O PSD é uma agremiação cujo principal objectivo é o de garantir que Portugal continuará a ser governado pela mesma raça de políticos medíocres que já apareciam, pelo menos, nas páginas de Eça. O facto de alternar no poder com o PS serve para que se possa proceder à passagem dos ministros para os negócios privados, ao mesmo tempo que cria a ilusão de uma diferença, sempre útil em tempos eleitorais.
Para se ir longe na estrutura de qualquer uma destas agremiações, é necessário, alardear, desde a mais tenra idade, uma total ausência de originalidade, evitando, a todo o custo, exprimir um pensamento próprio ou, até, um pensamento. Ao mesmo tempo que cola cartazes, agita bandeiras e lambe botas, o futuro político grita frases do líder, tornando-as tão aparentemente suas que alguém acabará por reparar nele e pensará: “Este rapaz é tão destituído que poderá chegar a ministro.”
O inestimável líder da JSD, Duarte Marques, tem aproveitado todos os momentos para demonstrar uma vacuidade tão larga que lhe garantirá, mais tarde ou mais cedo, um lugar no governo.
Depois de, entre outras descobertas, ter afirmado que o combate ao desemprego é uma questão de fé, produziu, recentemente, um conjunto de declarações que fazem lembrar a habilidade de Helder Postiga no interior da grande-área.
Em princípio, o objectivo do jovem social-democrata seria defender o martirizado Miguel Relvas. Para tal, começa por se atirar a Mariano Gago, o ministro que terá criado a lei que permitiu a Relvas licenciar-se antes que o diabo esfregasse um olho. Imaginemos o pior: se reconhecer que a lei é defeituosa, isso seria suficiente para ilibar quem se tenha aproveitado dela?
Continuando a defender o seu ministro, faz esta confissão tocante: Miguel Relvas teria dito, repetida e paternalmente, aos militantes da JSD para “estudarem e não cometerem o mesmo erro que ele” e “nunca escondeu o curso que tirou [e por que razão deveria esconder o curso?] e a maneira como o fez”, o que nos dá a ideia de que há várias maneiras de tirar um curso.
Seguidamente, o jovem afirma que o importante é a competência revelada por Relvas no desempenho do cargo ministerial, o que não o impede de acrescentar que a investigação do caso “deve apurar o que aconteceu e se houve ou não algum benefício especial”. Temos aqui, aparentemente, uma contradição, pois confirmar que terá havido um benefício especial deveria levar a que a competência passasse a ser matéria secundária. Por outro lado, a apresentação da alegada competência como critério fundamental parece levar a que a falta de seriedade na aquisição de uma licenciatura não tenha importância.
Nos próximos dias, o pobre JSD poderá vir a comentar as suas próprias declarações, explicando que foi mal interpretado ou que há uma certa comunicação social que deturpou as suas palavras. Até nisso, Duarte Marques confirmará que o futuro radioso do PSD está assegurado: os piores serão sempre os primeiros.
“Isto” assim não muda. De modo algum se deve seguir a via de terra queimada, tudo destruir, para de novo erguer. Não.
Mas todos, todos os partidos e movimentos se têm, já, de refundar.
Todos que lá estao, todos, terao, já, que sair e entar novos, diferentes, não formatados, que façam da politica uma “causa” e não mais, umas ascensão na vida politica, social monetaria….
É fundamental ver a SIC-repetiçao do programa da SIC em que há entrevista com TODOS os que destruiram o Pais do PSD e PS – todos e sua passagem de governo para empresas o o oposto de empresa para Governo – TODOS e os ordenados que tinham – isto não pode ficar sem ser tornado público – eu não sei usar video para gravar e por isso peço a quem sabe
Os gangs políticos são escolas do crime organizado onde gente de segunda categoria e sem escrúpulos tenta enriquecer num curto espaço de tempo. As “jotas” são uma espécie de infantários dessas escolas do crime. PSD e PS são as duas faces da mesma moeda. Como o AFN diz, e muito bem, alternam entre um e outro no poder para que os seus gangsters possam ir passando para os negócios privados. Os privados são os seus patrões, apesar de ainda enganarem muita gente com a conversa do serviço público. O politiqueiro português, para além de medíocre e desonesto, é um safo, um furão e culturalmente nulo. Vive à sombra do sistema judicial que o protege, e quanto mais corrupto é, mais o povão o adora. Viva portugal??