E que tal mudarem de povo?

A extrema-direita que nos governa, eleita com uma campanha que em poucas semanas virou um chorrilho de mentiras, chora agora a maldita Constituição. Compreende-se: na Assembleia Constituinte eleita com a maior participação eleitoral de sempre o então PPD ainda tinha gente que acreditava na social-democracia, e mesmo o CDS que votou contra ainda continha um ou outro democrata-cristão.

Assaltados esses partidos pelos herdeiros da União Nacional, e agora disfarçado de um liberalismo que tenta esconder como no séc. XIX teriam sido absolutistas, a Constituição, e a democracia, são aborrecidos entraves à restauração plena do regime anterior: destruição do estado social, dos direitos conquistados por quem trabalha, regresso aos bairros de lata e aos baixos salários inversamente proporcionais aos enormes lucros.

Como já uma vez por aqui escrevi, só têm uma coisa a fazer: saírem da sua zona de conforto, deixarem-se de pieguices, e partirem para a conquista de dois terços dos deputados. Não dá? olha que chatice, emigrem.

Mala

Comments

  1. xico says:

    Para que conste sou funcionário público e não votei nos partidos que sustentam o governo. Mas gosto de saber que vivo num estado de direito. Gosto de saber que os juízes do tribunal constitucional não cedem a pressões e, suponho, que nem aos seus desejos. Gosto de saber que o tribunal constitucional declara as normas constitucionais ou inconstitucionais porque o são de facto e não de acordo com a emergência maior ou menor do país (para isso declara-se o estado de emergência).
    Por tudo isso gostava que me explicassem, talvez o João Cardoso que sei que não declara o que é verdade ao que lhe calha melhor, porque razão umas são inconstitucionais e outras não? É que me ficou a impressão que as declarações foram conforme o que mais agradava à generalidade das pessoas. Terá sido coincidência? É que não consigo perceber porque razão o estado não pode reduzir os salários porque é inconstitucional e uma empresa à rasca pode. Não está o estado à rasca para reduzir a despesa? E o que é que isso tem de inconstitucional?
    Eu só queria entender!

  2. Uma coisa é um acordo numa empresa, aceitável, outra um desacordo entre trabalhadores e o estado. Não tenho de pagar uma dívida que não é minha, e muito menos bancos falidos.

    • xico says:

      Eu entendo-o. Mas olhe que se o estado baixar a tabela salarial da função pública e continuar a pagar os subsídios, vai ver que não está ferido de nenhuma constitucionalidade, embora seja muito desagradável. Já leu o Vital Moreira por estes dias?

  3. Quem tem de mudar de país é o comuna do João José Cardoso.

    Vai mas é estudar economia e deixa de espalhar demagogia inútil!

  4. Oh burro, se tivesses atenção, poderias ter constatado que os artigos que tu apresentas como “prova” do minha suposta simpatia pelo Salazar. Nem sequer são da minha autoria.

    Vai mas é estudar porque pelo que tenho lido, deves ter feito o curso por equivalências à moda do Relvas.

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