Perpendiculares e não coincidentes

Fazer o óbvio, em política, nem sempre tem sido a distância mais curta entre as práticas dos governantes e a vida de cada um de nós.linhas

E, para a direita, tal opção geométrica resultou numa equação simples – juntar duas linhas bem distintas: o PSD e o PP – e criar uma nova realidade matemática em que duas linhas se transformaram numa só. No entanto, tal fusão, deixou de fora a social democracia e por isso, há tanto PSD com os pés de fora.

À esquerda, em 41 anos, tivemos duas linhas paralelas que, apesar dos pontos de contacto, teimaram em fazer um caminho paralelo, sem nunca se encontrarem.

Para surpresa da direita conservadora, descobriu-se, há uns dias, que é possível juntar duas ou mais linhas, sem que, obrigatoriamente, se tornem imediatamente coincidentes.

E esta é a chave da questão – manter três linhas em movimento, com contactos nos pontos em que o povo fique a ganhar. Ora, tal objectivo está mais do que alcançado, até porque foi essa a opção eleitoral dos portugueses.

PS, BE e PCP já se entenderam e agora só falta o mais complicado: fazer o óbvio.

Nota: para os Proenças e Assis, a quem a direita dá palco fica uma questão geométrica: a quadratura do círculo. Liguem ao Pacheco Pereira, que ele explica.

 

Comments

  1. Jorge Ralha says:

    Tão clarinho que até dói ; estava aqui a falar sózinho e, pasme-se, até o meu cão entendeu !!! Obrigado Sr. João Paulo; boa noite

  2. Nightwish says:

    Olhe que não, a diferença entre as ideias dos três partidos continuam a ser diferentes, apenas concordam que o ângulo tem que ser muito diferente.

    • Jorge Ralha says:

      …tem razão !!! … mas, ainda bem que são diferentes (!!!) … de ideias iguais “esteve” a assembleia nacional cheia !!!

  3. Luis Gustavo says:

    “Não é para quem quer, é para quem pode”
    http://opaisdoburro.blogspot.no/
    Os mesmos de sempre a ser beneficiados, enquanto aos pobres por uma divida de miseria penhoram-lhe a casa.

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