Ó pa mim tão fresco!!!

Foram um Pedro Passos Coelho e um Paulo Portas visivelmente cansados que vieram anunciar o acordo de coligação PSD/CDS para formar governo, Prometeram força, coragem, dinamismo, perseverança e outros superlativos do género.

Mas aquelas olheiras, aqueles papos em volta dos olhos desmentem tanta energia verbal. Uma pequena mini-maratona – face ao que os espera – e tamanha ressaca não auguram grande beleza mediática para o pedrinho e para o paulinho. E os tempos que se aproximam exigem telegenia, muita telegenia.

Bandex: Fome

Os Bandex têm brincado, e gozado, com a política à portuguesa. Desta vez, com o auxílio do grande Futre, é a sério e a doer. Como a fome.

Prevaleceu o bom senso, mas convém reflectir…

Um eventual recurso do PS para o Tribunal Constitucional, visando a anulação dos votos dos emigrantes do Rio de Janeiro, teria um efeito prático nulo, porque mesmo que a pretensão viesse a ser atendida, seria o PSD a eleger os dois deputados pelo círculo fora da Europa. Seria assim incompreensível persistir num acto, que resultaria apenas no atraso da tomada de posse do novo governo.

Prevaleceu o bom senso no Largo do Rato, mas considero que este caso não pode ser desvalorizado, pelo contrário, deve ser averiguado e politicamente debatido, por forma a reforçar os mecanismos de segurança, evitando qualquer hipótese de fraude, convém ter presente que a CNE deu razão numa queixa apresentada pelo PS, por factos que desconheço se vieram ou não a ser confirmados. Antes que um destes dias possamos ter o resultado de uma eleição decidida nos Tribunais, com o país paralisado, basta lembrar Bush vs Gore em 2000 na Florida, ou mesmo ver colocada em causa uma maioria no parlamento, na 2ª eleição de António Guterres, houve um empate, o célebre 115-115, seria interessante reflectir sobre a forma como chegam os votos dos nossos compatriotas que vivem além fronteiras. Ninguém de bom senso, contestará o direito ao voto a qualquer português, mas certamente todos queremos ver os nossos políticos eleitos sem sombra de suspeita, quer o resultado nos agrade ou não.

A Justiça na Mão de Chicos-Espertos

Copiasteis? Nivelemos por cima: nota 10.

Copiaram e passaram? O crime compensa!

Marinho e Pinto tem dias melhores e dias piores. Hoje está num dos bons, e acha que os putativos magistrados apanhados no copianço devem repetir a prova. Concordo.

Mas, prevendo que tudo fica em águas de bacalhau, como é que devemos dirigir-nos a essas doutas personagens? Digníssimo juíz? Meretíssimo?

Nem pensar! O máximo possível, por aproximação fonética, será meretríssimo.

Nota 10?

Ocasionalmente aparecem umas virgens ofendidas quando rebenta um escândalo como o dos futuros magistrados, presentemente cábulas. Não se ofendam. Há anos que o país forma pessoas preguiçosas, falsas e incompetentes. Reparem como é tão fácil chegar a primeiro-ministro: o curso é um acessório, basta adquirir um cartão de partido e militar alguns anos, decorando chavões e frases feitas. Convém ter bom aspecto, mas o que conta são os amigos.

Ao longo desta III República foram colocados jotinhas, boys e toda uma plêiade de indivíduos medíocres em cargos intermédios e de topo, não pelo mérito curricular, mas apenas por terem um cartão partidário ou serem amigos, filhos, sobrinhos, netos, primos ou enteados de políticos. A função pública, do Presidente da República aos varredores de rua, está inçada de autênticos degenerados. Basta visitar as repartições de uma Câmara Municipal, dos técnicos superiores aos administrativos, tudo tem aquela aparência entre o indolente e o arrogante mas, se rasparmos um pouco o verniz, o nosso interlocutor é uma profunda nulidade, desconhecedor dos fundamentos para aquilo que trabalha, vivendo os dias como um vegetal.

Mas não duvidem que a questão do “copianço” dos futuros magistrados é um escândalo. Num país menos habituado aos compadrios isto seria motivo para despedimentos e sanções. Sobretudo para aqueles que desculpabilizaram o acto e ainda o premiaram com a nota 10. Por cá relativiza-se tudo. Por cá, a CUNHA, esse velho recurso social, é visto, por todos, como normal. Quem, como eu, várias vezes concorreu a lugares públicos, sabe a farsa que está por detrás das escolhas. Ainda há dias, num concurso para um lugar na Câmara Municipal da Maia, houve exclusões por falta de assinatura do curriculum vitae… Mas o CV é último documento que interessa numa candidatura, se o telefonema, o “toque” já não tiver sido dado. Informaram-me recentemente que existe um sistema hierárquico de “cunhas”, em que a palavra do presidente da câmara é a mais forte. Seguem-se as dos vereadores, técnicos, etc. Abençoada sociedade que assim se organiza! [Read more…]

Isto não vai passar no telejornal

Um exemplo clássico de polícias infiltrados numa manifestação pacífica, com o objectivo de provocar situações de violência. Nada de novo, excepto o flagrante de a polícia ter ido resgatar os seus camaradas

via 5 Dias

Veja mais provas de quem começou com a violência em Barcelona. Descrição pormenorizada da armadilha. Aproveite enquanto é tempo: no twitter circulam informações que apontam para um boicote do youtube à divulgação destes vídeos. E entretanto temos a versão oficial a circular nos jornais. O costume.

Actualização: o vídeo que aqui coloquei foi apagado pelo youtube. Agora meto o que o substituí. Agradeço aos leitores que avisem na caixa de comentários se for novamente retirado. Começa o jogo do rato e do gato…

Agricultura e tempo – parte II

A ruralidade actual combina formas antigas e modernas de trabalhar a terra, incluindo cursos para ensinar agricultura e criação de cooperativas para a produção de leite, único e actual objectivo nas ruralidades da Galiza, Astúrias e outros locais de outros continentes que tenho estudado. É o caso dos Picunche, clã da Nação Mapuche que habita na República do Chile. Convivi com eles desde os anos 90 do século passado. Os Mapuche chegaram da Argentina há mais de seiscentos anos. Por ser um grupo agrafo não há registos da sua história. Apenas dispomos dos relatos dos Frades Jesuítas que tomaram conta do clã, ensinando-os a ler, a escrever e a trabalhava na agricultura. A nação Mapuche vivia da caça de animais do mato, como o huemul, a vicunha, os guanacos. Estes últimos defendiam-se do ser humano cuspindo uma baba peganhenta. Não obstante, a sua carne era utilizada na alimentação e a sua pele usada como roupa de agasalho. O frio era intenso no inverno e o verão muito quente.

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Francisco Ribeiro de Menezes, um letrista em S. Bento

Francisco Ribeiro de Menezes, letrista dos Sétima Legião, diplomata de carreira, transita de chefe de gabinete de Luís Amado para a mesma função às ordens de Pedro Passos Coelho.

Jurei a mim próprio não escrever uma linha sobre o bloco central, a versatilidade dos diplomatas, ou o que quer que seja. Eu sempre gostei muito dos Sétima Legião. A sério, um dos melhores grupos do instrumental português. Como não encontro um vídeo do Mar d’Outubro, nem do Pois que Deus assim o quis, do mesmo álbum aqui fica a Partida.

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