É uma profissão tão digna como qualquer outra. Mas deve ter algures um código de conduta, que suponho não contemplar andar pelos blogues a vender PPR’s com o estafado argumento de que a Segurança Social não se sustenta, é um esquema Ponzi, etc, etc.
Não me assistem grandes competências matemáticas para explicar porque não é bem assim, a despeito dos esforços governamentais sucessivos para dar cabo do sistema, e sobretudo de não se saber muito bem por onde têm andado os seus fundos, mas a este esclarecimento do Tiago Moreira Ramalho ao iletrado do costume (e a tantos outros, este mês deve haver uma promoção numa seguradora qualquer, ou será por causa da aproximação do fim do ano fiscal?) sempre acrescento que bem pior do que a pirâmide etária (que numa economia em crescimento se resolve muito bem com a imigração) é o desemprego o principal inimigo da CGA, a menos que os desempregados comecem a descontar o que é capaz de ser complicado. Teremos 20% da população activa nessa situação algures no próximo ano (sim, é um prognóstico antes do intervalo).
E depois há aquele detalhe de as seguradoras, normalmente ligadas a bancos, tal como estes também falirem, experiência que no outro lado do Atlântico é bem conhecida em particular quando investem os fundos de pensões em activos tóxicos, uma medida pouco ecológica, e de também não andarem muito longe do tal esquema piramidal, simpaticamente conhecido entre nós por D. Branca no que também podia ser uma alusão à branca que dá na memória dos nosso angariadores de PPR’s disfarçados de fazedores de opinião.
Os estados também vão à falência? de certa forma sim (a rigor até não, supõem-se eternos), principalmente quando se metem a tapar os buracos dos bancos. Mas convenhamos que demoram mais tempo e tem acontecido menos vezes…
Adenda por distracção: ah, e aquela banhada do fundo de pensões dos bancários que faz este ano da contabilidade do estado a maior vigarice dos últimos tempos, obrigado Sérgio Lavos, ando nefelibata de todo.
Sem falar que do outro lado do atlântico os fundos de pensões são descapitalizados sempre que é necessário um bónuszito aos executivos ou coisas semelhantes
O texto e seus links estão, sem dúvida, pejados de asneiras.
O sistema em análise é um sistema mutualista ou afim e nada tem a ver com os sistemas apontados.
A finança não é estática. Se assim fosse, os “certificados de aforro”, por exemplo, seriam mais um milagre dos pães…
Sobre a CGA e o desemprego, e atendendo estritamente a esta área, não esqueçamos que as retribuições futuras são proporcinais aos descontos… Em termos financeiros não há lugar a perdas.
Nota1: Em certos países alguns sindicatos tem um enorme poder político que lhes advém do seu poder económico. Não é concerteza com as magras participações dos trabalhadores que geram o capital… Os seus investimentos são múltiplos e em diversas áreas.
Nota2: É evidente que, como qualquer jogo financeiro, também qualquer sistema de segurança social pode falir.
Nota3: A asserção de que, em Portugal, são as gerações mais novas a pagar para as gerações anteriores não só constitui uma impossibildade aritmética como também devia ser punida com uma veemente vaia cívica.
Ok, a Wikipédia sobre o Ponzi está cheia de asneiras (fala do típico papagaio que comenta sem seguir os links).
Ó ralha, vá vender seguros para a rua, ok? nem um argumento, umas banalidades sobre finanças, finanças, finanças, nem um desmentido.
Eu tive um papagaio, a rigor um piriquito de S. Tomé, que assobiava a Ponte do Rio Kwai e dizia Olá. Era mais assertivo e comunicativo.
Penaliza-me (um pouco) que não tenha entendido o meu ponto de vista.
Estou-me “borrifando” para os seguros e não tenho quaiquer tipo de simpatia por esse sistema…
Apenas tentei explicar como funciona o sistema de segurança social (como sistema finaceiro que é) uma vez que me pareceu que estava a trilhar um caminho errado na sua análise. Não se trata de argumentar mas de corrigir.
Acresce que o seu estilo de carroceiro retira-lhe bastante da razão que lhe possa eventualmente assistir. Forma também é conteúdo…
Se procura afastar os seus comentadores, colocando-se num pedestal difícil de arrazoar, este é o melhor caminho. É também uma boa maneira de se dar ares de idiota!
“O texto e seus links estão, sem dúvida, pejados de asneiras.”
Argumentos? pode ser?
O Ralha tem razão. Modere a linguagem.
As explicações (que não argumentos) estão no que se segue ao longo do texto:
mutualismo
dinâmica (dinheiro faz dinheiro)
milagre dos pães
capitalização ex. sindicatos
“segurança social” como investidor
etc.
Explicar mais miudinho não sei.
Como pode presumir que não leio os links?
Não é nenhum sistema Ponzi aqui.
Não lhe fica bem mostar tanto desentendimento dos textos dos comentadores e fazer finca-pé da sua ignorância como se de ciência se tratasse!
A partir de agora “comentarei” os seus artigos ( se for caso disso) com um estilo diferente.
Até vêr.
Todos sabemos que a escrita é um estranho lugar de comunicação. Obrigado por mudar de estilo, ficamos todos mais comunicativos.
“Cinismo é combinação de comodismo com impotência.”
(Bertrand Russell)
O Russell, não, please… e não estava ser cínico, essa ainda mais complexa forma de comunicação.
O Russel foi à sorte. Outros eram mais ofensisvos…
Eu acho que não lhe deve dar grande troco. Para mim, o Cardoso ganha à peça, ou seja, quantos mais comentários tiverem os seus posts, mais ele ganha. E daí toda a sua agressividade provocadora, falando sobre tudo que mexe.
Julgando, ele, que o assunto vai ser abordado por muitos comentadores, não larga a presa, mesmo quando confrontado com argumentos de peso …
ofensivos
Muito se “ralha” por aqui
Gostava que alguém pudesse falar sobre PPR com que fui bem aldrabada-mcor