Confesso. Gosto de estar na frente.
E, como lei de vida, uma frase que me acompanha desde 1904 – é melhor ganhar do que perder.
Mas, há finais e finais. Uma coisa é jogar com o Rio Ave e outra é receber o Copenhaga, que, depois dos derrotados em Madrid será, manifestamente, a equipa mais forte da champions deste ano.
Só que esta final é para ganhar – nas meias-finais o palco está dividido com outras três equipas, que, de tão óbvias teriam entrada directa no discurso contra os mouros ou, num registo mais intelectual, depois da penhora da sanita, nós só queremos o Lopetegui a arder.
Imaginei, há muitas luas atrás, que o Aventar poderia ser muitas coisas, mas parceiro de finais destes três, nunca… Jamais, em tempo algum.
Poupadinho? TeamLewis?
Mas, têm a certeza que é esta a categoria?
Palpita-me que o autor de tais classificações deverá ter ajudado o Antero Henriques a escolher os reforços azuis ou então escreve os discursos do Bruno de Carvalho. Apostaria nesta última.
Bom, basicamente, ninguém entra em campo para perder – excepto os lesados do NES: Nuno Espírito Santo. Por isso, não tenho intenção de largar o primeiro lugar até ao fim da liga, embora a diferença seja feita pelo treinador e, nessa área, temos nada mais, nada menos do que o special one do superior. Sim, meu caro JJC, nem imaginas como adorei voltar a escrever sobre bola no Aventar. É um gosto tão grande puxar por todo o teu mau feitio, por toda a tua azia nas derrotas que te acompanham. É bom ver-te perder e poder adivinhar que depois da última, outras se seguirão.
Portantus pá, puxa aí da tua caneta e mesmo que possas vir a recorrer à assinatura de qualquer um dos incompetentes escribas azuis que por aqui andam, incluindo os das camadas jovens, nem penses em faltar a esta provocação. Os vermelhos, como bem sabes, querem o acordo em todo o lado. Ou em lado algum. São meninos para exigir que, um dia destes, o JJ faça uma conferência de imprensa em português, imagina tu. Sim, com os vermelhos não podemos contar porque de bola, percebem bola – como o Luis Filipe Vieira, aliás.
Em todo o caso, há por aqui gente azul que, devidamente picada era capaz de nos levar ao título, na tal meia final contra os talões do continente e a startup com putos americanos no cabeçalho. Pancada no adversário sempre foi uma marca da tua escrita – lembras-te daquele dia em que os jogadores do Porto correram atrás de um arbitro? Foi neles que me inspirei para escrever este parágrafo.
Mas, verdadeiramente, o que eu queria escrever é que tenho muitas saudades tuas. E, contigo vamos ganhar!
Há certas competições que eu acho preferível nem ir a jogo. Ou então mandar os juniores fazer o trabalho, como o badocha irrevogável de Alvalade disse que ia fazer na Taça da Liga mas depois não fez.