A ameaça fascista, que se ergue em vários pontos da Europa, tem a sua expressão maior na presidenciável Marine Le Pen. Trump é fixe, Putin gosta dela e os Wilders, Orbáns e Coelhos (os Pintos, não os Passos) desta vida têm todos um poster da aspirante a ditadora na parede do quarto, mesmo ao lado da tarja com suástica e a frase O trabalho liberta. Será que a França consegue a proeza de a eleger? Depois do que aconteceu nos Estados Unidos, não seria de admirar. É bom que os tipos lá do sítio que se dizem democratas façam um bom cordão sanitário à volta desta frau.
E se já sabíamos ao que vem a senhora, as declarações citadas pelo Expresso não deixam margem para dúvidas: se Marine ganhar, a União Europeia “vai morrer”. Não é que ela esteja muito viva, com um Brexit ali, um euro disfuncional acolá, uns Schaubles fanáticos a apontar o dedo a Portugal enquanto o Deutsche Bank se incendeia lentamente, e uma série de lunáticos a dizer parvoíces xenófobas, como aquele pseudo-social-democrata de nome impronunciável e currículo manhoso, que foi pasokizado na semana passada. Mas vai morrer, segundo Le Pen, porque “as pessoas já não a querem”. Serão elas quem a matará por referendo. O que vale é que a tipa diz que se demite se o escrutínio não lhe correr bem. Haja esperança, se o cordão sanitário falhar.
…Mas vai morrer segundo Le Pen, porque “as pessoas já não a querem”. Serão elas quem a matará por referendo. O que vale é que a tipa diz que se demite se o escrutínio não lhe correr bem. Haja esperança, se o cordão sanitário falhar.
Ó João, esclareça-me:
Ele demite-se se perder as eleições presidenciais, ou se perder o referendo?
Pelo seu texto, fica-me a ideia de que ela se demitiria, se o tal referendo não corresse segundo os seus desejos, O qual não deixa de ser um escrutínio, para todos os efeitos.
É que se assim for, acha que ela correrá o risco de perder esse referendo?
A convocá-lo, ela só o fará depois de fazer a vida negra ao que ainda resta da União Europeia, mandando desde logo o tratado orçamental às malvas. E muito depois do Brexit estar consumado. Ainda faltam largos meses até que os anglo saxónicos saiam definitivamente da União.
Ou seja, levaríamos anos até termos esse previsível desfecho consumado. Penso que antes disso, já os alemães se tinham posto fora!
“As pessoas já não a querem”. Há pessoas como ela que nunca a quiseram, ou queriam outra, como a da cruz gamada. E depois há as pessoas que não querem aquilo em que ela se transformou, o que é muito diferente.
O que nós verificamos é que as “pessoas que nunca a quiseram” e “as pessoas que a transformaram no que ela é hoje” são em boa parte as mesmas. E pelo contrário, como fica claro ainda hoje no Guardian, muitas das pessoas que mais vão sofrer com o Brexit são as que votaram por ele.
Ou seja devemos é expulsar os vendilhões do templo, não só a Le Pen, mas todos os especuladores, e sonegadores de impostos, e seus representantes, políticos, lobistas e escritório de advocacia, que são contra a Europa ou qualquer outra entidade que defenda os interesses da maioria, ou que são a favor da Europa que lhes permite roubar uns e outros como o sonegador Pingo Doce, ou o Juncker luxemburguês.
Construir uma Europa dos cidadãos e não uma Europa dos Parasitas, entre os quais consta essa Senhora e muitos outros cabritinhos que andam por aí a dizer que defendem a Europa como Sr Durão Barroso, que depois de mamar tudo o que podia de um lado, foi mamar na Goldman Sachs do Trump, maiores inimigos de qualquer futuro decente para a Europa; como o Sr Draghi, e muitos outros. Ao invés de se dividirem em nações indefesas, os europeus têm é de se unir contra essa escória..