Entrou-me um canário no olho

Tenho de ir ao Porto resolver isto.

E o resto são cantigas

Vamos ao Porto e vamos ser campeões.

 

Quem cedo ganha, mais tarde perde

reservadoUma simpática iniciativa, a venda de melão no Marquês de Pombal. Escusavam era de ter borrado a estátua.

 

Afinal ainda há campeonato

As notícias sobre o limpinho eram ligeiramente exageradas. Nem com o Capela lá vão.

‘Swaps’ – abordagens teóricas (I)

Segundo o ‘Dicionário Inglês-Português de Economia’, de F. Nogueira dos Santos,  ‘swap’ significa:

Permuta; 2. Operação de reporte cambial; 3. Linha de crédito recíproco entre bancos centrais; 4. Substituição de um programa por outro.

Ultimamente, na comunicação social, na blogosfera e em debates informais na sociedade, tem-se, falado, de facto, de ‘swaps’ de forma abundante, avulsa e em muitos casos sem a noção do conceito subjacente ao termo, nem de outros que lhe estão associados.

Iniciei este texto com a reprodução dos significados de dicionário especializado, sobretudo atendendo ao que João Garcia, na página 8 do ‘Expresso’, edição de Sábado, apropriadamente, escreveu:

O problema é que, em geral, há uma incapacidade cognitiva e epistemológica (vivam os jargões!) para os entender. [Os ‘swaps’, acrescento eu]. [Read more…]

Professores contra a Educação

escoladestrOs professores são uma das classes profissionais mais invejadas, porque se mantém o mito de que o horário de trabalho desses inúteis se limita ao número de horas de aulas. Num país em que estamos mais preocupados em que os outros estejam tão mal como nós, a ilusão de que os professores não trabalham e de que, portanto, são uns parasitas, tem rendido proventos a quem destrói a Escola, argumentando que está a combater uma corporação poderosíssima e a beneficiar os alunos.

Entretanto, os professores, de uma maneira geral, aceitam tudo o que lhes é imposto, por medo, por comodismo, por falta de consciência de classe e por ausência de consciência cívica. [Read more…]

Hélder Rosalino não sabe ler

baby-eating-booksSaia uma Constituição com molho de manteiga para o secretário de estado dos despedimentos.

 

Fundador alemão do euro pede o fim da moeda única

Oskar Lafontaine, um dos fundadores do euro quando era ministro das Finanças da Alemanha, pediu o fim do euro para deixar os países do Sul recuperarem. E sublinha que “os alemães ainda não perceberam que o sul da Europa, incluindo a França, será forçado pela sua miséria actual a lutar, mais cedo ou mais tarde, contra a hegemonia alemã“…

…“Merkel vai despertar do seu sono hipócrita quando, a sofrer por causa da política salarial alemã, os países europeus unirem forças para fazer um ponto de viragem na crise penalizando inevitavelmente as exportações alemãs”, avisa Lafontaine… [Read more…]

Assunção Esteves, porta-voz da Assembleia da República?

Será que, em 21 de Junho de 2011, Assunção Esteves foi eleita porta-voz da Assembleia da República? Terá Assunção Esteves sido a primeira mulher a assumir o cargo de porta-voz da Assembleia da República? Será que um porta-voz da Assembleia da República ocupa o segundo lugar nas Precedências do Protocolo de Estado? Poder-se-á dizer que estes cavalheiros foram porta-vozes da Assembleia da República? Claro que não

Ontem, no Telejornal da RTP, a propósito desta notícia, disse-se – e muito bem – que Nigel Evans era ‘Vice-Presidente’ (Deputy Speaker) da Câmara dos Comuns. Por esse motivo, não se percebe a razão de se chamar ‘Porta-Voz’ (sic) ao seu Presidente,  John Bercow. ‘The Speaker of the House of Commons chairs’, ou seja, o Presidente da Câmara dos Comuns preside. Bercow, porta-voz? Nem por isso. Nem John Bercow,  nem os seus antecessores Michael Martin e Betty Boothroyd, nem sequer os homólogos neozelandeses.

JBercow

Aliás, para que não haja dúvidas, o próprio John Bercow esclarece: «(…) the Speaker shall act as representative and spokesman for the Assembly and for Parliament to the outside world». Isto é, nem “the Speaker shall act as speaker”, nem “the spokesman shall act as spokesman“, nem, mais importante, “the spokesman shall act as Speaker“. Já agora, aproveitando a onda dos porta-vozes

Os racistas escondidos

A avaliar por este artigo (em inglês), temos uma imagem demasiado boa dos suecos.

Procura a quem o crime aproveita

A ideia de que os despedimentos na função pública correspondem a uma poupança tem piada mas não tem graça nenhuma.

Aparentemente os despedimentos vão incidir, para começar, nos trabalhadores manuais, agora chamados de assistentes operacionais. Estamos a falar de gente que trabalha, ou já teriam ido parar à mobilidade. Nas escolas, por exemplo, alguém terá de os substituir. Nas cantinas nem por isso, as centrais de compras há muito tornaram obirgatório contratar uma empresa alimentar. Outras serão chamadas: empresas de limpeza, tipo Conforlimpa, ou de segurança (curioso: a Associação de Empresas de Segurança Privada foi presidida pelo avô deste governo, Ângelo Correia, agora substituído por Rogério Alves). Aqui e ali alguém terá de cuidar dos jardins.

Entenderam quem vai lucrar com estes despedimentos, aumentando obviamente as despesas do estado? Triste país onde o capital sempre viveu de rendas e finalmente vai abocanhar o grosso do bolo depois de muito piegar.

Dumping Social

Egoísta e miserável, a Alemanha abusa que se farta porque pode: «A Bélgica fez queixa junto da Comissão Europeia acusando Berlim de “dumping social”, numa alusão à venda de bens abaixo do custo de produção que é proibida na UE.»

Aos Filhos de Fouquier-Tinville

Chega. É chegada a hora de olhar para Pedro Passos Coelho e Paulo Portas e mesmo para o obediente frankfürter Gaspar como o último reduto para o êxodo-êxito da Intervenção Externa. Perante a incoerência e cinismo do FMI/BCE/CE, são eles, e não outros, a nossa única e exclusiva esperança, última oportunidade para nos salvarmos colectivamente de desgraças maiores, da desordem política, do caos fútil, do descrédito internacional.

Em geral, os partidos políticos na Oposição, certos comentadores e especialistas afectos a determinados partidos momentânea ou permanentemente fora do exercício do Poder, como o intelectualmente desonesto e autodeslumbrado Daniel Oliveira ou o visceral zarolho Miguel Sousa Tavares anti-docentes, só nos garantem o Fim do Mundo e nada mais que a desgraça geral e colectiva. O registo de Daniel Oliveira, especialmente depois do abandono espectaculoso do BE, passou a ser explicitamente desonesto quando, colocando em perspectiva José Sócrates [a devastação que pôs em movimento] e Pedro Passos Coelho [nada mais que um bombeiro atrevido com óbvio desinteresse na demagogia e no eleitoralismo, debatendo-se com a paralisia do Centro Decisor Europeu] escamoteia a evolução favorável dos números entre 2010 e 2013. No défice e na dívida. [Read more…]

Andreotti, príncipe das trevas

Sete vezes primeiro-ministro de Itália. Acusado de corrupção e assassinato. Nunca cumpriu um dia de prisão.  Morreu hoje «Il Divo».

Ser Comido

Acabo de estar 16 minutos e 31 segundos ao telefone [707 206 707] com uma assistente do CAT, Centro de Atendimento Telefónico da Autoridade Tributária e Aduaneira. Não souberam ajudar-me, embora sob extrema, engonhante e solícita simpatia.

Não era urgente. Não era um novo caso de vida ou de pagar até à morte, pois desses já me sobejam e estão em andamento até à minha velhice, se a tiver. Era por uma coisa de nada, lhana e simples informação. O problema é que no fim fui comido em 5 euros e 8 cêntimos à conta da converseta para lado nenhum. Ingenuidade minha.

Fica o aviso. Eles são as aranhas. Nós as moscas.

João, vai, por mim, ver a selecção!

dossier

Hoje, não posso. Os governantes do meu país, de tanto entrarem no que me era devido, castraram este desejo de estar aí. Mas, este mês, de primeira comunhão do meu afilhado, de inspecção do carro, de selo do carro, do seguro do carro e de outras despesas que vêm sem a gente contar, não posso sair do meu pedaço, tenho de reger parcimoniosamente o que me é depositado pela Segurança Social. Eu sei que até me pagavas a viagem, mas a minha vida tem de ser vivida com o que me dá, não com o que me podem dar, mesmo um primo como tu.

Por isso, João, tens de me representar no estádio. Com bandeira e cachecol, a gritar como eu gritaria.

Eu, apenas vou dizer, a quem me lê, quem és. Porque quero que me representes. E, já agora, falar dos outros primos que por aí passaram. Por Paris. Abraço. [Read more…]

%d bloggers like this: