Pedro Guimarães
Comboio turístico, destino Bairro da Graça.
Por aqui já perdemos os transportes públicos, a possibilidade de circular mais rápido do que a passo, o direito a usufruir dos miradouros, o acesso ao arrendamento, o direito ao descanso.
Não, não estou a exagerar.
Senão imaginem: miradouro da Sra. do Monte, destino de todas estas motinhas a dois tempos. Estacionamento não há, mas há segunda e terceira filas. Em quarta, quinta e por aí fora, à vontade, uns 15 tuk-tuks. Não sei, não consigo contar.
Outros tantos fazem fila, a circulação é absolutamente impossível. Estamos em Outubro, o Verão já la vai.
Ainda assim, a pressão é tanta que aos turistas não lhe é permitido mais do que três minutos para apreciar a paisagem e ouvir, em altos berros, uma data de barbaridades de inspiração pseudo-histórica. Da expulsão dos mouros infiéis ao grande terramoto de 1755 não distam mais do que 5 segundos de explicações.
Siga, toca a andar.
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