Como é sabido desde o Fado do Kilas, cantado pela Lia Gama, “os que ainda andam na mó de cima/têm que saber que a roda não pára/e fatalmente o fim se aproxima/a vida não pára“.
O relógio também não.
Sim, apesar do prometido, o ‘objectivo‘, felizmente, mantém-se.
Alhures, cinco anos e quase um mês depois, verificamos que a promessa de fins-de-semana sem hífenes, afinal, não se cumpriu.
Mais vale pararem: já percebemos que não é aplicado e é escusado insistirem.
Post scriptum: O director do Expresso grafa *dissenção, em vez de ‘dissensão’ (*sissenção é, obviamente, gralha). Acontece a muitos, até aos autores do Acordo Ortográfico de 1990 — lembram-se da *insersão/inserção? É verdade, o “critério fonético” não existe. Recordando aquilo que Searle disse recentemente, a distinção entre ilusão e realidade diz respeito à diferença entre as coisas como conscientemente nos parecem e como efectivamente são.
Lá porque alguns crêem na existência de conceitos como “critério fonético” ou “aplicação do Acordo Ortográfico de 1990”, isso não significa que eles existam.
Yes, it’s just an illusion.
O problema do critério é num haver critério nenhum, nem co 90 nem antes. Nem fonético nem etimológico nem porra nenhuma. Umas vezes é assim porque sim e outras assado porque sim tamém. Ora phoda-se.
(Eu sou liVre de pensar assim, gozo de plena liBerdade pr’achar qu’até nos Bês e Vês andarum a gozar comigo).
E já viu como se chama aquele museu à beira-Tejo?
Da Elecricidade ou da Eletricidade?
Nem eles sabem!…