Já faltou mais. Em Ciñera a Guarda Civil entra casas dentro dispara a torto e a direito.
Ridículo, o único possível herbicida
Universidade Lusófona, hoje, foto gentilmente emprestada
Há uns anos, e para lá de Vilar Formoso ainda há países onde tal acontece, as pessoas tinham vergonha e demitiam-se perante o escândalo. Talvez os cidadãos se escandalizassem mais, face à ainda estranha coabitação com o pântano. E talvez, também, as pessoas tivessem profissão sem ser viver da política.
Hoje em dia não se demitem. Agarram-se aos cargos, se preciso com recurso aos tribunais, recorrendo ao recurso da legalidade como se houvesse uma lei para a decência.
Mas se a vergonha não faz cair estrelas ascendentes, já o mesmo não se passa com o ridículo. Este mata. A enchente de anedotas que tenho recebido sobre a última escandaleira indicam uma de duas coisas. Ou alguém morrerá de ridículo ou estaremos a entrar numa nova fase pós-pântano. A fase de nem o herbicida do ridículo pôr termo ao alcarnache.
As balanças têm dois pratos
Quando a importação desce exportar, por si, de pouco vale.
O estado que não é desta nação
É dos livros: quando os médicos (ou os camionistas) saem à rua qualquer governo está acabado. Esse é o estado da nação, e um debate em que ministro da privatização da saúde tem direito a destaque confirma-o.
As arengas, que fui ouvindo ao longe, tiveram momentos com piada, embora no domínio de uma outra nação, a parlamentar, esse mundo maravilhoso onde se semeia o que será uma viçosa relva de ministro.
A culpa de tudo é do governo anterior, repete em loop a claque do governo, coisa que ando a ouvir desde 1974 (sendo que em 1974 era verdade). Vamos salvar a coisa, perdão, a pátria, fustigam. Estamos a exportar imenso, garantem (esquecendo que também estamos a importar menos). Em 2012 vale tudo, inclusive invocar 1943 (um país neutral em plena guerra).
Nada disto é neutro. A subserviência perante quem supostamente nos ajuda não é um acaso, é uma determinação. Afirmar que o BCE não empresta aos bancos a 1% não é mentir, é tentar uma habilidade. Insistir que não há dinheiro e temos de agradecer aos carrascos que emprestam com juros de usurário é apenas um tique de quem sempre se coloca do lado daqueles que têm o dinheiro, fogem com o dinheiro e com o bloco central se protegem. Já fingir que estamos melhor, que os dados económicos são positivos, é apenas um reflexo neurológico, repetindo precisamente os últimos dias do outro governo. São esses os dias que ora repassam.
Foto: in Joaquim Vieira, Portugal Século XX 1940-1950
Filhos da puta
Governo paga subsídio de férias a assessores de gabinetes
Os assessores dos gabinetes dos ministros que entraram ao serviço a 21 de Junho de 2011 receberam subsídio de férias no mês de Junho. Este caso de excepção é revelado no “Correio da Manhã”.
A justificação dada para conceder esta prestação complementar deve-se, segundo o jornal, ao facto de, ao fim de seis meses, estes funcionários já terem adquirido o direito ao subsídio e a suspensão decretada pelo Orçamento do Estado, que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2012, “não tem efeitos retroactivos”.
Fontes do Governo referem que, “sendo devidos estes subsídios no próprio ano de 2011, devem os mesmos ser processados e pagos, ainda que o pagamento possa só ocorrer em 2012”.
Não me consigo expressar de forma politicamente mais correcta.
Hóquei em Campo: Atitude competitiva, determinação, motivação, concentração e comunicação, paradigma para uma selecção no feminino
Armindo de Vasconcelos
José Martins é o responsável pela selecção feminina que na próxima semana vai disputar o Eurohockey Junior Championship III que, tal como o campeonato masculino, se disputa no Jamor. Antigo Director Técnico regional da Associação de Hóquei do Nordeste Transmontano (com sede em Alfândega da Fé), José Martins praticou ainda futsal em Mirandela. Nesta cidade, foi treinador desta modalidade, e também de atletismo.
Prestes a iniciar o arranque final em direcção à competição, José Martins elege “a tenra idade de grande parte da equipa e o pouco tempo de treino” como as dificuldades maiores a vencer.
Sobre as expectativas, não se demarca de um certo pragmatismo: “A experiência que fui adquirindo ao longo dos anos nestas andanças diz-me que devo falar de forma aberta, sem receios mas com os pés bem assentes no chão. Sonhamos sempre em conseguir a subida ao Championship II, mas sabemos que é quase impossível… Desejo fazer um campeonato equilibrado, isto é, ter uma equipa com atitude competitiva exemplar, uma equipa concentrada, comunicativa entre ela, uma equipa determinada e sempre motivada. Parece-me que, se entrarmos bem no primeiro jogo, apesar de ser contra a equipa que desceu do Championship II (Azerbaijão), poderemos no dia 22 estar a lutar pelo acesso à subida de divisão”. [Read more…]
Rajoy contrai mixomatose
Basta que sejam constitucionais
Os netos de Franco
Em Madrid, a polícia dispara sobre os mineiros. De borracha? por enquanto.
(mais imagens e vídeos, actualizado:)
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A Capela do Silêncio
Saint-Exupéry…
Não há ninguém que escreva melhor sobre o silêncio.
Hei-de escrever um hino ao silêncio. Tu, músico dos frutos. Tu habitante das adegas (…) vaso de mel da diligência das abelhas. Tu, repouso do mar na plenitude. (…) Silêncio das mulheres (…). Silêncio do homem que se apoia nos cotovelos e reflete e (…) fabrica o suco dos pensamentos. Silêncio que lhe permite conhecer e lhe permite ignorar (…). Silêncio dos próprios pensamentos. (…) Silêncio do coração. Silêncio dos sentidos. Silêncio das palavras interiores, porque é bom que tu encontres Deus (…). Silêncio de Deus qual sono de pastor. (Cidadela, cap. 39)
Saint -Exupéry dizia que somos uma raça tagarela (“raça tagarela dos homens”)!
(Já estou a dispersar. Mas é impossível resistir a este António…)
Mal ele podia imaginar, quando escreveu Cidadela (1948), que em Helsínquia, em pleno séc. XXI, alguém se ia lembrar de construir uma capela do Silêncio! Ou dito de outra forma, o silêncio mereceu uma capela naquela cidade!!
Saint-Exupéry iria gostar desta capela sem santos e sem decoração? Pois eu acho que sim!!
“Embora se chame Capela do Silêncio, não deverá acolher serviços ou cerimónias religiosos. Foi concebida como um local de retiro no espaço urbano. A obra, assinada pelo Mikko Summanen, com 270 metros quadrados, é um exemplo do uso inovador da madeira na arquitectura”. (Público, 10/7)
Este será um espaço para ateus e não ateus, crentes e não crentes. Porque todos procuramos o silêncio, afinal! “Serve ao turista e ao necessitado”- uma ideia muito interessante.
Também é caso para dizer: se o homem da cidade já não procura o silêncio, vem o silêncio à procura do homem.
O Apóstolo Pedro
Sobre a origem do Cristianismo, nunca é fácil, num país tão católico como o nosso e perante miúdos de 12 anos, explicar que nas aulas de História não se falará de Fé, daquilo em que eles acreditam, mas apenas de factos históricos.
É por isso que tem de haver um especial cuidado na utilização de filmes completos sobre o assunto, que abundam na net.
Só para dar alguns exemplos, temos A Paixão de Cristo, de Mel Gibson; Jesus de Nazaré, de Franco Zeffirelli; O Rei dos Reis, de Cecil B. de Mille; ou até mesmo Zeitgeist, o filme de 2007 que nega a existência de Cristo, ou A Vida de Brian, dos Monty Python. entre muitos outros.
Sobre a difusão do Cristianismo no Império Romano, para além do épico Quo Vadis (há um excerto impressionante de 5/6 minutos que ilustra as perseguições aos cristãos durante os espectáculos com feras), escolhi para hoje O Apóstolo Pedro, que mostra a forma como o cristianismo foi difundido no Império Romano após a morte de Cristo.
Tema 2 do Programa: A Herança do Mediterrâneo Antigo
Unidade 2.3. – O Cristianismo: Origem e Difusão
À espera do pão debaixo das rosas
Miguel Relvas: retalhos da vida de um aldrabão
Recorte do extinto Região de Tomar, datado de 1997, que em boa hora ontem virou pdf. Descubra detalhes de uma carreira já na altura promissora: viagens & turismo, moradas falsas e outras habilidades. Um artista, chamou-lhe o jornal, um verdadeiro aldrabinho, hoje com uma larga carreira que faz dele um fascinante aldrabão.
Pode descarregar em formato pdf.
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