Se fosse o inverso, manifestaria igual repulsa. Preocupa-me a coerência.
Episodicamente mas de forma ofensiva do conceito de justiça, a mistificação de que Lisboa e naturalmente os naturais da capital dominam o País é mesmo isso, uma mistificação, de uso fácil ao utilitarismo populista e ao jeito de quem utiliza a vitimização como arma – de Pinto da Costa a Alberto João Jardim. Do futebol à política.
Há múltiplos exemplos histórico-políticos da falsidade do pressuposto: Salazar, de Santa Comba Dão, companheiro e amigo do Cardeal Cerejeira (Vila Nova de Famalicão), é uma das múltiplas e penosas provas: 48 anos é muito ano! Cavaco veio da algarvia Boliqueime e governou o País durante uma década. Depois veio o lisboeta de Santos-o-Velho Guterres, com genes da Cova da Beira (Donas), seguindo-se Barroso (Nascido em Lisboa) mas reclamando raízes transmontanas. Sócrates, que a seguir nos calhou em sina , nasceu no Porto, mas toma os afectos de Vilar da Maçada (Vila Real). Hoje temos um Coelho, conimbricense de origem, mas infante em Angola – Silva Porto e Luanda.
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