João Casanova de Almeida, actual secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, em debate a 31 de Maio de 2011 à Odivelas TV.
Adeus Luís Miguel
Uma cidade é também os seus loucos, onde se descarrega a perda de juízo generalizada que somos todos nós. Aliás, uma cidade é sobretudo os seus loucos, e uma aldeia também. Não me despedi de tantos, adeus Luís Miguel.
Leiam O Aspirante nunca mais gritará na Baixa. Também tenho o privilégio de viver num bairro onde o Luís Fernandes faz aquilo que dois diários e uns semanários não fazem, e muito mais ainda.
World Naked Bike Ride? AHAHAHAH
O que levará uma organização com nenhuma vontade de transgressão, num país onde o nudismo em público não é legal e pode ser punido, a promover um evento chamado World Naked Bike Ride onde todos os participantes pedalam vestidos? Falta de imaginação? Nenhuma noção do ridículo? Problemas de tradução do nome do evento?
E o que levará umas dezenas de ciclistas a participar num acontecimento que em comum com a ideia original só tem a bicicleta? Carneirice? Ovelhice? Azelhice? Pirosice?
Perante esta risível tentativa de modernidade parola, lembro-me de José Sócrates e questiono-me: ou o homem não passava de um produto hiper-realista de uma sociedade e de um paísinho, ou fez escola. Vender gato por lebre, tal como não ter vergonha de assumir a ausência de verdade em relação ao que se promete, exige muito equilibrismo. E põe a nu a pequenez desta gentinha, perita em arranjar desculpas.
Agricultura com novas armas
Daniel Campelo será secretário de Estado da Agricultura
A agricultura portuguesa já viu de tudo, desde os fazendeiros do alcatrão com os seus jipes na lisboeta Avenida da Liberdade até latifundiários da sementeira que não colhem a seara porque o subsídio é pago pela área de terra cultivada.
Já viu vinhas arrancadas e sobreiros trocados pelo verde do golf; já viu urbanizações de estufas de ervilhas (que davam mais subsídios) e teve um minucioso trabalho de cartografia e catalogação dos terrenos agrícolas (para optimizar a distribuição de subsídios).
Até tem o maior lago artificial da Europa e com, possivelmente, a menor taxa de uso na actividade que justificou a sua construção – a rega.
Mas há sempre espaço para mais quando se pensa que já tudo se viu. Daniel Campelo, dizem, será o Secretário de Estado da Agricultura. Virá ele armado dos seus limianos para derrubar os problemas as particularidades os desafios da agricultura portuguesa? Um caso a seguir com atenção.
As viagens do governo, as mordomias, e a decência
Parece que o governo vai viajar nos lugares mais baratos quando voar pela Europa. Também parece que nem fica mais caro nem mais barato, porque a TAP dá borlas nos aviões (e a Carris deve dar nos eléctricos).
Claro que se trata de mera demagogia, cruzada com algum populismo: não é por aqui, mesmo que o estado pagasse os bilhetes, que se equilibram as finanças públicas, como é uso dizer-se.
Mas daí não vem mal nenhum ao mundo, e sempre dá um ar da sua graça. O que já não tem graça mesmo nenhuma é ver os que acabaram de sair do pote a apontar o dedo. E nem me dou ao trabalho de exemplificar com os esbanjamentos perfeitamente inúteis dos últimos anos, ou de repescar umas historietas a propósito do Falcon governamental. Constato apenas que em matéria de burguesia sempre preferi a tradicional, com aqueles tiques de dar esmolas aos pobres e a altivez toda, à burguesia recém-chegada, vulgo novoriquista, com o seu fedor a pato-bravo e a dificuldade em perceber que estes gestos fazem parte do jogo do poder, esses que lambem o pote até ao fim, lavando o fundo com a língua, e muito espantados ficam quando os outros deixam restos na mesa. Para estes não há mesmo pachorra.
Fundos comunitários e investimento público
Mais uma demonstração de que sem invenstimento público nem os fundos comunitários servem para coisa alguma:
Mas a verdade sobre os fundos comunitários, que é ocultada aos portugueses, é bem diferente. Até 31 de Março de 2011, Portugal não tinha utilizado 7.071 milhões € de fundos comunitários que a U.E. tinha posto ao dispor do País até a essa data; dito de outra forma, até ao fim de Março de 2011, Portugal só tinha conseguido utilizar 44,8% dos fundos comunitários programados para serem utilizados no período compreendido entre Janeiro de.2007 e Março de 2011.
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