Em Trás-os-Montes, nos últimos dez anos, fecharam quase 800 escolas primárias. Os simplistas que vêem o mundo através de uma calculadora de curto prazo explicarão que é inevitável, que há menos crianças e que não há “sustentabilidade” para manter mais escolas a funcionar.
Este quadro, no entanto, ilustra o falhanço de um país que continua a subdesenvolver o interior e que, graças à destruição do tecido económico, levou a que a natalidade baixasse.
É claro que ninguém defende a manutenção de escolas com meia dúzia de alunos, mas a verdade é que está por provar que os centros escolares modernos ofereçam as condições ideais para que os alunos sejam devidamente acompanhados, especialmente se tivermos em conta o aumento do número de alunos por turma ou a falta de psicólogos e outros técnicos, para não falar do tempo que muitos passam em viagens entre a casa e a escola.
Por vezes, não há melhor metáfora que a própria realidade.
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