Vamos MESMO fazer greve às avaliações e aos exames
E, malta da TROIKA & friends, não se preocupem com as nossas dificuldades. A questão coloca-se de forma muito simples: o que tem a perder um Professor que dia 1 de setembro tem o despedimento como certo?
Isso mesmo – NADA!
Parece-me que, nunca como hoje, faz sentido este movimento que volta a UNIR TODOS OS PROFESSORES.
Na prática será assim: as avaliações não se realizam e por isso não há notas que permitam os alunos irem a exame e depois, no dia 17 de junho, voltamos à GREVE – é o dia do exame de língua portuguesa!
Crato, Cavaco, Portas, Gaspar e Passos: Se é guerra que querem, vamos a isso!
Governar Como Quem Perde Finais
A todos aqueles que redutoramente me acusam de defender Passos Coelho, uma vez que não investem suficientemente numa leitura também nas entrelinhas, reitero que não o defendo. Comparo-o e, sobretudo, situo-o. Tivemos sempre maus governos, coisa em que só reparávamos no término das legislaturas. Aceitámos por sistema más mentiras e más desculpas, maus investimentos e más apostas.
Pela primeira vez, temos um Governo, por acaso chefiado pelo ex-marido de Fátima Padinha, que é o melhor de todos os péssimos governos que tivemos, apesar de covarde com os fortes e instantâneo e impante com os fracos, mau grado os esforços silenciosos e discretos de Álvaro Santos Pereira na renegociação das PPP, ainda impotente contra os pressupostos bimbos do champanhe pimba do dr. Mexia, os seus honorários insultuosos, mai-la sua obscena EDP. Não é só o Governo que não tem espinha dorsal para resistir à tentação do discurso bonzinho, em ziguezague, inócuo e não molestador da nossa paz de espírito, réstia de capacidade para dormir sossegados, má notícia após má notícia. [Read more…]
De Antologia
O país ficou a saber que Sócrates viaja em classe executiva e Passos Coelho em económica (…), pelo menos estão melhores que os portugueses, que já só viajam em sonhos. Zé Pedro
Outro que não teve OPAN
Mas o Rui Albuquerque tinha obrigação de fazer o TPC. Assim passa por mentiroso.
Quadrivium
O Quadrivium é, muito provavelmente, um dos espaços mais arejados na nossa blogosfera e a melhor plataforma portuguesa de divulgação de conteúdos relacionados com Diplomática, Codicologia, Crítica Textual e Paleografia. Com contributos de alguns dos melhores especialistas nestas áreas e com excelentes notícias, como o I Curso de Paleografia Portuguesa Moderna (s. XVI-XVIII) «Escrivaninhas Judiciais, Notariais e Outras». Vale a pena visitar o Quadrivium.
Um Duro Revés
O telescópio Kepler, perscrutador de planetas semelhantes à Terra na nossa Galáxia Via Láctea, pode ter avariado irremediavelmente. Faça-se outro. Ainda melhor.
Fernando Negrão, o cábula
Nem de propósito, os meus alunos do 9º ano vão estudar a Constituição de 1976 para a semana. A de 1933 foi antes, tal como a de 1911 e a Carta Constitucional no 8º ano.
Os alunos estudam estas coisas porque existe uma disciplina chamada História que serve para esse e outros efeitos, enquadra os textos constitucionais nas circunstâncias que os fizeram aprovar e identifica os regimes políticos que delas nasceram e suas características.
Hoje temos dois disparates. Um dos Verdes, na senda da mania de ensinar “cidadania” ou “sexualidade” transversalmente, diz-se assim, ou seja, fora dos currículos escolares. Típico de quem imagina que as defuntas horas de Formação Cívica serviam para outra coisa que não o DT tratar de assuntos com os seus alunos. Gente que vive noutro mundo, que não o escolar e propõe que se ensine o que já se ensina (e no caso da actual constituição só não terá tempo para desenvolver que seja obcecado pela História Militar).
O outro é de Fernando Negrão em particular e do CDS e PSD em geral. Como não podem alterar a constituição, dois terços de votos é muito reformado e funcionário público, pensam que a podem proibir nas escolas, o que seria manifestamente inconstitucional. Golpe de estado em versão golpada nas escolas. Proponham o reforço do estudo da 1933 com a defesa das suas virtudes. Vá lá, tenham coragem. Assumam-se.
PS – Do 2º ciclo pouco sei, mas quem sabe explica.
A felicidade é um prato de tripas
Proust tinha uma madalena, cujos aroma, textura e paladar evocavam memórias de infância. Eu, mal comparando, tive recentemente uma tripa enfarinhada, o que só comprova que não é Proust quem quer, e que não há-de ser o mesmo uma infância nutrida a madalenas que a tripas de porco.
Passou-se isto num restaurante onde eu nunca tinha estado, algures em terras minhotas. Depois de perguntar a vários desconhecidos onde é que se podia comer por aquelas bandas, fui parar a um lugar aconchegado e que prometia mesa farta. Se esperam crítica gastronómica, desenganem-se, que eu careço de jeito e entusiasmo para tanto. Aliás, sei que comi e bebi bem mas já nem me lembro exactamente o quê. E não me lembro porque foi nas entradas que eu me detive, e apesar de ter continuado a comer alarvemente, o meu coração – sim, o meu coração, por que não? – apenas recorda aquele petisco inicial, as pequenas iscas de tripa enfarinhada que me foram servidas. [Read more…]
Notícia que não noticia
A notícia poderia adocicar a nossa esperança, pois se há alemães sensíveis e fartos do ónus de impositores da austeridade, isso seria um começo de conversa, mas a jornalista Isabel Arriaga e Cunha não diz quais, pelo menos na edição online.
Sou Benfica (mas só hoje)
Terminada que está a Final da Liga Europa, sinto um enorme orgulho pela prestação do Benfica e pela forma como se superiorizou claramente ao Chelsea durante todo o jogo. Perder assim custa muito e desta vez ninguém pode assacar culpas ao treinador ou à postura da equipa. O Benfica não jogou para empatar, como no Dragão, jogou para ganhar, dominou e atacou. Atacou quase sempre. E só não ganhou porque lhe faltou uma ponta de sorte. A tal que se conquista, é verdade, quando se marca um golo no último minuto, ou quando, em sentido contrário, se deixa um adversário cabecear à vontade dentro da área.
Como portista, sei exactamente aquilo que os benfiquistas estão a passar. Era um jovem adolescente quando vi o meu Porto a sofrer em Basileia a mais injusta das derrotas contra a Juventus, numa Final da Taça das Taças que foi roubadinha por um tal de Prokop.
O grande Benfica foi hoje o maior Benfica das últimas décadas. Fez jus aos seus pergaminhos e honrou o nome de Portugal. Nada que interesse muito aos benfiquistas, suspeito. Perderam e isso é que fica para a história. As vitórias morais são muito bonitas mas é para os outros.
No Domingo há mais, na semana seguinte também e depois vem aí o defeso, que é onde se prepara a próxima época. É esta a magia do futebol. Há sempre novas vitórias para conquistar.
Obrigado, Benfica.
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