Parar o país

bastaEste governo não vai parar a sua obra de continuar a usar o orçamento de Estado para pagar dívidas privadas. O país, tal como a nêspera, está quieto e calado, a ser comido pela velha.

Mais logo, Passos Coelho, bisneto de Soares, neto de Cavaco e filho de Sócrates, não vai querer desmerecer dos seus antepassados. Como todos eles, vai fazer uma declaração cujo subtexto será o de que está disposto a tudo para favorecer os seus vários parentes por afinidade, uns alemães, outros banqueiros, muitos laranjas e laranjinhas.

Repito-me: já houve greves inofensivas e há manifestações todas as semanas. Com todo o respeito por quem se manifesta com a consciência de que fazê-lo é importante, corremos o risco de andarmos demasiado preocupados com números de manifestantes ou percentagens de grevistas. Ao sermos o nosso próprio pastor, admitimos que somos gado.

Diálogo, consenso, concertação são palavras tão vazias como austeridade. Será utopia, talvez, mas o país só pode voltar a avançar quando todos aqueles que estão verdadeiramente insatisfeitos pararem o país. Apenas o tempo suficiente para expulsar os que estão a sitiar o Estado. Greve geral, absoluta, pacífica, silenciosa e paciente. Seja como for, andamos a trabalhar para ser roubados.

E depois? Depois, não pode ser pior.

Comments

  1. antónio correia says:

    muito bem, uma verdade que todos deveriamos abraçar, mas já não existe gente amigo apenas e só MEDO.

  2. O Governo é um Governo de traição nacional, é suposto os governantes defenderem os interesses do país, e não aplicar fórmulas aprendidas em universidades, por “académicos de prestígio”, – isso nunca houve, nas universidades só há idiotas com conhecimento muito limitado (basta ver os professores, como Rebelo de Sousa, por exemplo) -, ou por “técnicos com prestígio internacional”, – isso também nunca houve, o que existe é portugueses a lavar escadas em França ou na Suiça. Acho que foi o Der Spiegel que publicou um artigo provando que os povos do sul são mais ricos que os do norte, (é possível provar-se tudo e o seu contrário), partindo do património e não do rendimento essa ideia é defensável, mas parte de um erro: que todo o património é rendimento, ora não é isso que sucede na sociedade portuguesa, uma casa é considerada património para impostos, mas não é rendimento nenhum, na maioria dos casos. Os “académicos de prestígio” em vez de governarem o país, olhando para o modelo económico existente e partir dele, pegaram em certos preconceitos do norte e toca a destruir a economia que isto está tudo mal. E o resultado é fácil de calcular. bfds

  3. Suzete Calado says:

    Absolutamente de acordo! Greve geral, silenciosa; país parado. Onde se começa? A passividade dos povos espoliados doi mais do que os golpes de misericordia que nos têm infligido. è necessário e urgente começar já.

  4. palavrossavrvs says:

    Se me garantes que não saímos do Euro, estou contigo, Amigo.

    • António Fernando Nabais says:

      Ó querido Amigo, mas nós estamos verdadeiramente no Euro? Será que alguma vez lá estivemos, entre a sobranceria centro-norte-europeia e a corrupção endémica do arco do poder que destila merdiocridades como Cavacos, Soares, Sócrates e Passos, tudo gente sem vergonha na cara? Gente que tem vindo a destruir a sociedade, minando a economia. Um assassino é um assassino, mesmo que leve tempo a matar: não aceito ser governado por assassinos. O facto de a alternativa poder ser pior não me chega para defender que se mantenha o menos pior. É preciso cortar o mal pela raiz. É tarde? Vamos depressa, antes que seja ainda mais tarde.

  5. ou seja, mais vale morto no euro do que pobre fora dele…

  6. É tudo a mesma seita , como se fossem familiares hereditários dos mesmos vícios.
    Nós é que devíamos parar o País batendo o pé a esta corja .

Trackbacks

  1. […] sozinho será sempre ninguém ou pouco mais, estarei disposto a ser um de muitos, quando resolverem parar o país. Se não for possível, continuarei a escrever para quem me quiser ler e esperarei, […]

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