Energúmenos da mentira

Ao ler a notícia da TSF “Sofia Galvão: «Temo que não seja possível manter educação gratuita»” veio-me à memória uma história batida, a da falta de honestidade na construção argumentativa. Nada que existe no estado é gratuito, parecendo necessário lembrar à senhora Sofia Galvão que a educação não é gratuita. Talvez, com uma comparação mais terra a terra, ela perceba. Alguém que lhe diga que, tal como o ordenado dela sai dos impostos que pagamos, também a educação é paga com esses mesmos impostos.

Esses que vêm com a conversa da impossibilidade de continuar o serviço gratuito na educação, ou em que área for, querem, na verdade, selectivamente aumentar os impostos e, simultaneamente, tornar mais competitivas as alternativas disponíveis no privado. Que é como quem diz, arranjar negócio aos amigos.

Mas fazem-no com dissimulação e mentindo, atributos de gente de fraco carácter. Terem subido na vida o suficiente para conduzirem o destino de um povo diz muito sobre o ponto a que chegámos e sobre o povo que os escolheu.

E também vi

O Mossoró a cavar um penalty na final da Taça da Liga. O “anjinho” do Capela, claro, nem hesitou. Mereceu a medalha que o Presidente da Liga lhe deu no final. Ele foi, de facto, o mais influente dos que pisaram o relvado.

Eu vi

Seis foram os portugueses em campo, na equipa do Deportivo da Coruña. Em Valência, contra o Levante, três dos quatro golos falaram a nossa língua.

Tenham medo, ele agora está do vosso lado

Manuel Buiça e Alfredo Costa- herois nacionais

Perante uma afirmação de Mário Soares, por menos do que se está a fazer caiu Carlos de Bragança, a extrema-direita entrou em pânico. O problema desta gente é a noção de impunidade que imaginam protegê-los. Não há impunidade. Nem num ciclo político normal, onde se paga nas urnas, muito menos no golpe de estado que vão orquestrando, que conduz inevitavelmente a outras urnas.

Aquilo que estão a tentar fazer em Portugal falha sempre em democracia, seja porque esta funciona, seja porque deixa mesmo de funcionar.

Por enquanto não apareceu um Manuel Buiça e um Alfredo Costa, ilustres portugueses que sacrificaram a sua vida em combate contra uma ditadura, apenas porque ainda não foi tempo disso. Quem ataca doentes e  desempregados com a desfaçatez de saberem que isso não os atinge, quem pensa que a humanidade é uma selva darwinista,  arrisca-se a levar com a selva em cima e está a fabricar Buiças e Costas. Nota-se essa ilusão de impunidade na forma como já nem o sustento do poder, tropa e polícia, escapa à selvajaria. Esquecem-se que neste particular Portugal não é mesmo a Grécia, onde a ameaça de um golpe militar fascista paira todos os dias. Portugal é mais Abril. e também Maria da Fonte.

Chega de manifestações e de pequenas greves

Viver em democracia implica o esforço desumano de aceitar as diferenças. Nenhum governo governará exactamente como penso que deveria governar e ainda bem, porque confesso que não gostaria de viver num país governado por mim. De qualquer modo, não gosto de ser governado por gente muito pior do que eu, o que não é dizer pouco.

Assim, é natural que, havendo tantas opiniões como pessoas (com tendência para o número de opiniões se sobrepor, sabendo-se que as pessoas podem mudar de opinião), haja conflitos sociais, com os governos a serem confrontados com posições contrárias oposições, sindicatos ou tribunais. Aceitando, ainda assim, que os governos possuam legitimidade para escolher o seu caminho por entre opiniões contrárias, pode dar-se o caso de que, por várias razões, essa legitimidade, mesmo que se mantenha de direito, acabe por morrer, de facto.

Passos Coelho chegou ao poder depois de se enganar ou de mentir, como atesta um certo vídeo que nunca será demasiado (re)visto. A partir desse momento, a legitimidade do governo ficou irremediavelmente ferida. Hoje, tendo em conta o desastre social e, portanto, económico a que nos conduziu, ao arrepio de avisos chegados de todo o lado, este governo continua o seu trabalho de destruição de um país.

Está visto que o governo não irá mudar de políticas, o que quer dizer que não se tornará legítimo. [Read more…]

Vamos alombar com adjuntos

Lomba será secretário de estado adjunto do Maduro, ministro-adjunto do Desenvolvimento Regional, já agora órgão adjunto da governação. Oxalá a fórmula aditiva ajude a adjurar o governo do Coelho. E rapidamente.

Da série Os amigos de Thatcher (3)

PinochetAugusto Pinochet.

Obrigado, Passos Coelho

25aruaDesde a década de 70 que o 25 de Abril deixou de ter manifestação em Coimbra. Desde a década de 80 que nem sai à rua, o convívio da noite de 24 para 25 começou a fazer-se no espaço mais reduzido de uma colectividade.

Tenho pois que agradecer a Pedro Passos Coelho: este ano voltamos a ter manifestação, entre outras iniciativas. Obrigado: quem consegue unir e reunir o meu povo merece os mais rasgados elogios. E é sempre bom saber que assim vai cavando a sua própria sepultura.

Os animais de estimação

angela barroso
São muito úteis. Fazem o trabalho pesado, o trabalho sujo, guardam os rebanhos, palram, cacarejam quando põem ovos (e, sobretudo, quando não põem), estão, muitos deles, ansiosos por agradar aos donos em troco de uma ração (alguns são de muito alimento).

Não hesitam em atacar os seus congéneres, sobretudo os mais fracos, ao serviço dos patrões. Alguns até marram, sobretudo se os alvos forem vermelhos. Nem sempre dotados de grande inteligência (senão poderiam interrogar-se sobre a sua condição), mas precisando de alguma para cumprir as tarefas que lhes cabem, devem ser, preferencialmente, destituídos de carácter e integridade, atributos que os tornariam inúteis e, até, perigosos.

Por isso, nem todos servem para os efeitos pretendidos. Alguns, quando jovens, podem ser um tanto rebeldes. Mas quando se adaptam, são indispensáveis. Tornam-se mesmo os mais servis, embora a sua alimentação possa sair cara. Para os manter felizes, convém ir-lhes fazendo umas festinhas. Na cara, no pêlo, nos cornos, nas contas bancárias e outras partes que venham a calhar. Bem tratados, podem servir fielmente por vários mandatos, digo, anos.

Bairro do Aleixo: uma pistola, duas balas

Se há imagens que têm mil palavras para contar, há outras que se ficam por uma única, nem por isso menos gravosa, mentira.

A última edição do pasquim “Porto Sempre”, editado pela Câmara Municipal do Porto para incensar os feitos do seu autarca,  dedica duas páginas ao bairro do Aleixo e à demolição da torre 4. Aí se relatam os casos em que a justiça condenou moradores por posse e tráfico de drogas. Cinco arguidos no total, num universo de 290 agregados familiares (chegaram a viver aí cerca de 1300 pessoas) mas número suficiente para reduzir um bairro a uma quadrilha de criminosos.

E para que quem passa os olhos pela revista, despejada gratuitamente em todos as caixas de correio da cidade a cada mês, não perca de vista o essencial da história, e não comece à procura de explicações alternativas, a imagem que ilustra a história diz tudo: uma pistola e duas balas. [Read more…]

Ódios Pessoais

Portanto, Pacheco é uma hiena descontrolada de Esquerda no Partido Errado. Quando é que rasga o cartão de militante?

Exactamente

Por muito menos que isto foi morto o rei D. Carlos – uma grande entrevista de Mário Soares.

A cor azul

… a matar saudades, ao vivo e a cores!

Morreu a bruxa má

The Wicked Witch Is Dead, a música votada pelos ouvintes que a BBC censurou. Entretanto o  funeral de Margaret Thatcher, 12 milhões de euros e 2200 convidados, foi nacionalizado; paga o contribuinte.

Color Run Matosinhos III

color run 3

Passagem dos corredores na Ponte Móvel

Serviço Nacional de Eutanásia

Governo suspende a contratação de novas camas de cuidados continuados.

A porca da Cinha Jardim

Pepa, a porca, aliás, a porca anã, ou seja: a porquinha da Cinha Jardim mordeu a Cinha Jardim.

de repente, a Pepa chateou-se e mordeu-me…

Queixa-se a Cinha Jardim da porca da Cinha Jardim.

A Cinha Jardim anda a treinar a porquinha da Cinha Jardim para

em devido tempo, poder apresentá-la à sociedade. “Vai ser uma estrela e fazer furor!”

porca cinha jardim

Eu gosto muito da porca da Cinha Jardim e também gostava de ter uma Cinha Jardim anã cá em casa mas das que não mordem. Dizem que são animais que fazem muita companhia.