Dos lucros da EDP tratamos já a seguir.
O PIB da China já baixou
E o primeiro milho foi dos pardais
Ainda falta um jogo, e mesmo que fosse contra o último, campeões antecipados não ganham campeonatos.
É e não é mais que um jogo de futebol
Há dois discursos irritantes antes de um Porto-Benfica.
O primeiro é o do “temos coisas mais importantes para tratar“; “falem mas é de política“; etc. etc. Tenho andado a apanhá-lo nos comentários, uma romaria moralista que como todas as pregações se vira contra si própria. Claro que o futebol não é a vida, tem o valor de um gozo tribal, a diletância de um escape, e depois? a paixão é assim. E no futebol ama-se, disparata-se, e andante. Alienação é outra coisa, vive-se todos os dias, começa no próprio trabalho e sua condição mas também passa por este puritanismo que depois por regra transfere para a política o clubismo sectário que precisamente nos lixa, e falo à esquerda.
O segundo é o da negação do óbvio: futebol também tem causas. Não obrigatoriamente, mas pelo menos ocasionalmente. O meu portismo em forma de segundo amor sempre teve a causa anti-capitalense, esse estádio supremo do provincianismo, somada a ter vivido, puto da Académica, no bairro de Benfica em tempos calabotianos, ninguém gosta de ser esmagado pela unanimidade dos 6 milhões (eram 8). Claro que a forma de pensar Portugal como um país não se resolve com vitórias nos estádios, mas sempre anima e demonstra que a paisagem também sabe. Coisa que de resto portugueses, seja em equipas (e claro que me dá gozo como deu jeito o 5LB ter chegado a uma final europeia), seja em selecção ainda vão demonstrando ao mundo./p>
E o resto não é que ganhe o melhor: é que ganhe a minha equipa. Se nem por causas políticas escolho os meus amigos, muito menos o faria por causa da bola. Desportivismo é outra coisa, e como a palavra implica existe no desporto. Chamar desporto ao futebol profissional é no mínimo um erro de concordância: não é, nem pelo género, e muito menos pelos números. É pura paixão, estúpidos.
Fotografia encontrada no Facebook e aparentemente fumada daqui.
Blue Branco
A discussão futebolística nunca foi a minha área. O futebol nunca me interessou, embora seja desde sempre azulinha. Mas esta canção parece-me adequada ao dia de hoje. Que ganhe o melhor e que o melhor seja mesmo o Porto. Boa sorte e muito juízo a todos.
P.S.:Depois disto, podemos voltar ao país real? Já chega de Putas e Vinho Verde.
Grunhologia
Grunha, a estupidez bronca de parte a parte, embora empate, já ganhou a porra do campeonato.
Derrotem-no em Eleições. Ou não.
O cão conveniente de todas as culpas, o alvo privilegiado de todas as setas é Passos Coelho. Tão justo quanto a raiva gratuita que esta tarde uma ou outra hoste futebolística tenha ou não razões para vazar razias e desculpas. As medidas que o directório da ingerência troykista visa implementar em Portugal são de tal modo contorcionistas quando comparadas aos cenários pré-eleitorais de 2011 que não há como fugir de um certo nível de escândalo: ontem, na SICN, José Adelino Maltez, se tivesse uma arma, disparava contra os delegados nacionais de Berlim, à conta do que se prepara ou é possível nos cortes das pensões actuais em pagamento. Todavia, nada se faz ou manda fazer sem a efectiva e fática-phátis pressão e aval da Troyka, pelo que, como não a elegemos, pois só o PS votou nela e fez por ela, devemos derrotar Passos nas próximas eleições. Até lá, deixem-no trabalhar, isto é, obedecer à Troyka. [Read more…]
Eleitores burros
Acreditam em candidatos espertos.
É uma teoria que tenho vindo a desenvolver com todo o enquadramento científico.
Existe um Governo e uma maioria, além de um Presidente, o marido da Maria, que não sabemos bem para que serve, mas que anda por aí, calado. Felizmente, digo eu!
Há um Primeiro-ministro, Vítor Gaspar e um conjunto de deputados que me fazem lembrar aquele cachorrinho que o sr. Amorim tinha no carro, um Fiat 127 dos velhinhos.
Um ou outro – Miguel Frasquilho, por exemplo – conseguem apoiar o SEU governo, mas conseguem ter a capacidade de ver e falar para além do óbvio. Não conheço muitos outros exemplos. Que me recorde nenhum Deputado do PSD, no Parlamento, que tenha tido uma intervenção, uma frase, uma palavra para questionar alguma das medidas estúpidas deste governo e, sabemos todos, não foi por falta de motivos. [Read more…]
It’s the economy, stupid II
Depois da ‘economia’ e do ‘euro’ de Argel, o PIB de Mexia.
Lei n.º 23/2013, dadaísmo e surrealismo na assembleia
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Lei n.º 23/2013
de 5 de março
Aprova o regime jurídico do processo de inventário, altera
o Código Civil, o Código do Registo Predial,
o Código do Registo Civil e o Código de Processo Civil
A Assembleia da República decreta, nos termos da alí-
nea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
[Nota prévia: o texto da lei é longo mas claro como água]
A presente lei aprova o regime jurídico do processo de inventário, altera o Código Civil, aprovado pelo Decreto- -Lei n.º 47 344, de 25 de novembro de 1966, e alterado pelos Decretos -Leis n.os 67/75, de 19 de fevereiro, 201/75, de 15 de abril, 261/75, de 27 de maio, 561/76, de 17 de julho, 605/76, de 24 de julho, 293/77, de 20 de julho, 496/77, de 25 de novembro, 200 -C/80, de 24 de junho, 236/80, de 18 de julho, 328/81, de 4 de dezembro, 262/83, de 16 de junho, 225/84, de 6 de julho, e 190/85, de 24 de junho, pela Lei n.º 46/85, de 20 de setembro, pelos Decretos -Leis n.os 381 -B/85, de 28 de setembro, e 379/86, de 11 de novembro, pela Lei n.º 24/89, de 1 de agosto, pelos Decretos -Leis n.os 321 -B/90, de 15 de outubro, 257/91, de 18 de julho, 423/91, de 30 de outubro, 185/93, de 22 de maio, 227/94, de 8 de setembro, 267/94, de 25 de outubro, e 163/95, de 13 de julho, pela Lei n.º 84/95, de 31 de agosto, [Read more…]
Revisionismos
Vasco Pulido Valente, um historiador da I República que se reformou antecipadamente escrevendo excelentes romances históricos, reduz hoje no Público o segundo séc. XIX português a dívida investida nas obras públicas da Regeneração, e cobrada a doer em 1891.
Omitir que no entretanto se construíram as grandes fortunas sempre à pala do estado e suas rendas, onde avultavam as concessões do tabaco, já para não falar de uma cobrança de impostos eternamente favorável aos homens do progresso, ou como os bens nacionais a seu tempo devidamente expropriados aos que os haviam saqueado durante séculos, clero e nobreza, foram de imediato transaccionados em favor da burguesia empreendedora, o caso da Companhia das Lezírias é exemplar, omitir a Inglaterra onde hoje se repete a Alemanha, omitir a realidade ajuda sempre à construção ficcional de um mundo tal como nos dá jeito que tivesse sido.
Hoje, como sempre, revisita-se a História ao sabor do discurso dominante.
Horários docentes
A engenharia dos números em versão propaganda devidamente desmontada.
Já mandaram um convite a Rui Rio…
O Predador
Violência gera violência, abuso gera abuso, isto funciona como um legado negro que fará das vítimas novos agressores e abusadores numa cadeia interminável. Ser incapaz de ver e assumir toda a dor do outro, e por isso abominá-la, é um défice equivalente a um gravíssimo problema de saúde. Por isso é que as autoridades devem olhar para historiais como o de Ariel Castro, acusado pelo rapto e violação de três mulheres de Cleveland, Ohio, e seccionar-lhes bem a montante a propagação dos seus horrendos malefícios, especialmente quando os sinais, as queixas, forem recorrentes e fundamentadas. À primeira, confira-se o benefício da dúvida, à segunda, um puxão institucional de orelhas. À terceira, acção, prevenção, Justiça. Normalmente, costuma ser tarde de mais.
De 75 a 100 em menos de 25
O Benfica nasce de uma diversidade social, onde podemos encontrar pessoas de classe média alta, classe baixa e até órfãos
Conto a muita gente uma história que vale o que vale:
– Em tempos, no antigo estádio das Antas, a Bancada dos Cativos tinha a sua entrada virada para o local onde hoje temos a loja do cidadão. Recordo-me de lá passar centenas de vezes e ver uma novidade no topo da cobertura da entrada, junto dos símbolos do clube: 75 anos.
Até aqui nada de novo, certo?
Acontece que uns anos depois, muito antes da minha idade ter chegado ao quarto de século, fiquei a saber que o tal clube dos 75 anos afinal tinha cem. Ainda hoje estou para perceber este tipo de contabilidade.
A ideia de 1893 não resulta de um trabalho historiográfico, resulta de um trabalho de uma série de pessoas que são adeptos do FC Porto e que na minha opinião carece de validade. Existiu de facto um Futebol Clube do Porto em 1893, fundado aparentemente em Setembro. Existem referências nos jornais a esse clube, fundado por António Nicolau de Almeida, e que disputou a Taça do Rei de 1894, contra o Lisbonense.
Será que os aventadores históricos e historiadores não queriam perder uns minutinhos a explicar esta situação?
Congresso Democrático das Alternativas
O meu desafio este Sábado vai ser outro, sem colisões entre águias e dragões. Essas ficam para os doentes da bola, que entra ou bate em postes e travessões. Quem ganhar será campeão, com paraguaios, colombianos, uruguaios, argentinos e brasileiros a manjar o pastelão, de que o ‘Zé Povinho’ abdica para comer sandes de côdea com pão, regada por uma caneca de verde tinto limiano. Que ajudará à euforia dos vencedores ou causará o engano da alegria aos vencidos.
Sem renunciar ao futebol, e aos amigos que o saboreiam, vou, de facto, a outra luta, das muitas que temos a empreender para correr à força com os filhos da puta.
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