Gozar Portugal a sério

gozo

Primeiro pensei que fosse uma brincadeira da Uma Página Numa Rede Social. Um gráfico destes só podia ser gozo. Depois li o texto até ao fim e descobri que este gráfico não só existia como até figurava no Documento de Estratégia Orçamental do governo PSD/CDS-PP. Entre um delírio destes e a previsão de colocar Portugal entre as 10 economias mais competitivas do mundo, venha o Diabo – ele bem avisou que o gajo ia andar aí – e escolha.

#gozarPortugalaserio

Comments

  1. 108%… até gozam com os próprios seguidores – sim, já nem dá para usar os termos “militantes” ou “partidários” com as PaF’s.

  2. Ricardo Almeida says:

    Fazer previsões a 20 anos com uma linearidade dessas? Só mesmo a direita. Ou o José Gomes Ferreira, que aparentemente é neutro nestas coisas…
    Previsões a este nível fazem-se às 3 da manhã depois de uma noite de copos e de discussão política. Apresentar uma coisa destas num documento oficial? Bem, isso aí é burrice. Que era o que me incomodava particularmente nesta coligação do Inferno. A par com a falta de princípios morais e integridade, o PáF sofria, e ainda sofre, de um sério défice de inteligência (quando temos um governo composto por ex-jotas cuja única formação relevante são as “Universidades” de Verão, pode-se esperar outra coisa?). Este tipo de alarvidades só cimenta esta ideia. Mas vá, vai na volta e a Maya até têm uma cátedra na Escola de Quadros da JP..

  3. Nightwish says:

    Não está muito longe da ideia dos alemães, o prazo é que é mais alargado. Bastam 25 anos de austeridade para reduzir a dívida abaixo dos 60%.
    Para quê? Porque segundo um paper com erros de Excel muitos países já deviam estar falidos, porque sim.

  4. Rui Naldinho says:

    É óbvio que para a maioria das pessoas este gráfico não tem qualquer credibilidade. Não passa de um mero impulso propagandístico sob a afirma de estatística, mas desfasado da realidade.
    Eu até acredito que por vontade de Passos Coelho e Maria Luis Albuquerque essa trajetória fosse o desejável a todo o custo. Repito, a todo o custo!
    A maioria das pessoas passou ao lado do último PEC que o anterior governo levou a Bruxelas. Mas se analisem aquilo com olhos de avozinha desconfiada, sim, que nós não somos economistas, só nas pensões em pagamento o corte seria de 600 milhões de euros em dois ou três anos. Apesar da Oposição criticar o atual governo, eles tinham uma série de impostos indiretos na carteira até 2019.
    Como é que Passos Coelho achava que alcançaria esse desiderato?
    Ele sempre teve uma paixão enorme pelas economias asiáticas que passaram do estado quase feudal para economias “modernas”. Nunca foi capaz de explicar aos portugueses, como é que se alcança esse milagre económico em democracia. Ou, se quiserem, como é mais fácil em ditaduras chegar lá, ainda que nem sempre as coisas corram dessa forma.
    O processo era simples. Basta perceber o que aconteceu nos últimos quatro anos e meio. Neste período houve uma espécie de asiatização das relações de produção, e, até em parte, das próprias atividades comerciais e industriais.
    Com a desregulamentaçao da contratação coletiva, a liberalização dos despedimentos, a eliminação dos feriados, o aumento da carga horária, ficaríamos muito mais próximos dos tempos de trabalho na Ásia. Eles ainda sim estão pior, mas a nossa distância encurtava. Com o tempo, eu admito até que o regime de férias fosse alterado, fazendo-o indexar às faltas, baixas e/ou à produtividade. Os mais novos começariam a trabalhar com regimes de férias de 10 dias úteis por ano e os mais velhos, com mais de 30 anos de trabalho, mas com descontos para a segurança social feitos, esses teriam, sim, os 22 ou 25 dias atuais.
    Nas atividades industriais e comerciais, por exemplo, notou-se nos últimos anos um enorme desinvestimento em recursos humanos na ASAE, bem como outras entidades reguladores e de inspeção. Ora, uma entidade de extrema importância como a ASAE, na fiscalização da higiene e segurança de produtos diversos, sejam alimentares ou não, ficar com o seu quadro de inspetores nos mínimos, só pode ser por vontade de asiatizar as relações industriais e comerciais. Isso até foi das coisas que mais me espantou porque como sabemos as economias informais não pagam quase impostos, e a higiene ou o controle de qualidade é para esquecer.
    Na educação, o Estado transferiu recursos para o setor privado. Qual a razão? Um melhor ensino?
    Tretas! Um melhor ensino para todos, repito para todos, garante-se de outra forma.
    Os professores e funcionários administrativos no ensino privado são mais mal pagos do que os professores do ensino público que estejam vinculados a uma carreira docente. Nos últimos anos as coisas tendem a aproximar-se pelo esmagamento dos vencimentos na função pública, mas não fora isso, essa diferença manter-se-ia. Portanto, o que o governo desejava eram deslocalizações de alunos o ensino básico e secundário para o setor privado, esvaziando as escolas públicas, que então sim, se tornariam mais caras do que as privadas entretanto a abarrotar de gente. Num futuro recente o ensino seria cada vez mais privado e menos público, diminuindo a despesa nessa área.
    Na saúde o caminho trilhado seria mais ao menos igual à educação, neste caso hospitais privados. Com hospitais públicos mais vazios, e com pior qualidade serviço, da médica à humana, haveria concerteza uma diminuição de despesa.
    Passos Coelho tinha um objetivo ideológico. Um país empobrecendo a sua carteira, trabalhando sem direitos, liberalizando ao máximo todos os setores, com excepção de alguns onde a sua casta se protegeria, uma Nação que abdicasse da sua soberania, seria de certeza um país mais atrativo para o capital.
    Na sua óptica, o aumento do investimento estrangeiro seria por essa via potenciador dum fluxo financeiro para o país, com novas fábricas e novas tecnologias, nomeadamente em sectores que outros países não quisessem produzir por questões ambientais, ou, cuja mão de obra aí disponível se tornem muito onerosa.
    Na sua mente, daqui a vinte anos seriamos uma Coreia do Sul, quem sabe, uma Singapura!?
    Só que se sonho de Passos Coelho não passa de um delírio. Um dia acorda e perceberá!
    Para já, o mercado da Coreia do Sul ou de Singapura, tem quase dois mil milhões de potenciais consumidores. Estão ali mesmo ao lado uns dos outros. China, Japão, Taiwan, Filipinas, Hong Kong, Macau, etc, eles competem uns com os outros num plano similar.
    Tomara Portugal ter metade desse mercado. Só metade, já nos chegava para termos taxas de crescimento acima dos 4%.!
    Depois, nesses países a democracia parece ser uma coisa bem diferente daquela a que nos habituamos na Europa. Se não são ditaduras, democracias talvez só mesmo o Japão se possa comparar com o chamado mundo ocidental.
    Ao nível da corrupção, esses países não sendo diferentes de todos os outros, há corruptos em todo o lado, têm no entanto uma cultura de responsabilidade, e de impunidade diferente dos europeus. Ali os corruptos vão mesmo para a cadeia, quando não sujeitos à pena de morte. Na Europa vão para a Comporta!
    Pois! A democracia é uma “merda”, Dr. Passos Coelho!

  5. Rui Naldinho says:

    Deve ler-se:
    “sob a forma de estatística”,
    e
    ” Só que, o sonho de Passos Coelho”.
    Devem faltar para aí mais umas vírgulas, mas vocês percebem!

  6. Anti-pafioso vidente says:

    começam com a droga e nunca mais a largam .

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