. É assim desde 1910. E tão cedo não muda.

Rui Tavares, devolve-me o voto pá

No dia das últimas eleições europeias fui votar propositadamente perto das 19h – deu-me para achar que a essa hora o Miguel Portas estaria mais que eleito, e fazia questão em votar mesmo na Marisa Matias.

Umas horas depois descobri que tinha votado no Rui Tavares, o que pesem diferenças ideológicas muito me alegrou. Um historiador é um historiador, e a minha costela libertária não é amputável.

Serve este intróito disparatado para dizer ao Rui Tavares que sou muito ecologista, desde 1973 e com episódios de militância, mas não votei nem queria votar nos Verdes. Nada de especial contra a social-democracia de inspiração pacifista germânica, mas não é o meu voto. Lamentei a seu tempo que em Portugal essa corrente não tenha sido criada, e posteriormente tenha sido sequestrada, até tenho uma micro-culpa no cartório de que já me tentei penitenciar, e chega. Se alguém quiser ir a correr atrás do prejuízo e fundar um Partido Verde pode contar com a minha assinatura, não com o meu voto.

Temos assim, Rui Tavares, que me gamaste o voto. E para quem conheça minimamente Cohn-Bendit, que tem tanto de distraído como de desbocado, é claro que já tinhas pensado nisso muito antes da desculpa que agora arranjaste, favor que de resto deverias agradecer ao Francisco Louçã. Já me tinham ido à carteira, à conta bancária, aos bolsos, ao voto é a primeira vez, e não gostei.

Avenida à Rasca 193

Estreia já no dia 1 de Julho, no Palácio de Laguares, Rua Professor Sousa da Câmara nº156, em Campolide, Lisboa.

Para mais informações:

Culturona – Fábrica de Comunicação

Feira da Arte do Desenrasca

Villas-Boas Facts*

. Mini-Mourinho? Bota Mini nisso.

. Não te preocupes com o desafio do Chelsea, André. Daqui a 2 anos estás a treinar o Besiktas.

. André Villas-Boas está, agora sim, na sua cadeira de sonho.

. André Villas-Boas é adepto do Chelsea desde pequenino.

. André Villas-Boas ficará no Chelsea enquanto o quiserem e, se possível, até ao fim da carreira.

. Junho de 2041. André Villas-Boas termina a carreira de treinador de futebol com um palmarés notável: 1 título de Campeão Nacional de Portugal, 1 Taça de Portugal, 1 Supertaça de Portugal e 1 Liga Europa.

. Um contrato de 25 milhões de euros para D. Luis André de Pina Cabral e Villas-Boas. Desde 1820 que nenhum membro da Nobreza conseguia um contrato semelhante.

. Chelsea? Está provado que D. André Villas-Boas tem mesmo sangue azul.

. Antes de aceitar o convite do Chelsea, André Villas-Boas foi confessar-se ao Papa.

. André Villas-Boas sentou-se um dia na sua cadeira de sonho. O problema é que essa cadeira não aceita a merda de qualquer um.

. O dinheiro com que André Villas-Boas vai ser pago provém de meios profundamente legais.

. «Estou na minha cadeira de sonho. Sou portista desde pequenino. Ficarei no FC Porto enquanto quiserem». Maior do que a língua de André Villas-Boas, só mesmo o seu nariz (de mentiroso).

. André Villas-Boas foi há um mês a Londres, mas só foi passear. Ver o Big-Ben.

. Quando André Villas-Boas foi passear a Londres, nem lhe passava pela cabeça sair da sua cadeira de sonho.

*Com um agradecimento muito especial ao Paulo Querido.

Os caminhos do Senhor

O caso ocorreu recen-temente em Valpaços e foi notícia de destaque na imprensa nacional. Um padre católico recusou a comunhão a uma paroquiana, adolescente de 16 anos, argumentando com a “indecência” do decote que, ao que parece, nem era tão ousado quanto vislumbraram os olhos gulosos do abade. Ora, a teologia ensina-nos “que nunca o sacerdote deve arredar um só momento o seu espírito da contemplação de Deus e da meditação da Graça”. Não foi o que aconteceu neste caso. O olhar concupiscente do reverendo ter-se-á, ainda que por momentos, desviado do “corpo de Cristo” para se extasiar, libidinosamente, perante os seios disparados da adolescente. Pecando por pensamentos, o abade cedeu à sedução satanífera e vai daí decidiu logo ali recusar à jovem a recepção da Graça! [Read more…]

O exame de Matemática do 9.º Ano

Diz quem sabe que foi muito fácil. Eu não, que olho para aquilo dos senos e dos co-senos e é como se estivesse um boi a olhar para um palácio. Melhor vigilante do que eu não podiam ter encontrado.
Tirando isso, o trabalho de vigilante dos Exames Nacionais deve ser o mais chato do mundo. Durante duas horas e meia, que nalguns casos podem ser três horas e meia, não se pode fazer rigorosamente nada. Nem ler, nem escrever, nem falar, nem olhar para o telemóvel. Nada.
Apenas, e só, olhar para os alunos que estão a fazer o exame. Sentados (ou nem isso). Em pé. Andando de um lado para o outro a ver se os minutos passam mais depressa. De novo sentados. De novo em pé.
E quando um aluno pede que lhe cheguemos a sua garrafa de água (não a pode ter à sua beira porque podia fazer copianço no rótulo…), ou quando pede mais uma folha, é um momento tão emocionante que não queiram imaginar!

Para os que quiserem saber

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Venho por este meio divulgar que a informação que me foi fornecida e que mencionei neste post, estava certa. Há uma nova biografia do Felipe, e é do Geoffrey Parker. E tem 1500 páginas. E para abrir o apetite umas citações de Parker:

  “Entre las novedades, Parker destaca que los documentos en los que se observa cómo Felipe II a los 14 años escribía y “destrozaba” los libros que heredó y que ahora alberga El Escorial o las cartas de amor que le escribió a Isabel de Tudor en 1559.– Se vocês soubessem a minha histeria quando li esta parte das cartas de amor. Até dei três saltinhos. Eu tenho mesmo que comprar isto. 

Adentrándose en su personalidad, Parker resalta su comportamiento “obsesivo compulsivo” que incluye excesivo control emocional, austeridad, terquedad, insensibilidad y cierta astucia maligna que contrasta con las cartas que enviaba a sus hijos donde se mostraba lleno de afecto y de amor e incluso se permitía hacer ciertas bromas”. – 

(…) En este sentido, explica que Felipe había recibido una “herencia problemática” sin lengua, moneda, leyes o instituciones comunes y aún así estuvo cerca de alcanzar el éxito en sus numerosas empresas.

   Sobre los puntos oscuros de su reinado, Parker cita las muertes del príncipe Don Carlos, uno de los puntales de su leyenda negra, y de su secretario, Escobedo. Sobre la muerte de Don Carlos, Felipe II nunca dio una explicación detallada de lo sucedido. En cuanto a Escobedo, su asesinato fue organizado por Antonio Pérez con el consentimiento de Felipe II [Read more…]

Médicos mortos passam receitas a clientes falecidos

“Desde que morri, com a medicação que o meu finado médico me tem receitado, nunca mais tive dores.” – disse um falecido utente que preferiu manter o anonimato. “Fraude? Podem processar-me, mas não acredito que o tribunal me condene” – acrescentou.

Fundamentalismo religioso na Irlanda

Vá lá, digam outra vez que a intolerância religiosa só acontece nos países muçulmanos e no terceiro-mundo.

Um Parlamento mais nobre

 
Foto da “Visão”

Aplaudo a eleição de Assunção Esteves para Presidente da Assembleia da República.

Não por ser mulher, mas por ser a mulher que é.

Não adiro à lógica de que fica bem eleger mulheres para certos cargos ou para quebrar tradições. As escolhas devem ser por mérito, e não por género. Acho mesmo que é de um paternalismo sexista sem sentido a existência de quotas para mulheres em órgãos políticos, da mesma forma que é idiota nas fotografias oficiais as mulheres terem de ficar no centro do grupo, como se precisassem de amparo.

Aplaudo a eleição de Assunção Esteves pela deputada que sempre foi. Por ser alguém com princípios, valores e – coisa também cada vez mais rara – ideias próprias, como demonstra a sua conduta política. Só em segundo lugar é que me apraz saber que é a primeira mulher a presidir à casa da democracia, porque prefiro o mérito ao género, pois que é assim que se consolida a nobreza das instituições.

Erro no exame de Português do 12º ano

Conta quem sabe.

Não é a minha área, mas de acordo com os critérios de correcção o exame de História da Cultura e das Artes enveredou, formalmente é certo, pela lógica da adivinhação, o que por sinal já é uma tradição. Tratarei desse mais logo.

Falemos de amor, então

– O que é que achas da conjuntura?

– Acho-a determinante, se bem que carregada de incerto destino. Clara mas opaca, não fosse o traçado rumo um esboço. Agora, por exemplo, vislumbro a inexorabilidade das coisas quando, absorto nos pensamentos, dou de frente contigo a fazeres-me perguntas vagas. Tens sorte por eu vir, precisamente, a reflectir no assunto, e ter assim uma resposta objectiva.

-Parece-me que não tens nada de jeito para dizer. Balelas. Tinha em mente as grandes questões da actualidade, como PIB por português, os gastos públicos ilegais  e essa troika que nos quer lixar com F maiúsculo.

– F? Falemos de amor, então.

~*~

Isto não tem ponta de jeito, pois não? Ora, é o que eu penso também.

Passos e Crato: factos e expectativas

por Santana Castilho *

Sobre o que já foi dito a propósito da parte conhecida do novo Governo pouco se poderá acrescentar. Impera a ortodoxia financeira do Banco Central Europeu, coadjuvada pela tecnocracia operacional do FMI. Três economistas (Victor Gaspar, Álvaro Santos Pereira e Nuno Crato) e um gestor (Paulo Macedo) fazem a quadratura do cerco. Se Paulo Macedo mandar rezar missa no fim, é porque o Bom Escuteiro acertou nas segundas escolhas.

A competência técnica abunda, ainda que deslocada de campo, nalguns casos. Mas um Governo que se limite a uma corporação de técnicos competentes não governa. É governado. Na segunda-feira passada, Assunção Cristas fez curiosas declarações na Assembleia da República. Disse que, quando chegou ao parlamento, sabia menos de áreas onde produziu trabalho do que hoje sabe de agricultura, de que, reconheceu, sabe muito pouco. Não disse o que sabia ou seria capaz de aprender sobre o ambiente. Mas a sinceridade, o voluntarismo e o progresso contextual ficaram documentados. Só tenho pena da Agricultura.  [Read more…]

Era uma vez um rapaz…

Mozart Música para bebés

Conto de embalar para a minha descendência

Era uma vez um rapaz que não conseguia dormir. Ainda bebé e após da mamada, dormir não conseguia. A fada madrinha do rapaz, por nome Carolina[1], porque todos os pequenos têm fada madrinha para viverem calmos e sem medo, sussurrou no ouvido da mãe do rapaz: “toca Mozart[2] na viola ou no piano e vás ver o que acontece”. [Read more…]

O Comboio na Estação de Entrecampos

A primeira locomotiva a diesel adquirida para o caminho de ferro português (de via larga) reboca carruagens de fabrico suiço Schindler na estação de Entrecampos (Lisboa); a fotografia será de meados da década de 50. A electrificação da Linha de Cintura só chegaria em 1957. A locomotiva ALCO “Diesel Eléctrica” 101 receberia mais tarde o número 1501, com o qual existe ainda hoje, já em merecido retiro.

22 de Junho de 1941

Apesar do Pacto Germano-Soviético de 23 de Agosto de 1939 e das vantagens que ambos os regimes retiraram dessa cooperação, Hitler ordenou o ataque à URSS. Às 3.15H da madrugada de 22 de Junho, iniciou-se o ataque. Uma campanha mal preparada e executada segundo as “visões, palpites e infalíveis instintos” do Führer e que chegando ao fim, marcaria um catastrófico resultado para o germanismo, cuja fronteira recuou de uma forma sem precedentes. Essa queda arrastaria a Europa inteira, apagando-se o seu predomínio sobre o planeta Terra.

São precisamente 3.15H de 22 de Junho de 2011. Há precisamente setenta anos, começou a Operação Barbaruiva.

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