Curriculite, a doença do século XXI

f3bc5-diploma-canudoSala de consultas num hospital público (porque é fundamental defender o Serviço Nacional de Saúde). O doente (utente para ministros e gestores) entra, cumprimenta o médico e senta-se.

 

MÉDICO (semblante antecipadamente compreensivo, porque a maior parte dos pacientes é um cambada de hipocondríacos ou de chatos com problemas de saúde sem gravidade): Ora diga lá qual é o problema?

DOENTE: Sotôr, acho que me anda a nascer uma licenciatura aqui no currículo…

MÉDICO (chega-se à frente, preocupado): Mas o senhor esteve na Universidade?

DOENTE (levemente enojado): Nááá, sotôr, até evito passar lá perto!

MÉDICO: É que, isso, anda aí uma epidemia e é preciso ter cuidado, homem! Mas como é que isso lhe apareceu?

DOENTE: Foi no outro dia, quando um secretário de Estado foi à minha terra inaugurar um pavilhão polidesportivo.

MÉDICO: Pois, isso dos polidesportivos é muito perigoso, estão cheios de correntes de ar. E então?

DOENTE: Então, cumprimentei o secretário de Estado, assim com um passou-bem, e começou a aparecer-me… aquilo… no currículo… [Read more…]

Oficial otimista e contato com a cultura árabe?

The insights Schmidt gained from studying Wes and from a later case study of himself learning Portuguese during a five-month stay in Rio de Janeiro […] led him to formally propose the Noticing Hypothesis in the early 1990s’.

— Lurdes Ortega (2009:63)

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Quando? Hoje, efectivamente. Onde? No sítio do costume, obviamente.

dre30112016

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O CDS-PP e o preço certo em cedências

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Como se os arranjos parlamentares entre forças aliadas fossem algo raro ou exótico, Cecília Meireles indignou-se, durante a manhã de ontem, no Parlamento:

No que toca às propostas do CDS, tivemos várias formas de chumbo, muito criativas, aliás, desde a forma mais frontal dos votos contra, à forma mais fingida da coligação de votos conveniente, até uma nova forma, que é a telefónica, em que as propostas passaram mas depois passados trinta minutos alguém da bancada do Governo ligava para a bancada do PCP ou do Bloco e mudavam-se os sentidos de voto

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Números duros, políticas moles

Santana Castilho*

Há dias, foi tornado público que, durante o ano lectivo de 2015/2016, se registaram 5.051 ocorrências do foro criminal nas escolas portuguesas, isto é, 500 por mês, em média. No ano anterior haviam sido registadas 3.930. Sublinho que não se trata de incidentes disciplinares. Foram ocorrências que caem sob a alçada do Código Penal. Cumulativamente, a PSP teve ainda que intervir em mais 2.001 situações de outro tipo. Estes números são preocupantes e apelam à reflexão.
Aquando de casos mais graves de violência em meio escolar, verifica-se, por parte das autoridades respectivas, uma propensão para dissimular os acontecimentos. Mas se por um lado sabemos que a tendência para iludir o óbvio foi classificada por Freud como a primeira paixão da humanidade, por outro também sabemos que ignorar a realidade nunca nos salva. Aceitemos, então, que a indisciplina é hoje um dos maiores, senão o maior, problema do sistema de ensino e que há uma evidente crise de autoridade na Escola. Quando a estudamos, são esmagadoras duas situações responsáveis: do ponto de vista interno, a falta de coragem para adoptar políticas adequadas à solução dos problemas, materializada pela manutenção de uma lei inadequada, que introduziu no processo disciplinar o método processual penal, com um cortejo de prazos, audições e garantias pedagogicamente desadequadas, tudo permitindo a proliferação de pequenos marginais; do ponto de vista externo, a crescente demissão dos pais para imporem disciplina aos filhos.
A maioria dos pais de filhos indisciplinados não gostaria de ter filhos indisciplinados. Mas não sabe ou não pode discipliná-los. Os restantes são negligentes, que não se interessam pelos filhos e são, eles próprios, quantas vezes, marginais. [Read more…]

Carta aberta a Mário Ferreira

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© Mário Ferreira

Carlos Almendra Barca Dalva

Vamos por partes? Vamos.

Parte um: o Vale do Tua só não está hoje classificado como Património Mundial (como aliás, o Douro Vinhateiro e o vizinho Vale do Côa) por obra e desgraça da barragem de Foz Tua, da EDP e dos muitos autarcas a quem a empresa chinesa tem agraciado com mimos. Uma vergonha, todos sabemos.

Parte dois: no muito pouco que vai restar de uma das mais impressionantes vias férreas da Europa, numa fracção dos seus originais 130 quilómetros vai surgir um projecto de “aproveitamento turístico“. Assumimos que a locomotiva diesel que está a ser construída em Inglaterra seria uma réplica da realidade ferroviária de Portugal ou até mesmo de Espanha ou até mesmo da Europa.
Mas não.
O “comboio” que o Mário Ferreira pretende colocar a circular ao longo de 36 quilómetros é uma “cena” (à falta de outro nome) a imitar o Faroeste americanos, como nos filmes de índios e cowboys, tal e como como nos filmes de Sábado à tarde da nossa infância.
O “comboio”  [foto acima] que o Mário Ferreira pretende colocar a circular numa região de particular beleza natureza é uma cópia do mesmo comboio-zinho que circula em parques temáticos como a Disneyland de Paris. Ora veja.

Parte três: na Europa não há nem nunca houve comboios americanos com o aspecto piroso do brinquedo que o Mário Ferreira tratou já de encomendar em Inglaterra. Ponto final.

Parte quatro: na Europa, a começar por Espanha, há largas dezenas de projectos de “turismo ferroviário”, a funcionar em linhas também com serviço comercial ou em linhas desactivadas e afectas exclusivamente ao turismo.
Sabe disso, com certeza.
Também saberá que, por exemplo, no Chemin de Fer de Provence, França, circula uma locomotiva a vapor que circulou na linha do Tua. Peça original de que Portugal abdicou há anos. O mesmo acontece na Suiça, no Chemin de Fer do Jura. Outra locomotiva ex-Portugal. Aqui mais perto, basta visitar o Museu Vasco do Caminho de Ferro. Outra locomotiva a vapor ex-Portugal. E também uma automotora diesel ex-Portugal.

Parte cinco, e era aqui que queria chegar: não há na Europa um único projecto de turismo ferroviário puxado por um comboio de parque de diversões, tal como o que o Mário Ferreira parece estar apostado em trazer para uma via férrea monumental como é a linha do Tua.
Tenha por isso a garantia, Mário Ferreira, que toda a gente irá, de facto, reparar na nova Disneyland, no seu novo “Mundo de Descobertas“. Com um sorriso nos lábios.

(ou isso ou este é um tremendo golpe publicitário)

Lettres de Paris #32

Les Français sauveront le monde…

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… estava escrito num panfleto metido no para-brisas de um carro estacionado em frente ao Collége de France, quando lá passei a caminho do Ladyss, ontem de manhã. Não ia a reparar em grande coisa, ou melhor, ia a reparar nas coisas do costume quando faço este caminho. Talvez haja já pouco de novo neste caminho em que eu possa reparar ou talvez eu fosse, ontem, pouco disponível para atentar nas coisas. Nas que já vi muitas vezes e nas que via pela primeira vez. Ainda assim, reparei no papel metido entre o para-brisas de um carro que dizia que os franceses salvarão o mundo. Parei e li a curta mensagem e – juro-vos que não é do meu francês – não compreendi muito bem a que se destinava. Hoje, há um bocadinho, já depois de ter ido novamente para o Ladyss e depois de ter jantado e depois de já estar em casa, pesquisei o ‘slogan’ e o autor. As pesquisas rápidas encaminharam-me para um blog, com 3 ou 4 posts apenas, todos no mesmo tom profético. Pesquisei o nome do autor. Parece que é alguém que já é conhecido no Quartier Latin por espalhar panfletos desta natureza. Não se compreende bem o que pretendem, provavelmente nada.

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O debate

Acompanho, geralmente, as sessões da Assembleia da República que deliberam sobre o Orçamento de Estado. Não me lembro, em todos estes anos, de uma participação da direita tão politicamente indigente, tão grosseira e iliterata na linguagem, tão intelectualmente preguiçosa, tão cheia de raiva quanto vazia de ideias.

Dir-se ia que poderiam fazer melhor. A verdade é que, recorrentemente, têm mostrado que não são capazes. Seria de esperar uma direita empenhada na difusão das suas ideias – caso as tenha – no combate político pelos seus programas para o país. Mas tudo o que vemos é gente a escavar cada vez mais fundo a toca de seu próprio ódio. Que não leva a lado nenhum. Mas conforta os que lá cabem. Que, voto meu, serão cada vez menos.

Sem sentido de Estado

Hoje soubemos que a DBRS avisou que poderá baixar o rating da Caixa. E porquê? Porque governo e oposição andam há um mês  brincar com coisas sérias. Em particular, a oposição agarrou este osso, escalando sucessivamente, para fazer o maior estrago possível no governo. E o país? O resultado está à vista. Os meios não justificam os fins. Haja decoro, senhores políticos. Fazer oposição não significa destruir o país.

Será que os bilhetes para jogos do Europeu não foram suficientes?

Governo aprova aumento de 25 milhões no imposto cobrado à Galp pelos contratos de gás natural com a Argélia e Nigeria. Já não há respeito por quem leva parlamentares a ver a bola.

Do Egipto a Lutero, numa conversa sobre a Escola a Tempo Inteiro

O mais novo vai ter teste a história e o Egipto é um dos temas em avaliação. Na dimensão religiosa da temática ele percebeu a importância do estudo “destas coisas porque elas explicam as nossas religiões”. Lá foi caminhando a conversa e o mais velho, “especializado” em Lutero (no ano passado) foi dizendo que a “aposta dos Protestantes na Educação foi importante porque as pessoas tinham que ter acesso livre à palavra de Deus.”

Chega à conversa a aula de Geografia onde a Europa foi apresentada às fatias, a do sul, a do norte. Sugeri a ligação entre as dificuldades do sul, hoje conhecidas, e a dimensão histórica que tínhamos conversado. E a conversa continuou pelo jantar dentro.

E, lembrei-me de partilhar consigo, caro ou cara leitor(a), esta pequena prosa a propósito da notícia de hoje do público :”Empresas obrigadas a dar horário flexível a mães e pais.”

Já o escrevi e mantenho – sou completamente a favor de Educação a tempo inteiro, como resposta à não Educação. Houve um tempo – talvez o meu, em que a rua fazia parte da minha educação. A responsabilidade era partilhada por todos os putos, ali no Meiral, nas ruas de Rio Tinto. Cada um de Nós, além da responsabilidade individual era igualmente responsável por “tomar conta” de todos os outros. E, todos, mais novos e mais velhos, rapazes e raparigas, aprendiam com todos. Claro que havia sempre por perto, muitas mães, que à janela gritavam quando os horários das refeições apertavam. Havia toda uma rua para educar cada uma das crianças. [Read more…]

Uma oposição sem ideias precisa disto

Com que então, António Domingues entregou a declaração de rendimentos no TC. Depois de um mês neste braço de ferro, acabou a fazer o que disse que não faria, revelando a inutilidade de ter querido uma excepção legal para si. Acho bem que tenha saído, pois demonstrou ser um mau gestor, como é todo aquele que é incapaz de avaliar o contexto económico e político em que se move. Agiu infantilmente e agora leva tudo o que ficou a saber para a banca privada, onde, provavelmente, irá trabalhar.

Centeno não esteve bem por ter   cedido a Domingues em exigências que não eram compatíveis com a lei. Mas esteve pior ao não ter demitido a administração que se recusava a obedecer ao accionista. Devia tê-lo feito logo que Marcelo se pronunciou, evitando ao país todo esta encenação degradante e protegendo a Caixa desta prolongada instabilidade.

Pedir a demissão do ministro das finanças por isto não faz sentido. Faria, isso sim, pelos resultados fiscais, se para tal houvesse razões. Como não há, fazê-lo consiste em alinhar na estratégia de guerrilha de Passos Coelho, o qual quer com este caso criar a instabilidade que precisa para se segurar no cargo. Basta, até, ver que já deixou Centeno para trás, tendo agora galgado para pedir a cabeça de Costa. Não ficará por aqui e continuará a escalar. Agora pede esclarecimentos, como se não estivesse tudo claro, para poder dizer que, não os tendo recebido, é uma falta de respeito ao país. Ainda vai acabar a pedir uma comissão de inquérito e a demissão do primeiro-ministro, estando-se nas tintas para o país.

É esta a estratégia do PSD. Uma oposição que não apresenta uma alternativa política, apenas procurando destruir para emergir entre os destroços. Aos que apoiam o governo resta-lhes denunciar o oportunismo político e a ausência de ideias. Lembram-se como, no governo, Passos acusava repetidamente a oposição de não ter ideias? Ora aqui temos uma oposição sem ideias, basta encontrar o discurso.

Tudo boa gente – II

Continua o regabofe à custa do contribuinte, um festim para tubarões e patos-bravos, onde não faltarão robalos, sardinha e carne assada.

O diabo subiu à Terra sob a forma de sondagem

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O diabo subiu à Terra sob a forma de sondagem. O temor, o sobressalto, o resgate e as sanções, o apocalipse bíblico a pender sobre os 10 milhões de reféns da Geringonça, essa monstruosa máquina soviética de PRECização, e o povo, perdão, a amostra, cuidadosamente seleccionada pela imprensa controlada por um comité qualquer, revela resultados desastrosos, obviamente manipulados, para Pedro Passos Coelho. O estudo, demoníaco, é particularmente cruel, visto de ter sido elaborado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica, que como toda a gente sabe, é um importante centro ideológico da extrema-esquerda.  [Read more…]

Vê lá no que te metes, ó Academia!

Fernando Venâncio*

15181454_1110833538965737_7678927185731268401_nA Academia das Ciências de Lisboa (ACL) quer dar um arranjo no «Acordo Ortográfico de 1990». A ideia data, pelo menos, dum artigo que Ana Salgado publicou na Revista LER, há-de haver uns cinco anos. Apreciei, na altura, o destemor de alguém que trabalhava, note-se, na acordadíssima Porto Editora.

Hoje, Ana Salgado dá a cara pela ACL e, com o explícito apoio do presidente da douta instituição, Artur Anselmo, prepara-se para oficializar o aludido arranjo.

«Quanto às consoantes que não se pronunciam a ACL vai defender que elas só caiam nos casos em que há uma grafia única em Portugal e no Brasil (como na palavra ‘ação’). No entanto, em casos como a palavra ‘recepção’ “a nossa leitura” (da ACL) é que a escrita com o ‘p’ é “legítima no espaço lusófono”. Na palavra ‘óptica’, a ACL defende também o uso do ‘p’». [Read more…]

Tudo boa gente…

PS, PCP e PSD, sempre vivendo à custa do contribuinte…

Uma garrafinha de soro para a direita comatosa

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Hoje é um belo dia para quem, como eu, não está interessado em pagar salários obscenos a gestores públicos que não querem cumprir com as suas obrigações legais. É também um belo dia, talvez mais belo ainda, dada a travessia do deserto que caracterizou o último ano, para os partidos de direita com assento parlamentar e para as redacções, cronistas, blogues e snipers facebookianos ao seu serviço, que, durante semanas, fizeram das tripas coração para que a administração da CGD caísse, doesse a quem doesse. [Read more…]

Centeno ainda é ministro? – II

A confirmar-se a entrega da declaração de rendimentos e património por parte de António Domingues, isto após o anúncio da sua demissão, é uma bofetada a toda a classe política, mas principalmente um K.O. político ao ministro das finanças e sua equipa, atingindo o próprio Primeiro-Ministro que não sai nada bem na fotografia. Com este gesto António Domingues demonstra que afinal nada tinha a esconder, mas ao contrário das enguias que nos (des)governam, possui coluna vertebral e honra a palavra.

Centeno ainda é ministro?

Ou Mário Centeno se demite em resultado da trapalhada da CGD, ou terá de ser demitido…

CGD – Oportunidade de emprego

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Boas notícias para a direita, que galopou este caso, e para o(s) futuro(s)  administrador(es) a nomear. Enviar CV para emprego@portugal.gov.pt.

(via Filipe Caetano)

Quando o rigor está ausente das redacções portuguesas

expresso

acabam por ser os leitores a pôr ordem na casa.

Cuba

Fidel Castro foi um ditador, isso é inquestionável, não vou entrar na discussão se foi dos piores facínoras ou um pouco mais suave. Não existem ditaduras boas, uma bala metida na nuca de alguém por um esbirro de Fidel Castro ou de Pinochet, produziu seguramente o mesmo resultado, tirando a vida a alguém que pensava de forma diferente, mas também não festejo a morte seja de quem for, prefiro os ditadores apeados do poder em vida, se possível julgados pelos seus crimes, nada mais a dizer.
Visitei 2 vezes a ilha em 1997 e 2005, gosto de Cuba, aprecio a maneira de ser do povo cubano, os ritmos musicais, a salsa e rumba bem dançados por mulheres lindas, adoro a cor do mar azul-turquesa, as águas cálidas, bom clima, excelente peixe e marisco, beber água de coco na praia ou piscina durante o dia, à noite o mojito ou “cuba libre” são indispensáveis, na minha 1ª visita ainda desfrutei os “puros”, na 2ª havia um ano e meio que tinha deixado de fumar, o que mantenho até hoje, mas nunca estive tão perto da recaída como na noite em que me ofereceram um no Tropicana. Cuba oferece ainda paisagens naturais de excelência, verdadeiros quadros ao alcance de quem não se fica por um resort de Varadero ou hotel em Havana. Acresce ainda o país ser um verdadeiro museu automóvel e apesar da degradação das casas, manter um aspecto pitoresco nas cidades, vale a pena além da visita obrigatória ao centro de Havana, passar por Santiago ou Trinidad. [Read more…]

Da corrupção autárquica

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Disse um dia destes um amigo, a propósito do recente acto de contrição do Correio da Manhã sobre alegações feitas a respeito de Luís Filipe Menezes, que, se pensarmos bem, é muito difícil encontrar um presidente de câmara que tenha necessidade de se deixar corromper. Seja pelo salário elevado, principalmente quando comparado à média nacional, a que acrescem ajudas de custo para tudo e mais alguma coisa, do combustível que a viatura oficial da autarquia consome (e quem diz combustível diz seguro, manutenção ou arranjos) às telecomunicações, seja pelo almoço grátis (sim, eles existem), pelo jantar grátis, pelas inúmeras prendas que, aqui e ali, lhe vão sendo oferecidas, e que podem ir de um simples par de chouriças a um Rolex novinho em folha, seja pelos cargos acumulados em empresas ou outras estruturas municipais e regionais, que longe dos tempos áureos que antecederam a lei das incompatibilidades, continuam a ser bastante generosas, seja pelo poder semidivino de decidir sobre cargos com remunerações igualmente elevadas.  [Read more…]

Fidel Castro

Sotero


Minha primeira viagem ao exterior (para fora do Brasil) foi a Cuba em 2009. Voltei depois em 2013. Tive a sorte de conhecer um pouco da ilha enquanto Fidel era vivo. Foi uma viagem marcante da qual nunca esquecerei tudo que eu vi e vivi em Cuba. Li bastante antes de viajar até lá. Quando cheguei a Havana Vieja me surpreendi com os contrastes imponentes e ruínas. As aparências enganam. Por trás daqueles prédios decadentes há um povo culto, hospitaleiro e sobrevivente. A ausência de propagandas comerciais a não ser as frases e imagens do Chê ou Fidel estavam em todo canto que eu ia.
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Y en eso llegó Fidel

A rebaldaria em Gondomar e a cumplicidade do Presidente da Câmara

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A besta proprietária deste carro mudou-se há pouco tempo para a rua e já encontrou o seu lugar privativo. Todos os dias, ao fim da tarde, chega a casa, estaciona no mesmo sítio de sempre e vai descansar. Se for 6ª Feira, só volta a pegar no carro na 2ª de manhã. Não interessa se há lugares uns metros mais à frente ou atrás – e muitas vezes há. Ali está melhor, porque fica à porta de casa.
E é ver os muitos jovens que vivem por aqui, numa rua muito movimentada, a terem de ir pelo meio da rua para atravessar. No dia em que forem atropelados, fora da passadeira, a culpa nunca será da besta que a ocupa, mas sim de quem atropelou.
Estou perfeitamente à vontade para falar do Marco Martins, Presidente da Câmara de Gondomar. Tinha 14 anos quando o conheci, na Escola Secundária onde cheguei a dar-lhe algumas aulas. Moí-lhe o juízo durante 2 anos, já ele era Presidente da Junta, para instalar uns pilaretes na minha rua que impedissem os condutores de estacionar em cima do passeio. Votei nele nas Autárquicas de 2013. Nele. Por ser ele. Não por ser do PS.
Mas ao fim de 3 anos, o que vejo, com desilusão, é uma mão-cheia de nada no que toca aos direitos dos cidadãos e em particular dos peões – aqueles que, na selva do trânsito, mais precisam de ser defendidos. E não me venham com a pesada herança do Major – é verdade que foi pesada, mas para isto a desculpa não cola.
Pintar passadeiras. Instalar sinalização. Criar baías através do estreitamento dos passeios nas zonas de atravessamento de peões. Reforçar a acção da Polícia Municipal nessas áreas. Pedir a intervenção da PSP e da GNR. Pilaretes. Sinais luminosos. Sensores. Bloqueadores. Quantos milhões eram necessários, Marco? [Read more…]

Chamemos a isto jornalismo de qualidade!

Rui Naldinho

Para o fotógrafo, “uma imagem vale mais do que mil palavras”. Se isso é inteiramente verdade para Yann Arthus-Bertrand, como documentarista acrescentou-lhe a voz humana e os sons da natureza, para que tivéssemos uma percepção mais verdadeira da Humanidade.

Foi esse o contrato que o fotógrafo, jornalista e ambientalista francês fez com o espectador, ao produzir uma série  documental que foi estreada em 2015 na ONU, com o titulo “Humano”. Os representantes dos diversos países com assento nas Nações Unidas puderam vê-lo em estreia, numa versão para cinema, conforme desejo do autor.

Yann Arthus-Bertrand

Yann Arthus-Bertrand

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Fidel, o alentejano

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Jornalismo cinco estrelas e três quartos. A TVI com o directo dos pobres, os que não têm dinheiro para o avião.

António Barreto e os aspectos

Segundo Barreto, aspetos novos. Efectivamente, os aspetos são novos, exclusivosdesnecessários — além de maus e preocupantes.

Que grande lata, Maria Luís

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Igualmente mau e insultuoso é acusar António Costa de despejar milhões do BES, caso estivesse no lugar de Passos quando o banco se desmoronou. Não que eu duvide que Costa fosse capaz, algo que já não podemos comprovar na prática, mas a simples especulação, vinda de alguém que afirmou aos portugueses, com a mesma convicção que o seu governo nos garantia que receberíamos a devolução de 35% da sobretaxa no final de 2015, que a intervenção do governo que integrou no BES não custaria um cêntimo aos contribuintes, depois dos milhões que lá enterrou, requer uma lata tremenda. Quando é para fazer estas figuras, não dará para escolher um porta-voz mais credível?

Foto@Dinheiro Vivo

Fidel

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1926 – 2016