
Fotografia Fecebook/Gate 7
Devido à intervenção da Igreja, o cortejo do Carnaval de Torres Vedras vai ficar privado da imagem de Nossa Senhora da Bola, criação satírica de Bruno Melo. Ou seja, quem se mete com a Igreja continua a levar.
O ser humano será, segundo dizem, o único animal que ri. Não chego a perceber se a Igreja se dá mal com o humano, com o animal ou com o riso, mas fico com a impressão de que lida mal com esta trindade, em nome da outra.
As instituições, de uma maneira geral, dão-se mal com o riso, com a ridicularização. O Carnaval é uma prova disso mesmo, porque é uma falsa tolerância, um escape controlado, um alívio anual da pressão, tal como um professor pode dizer a uma turma para rir ou falar durante cinco minutos.
A Igreja tem vindo a perder poder sobre a sociedade civil, sempre contra a sua vontade. Só a contragosto, e de modo muito mal disfarçado, é que aceita que os estados sejam laicos, porque, no fundo, sonha com o controlo total. É um projecto de poder que se esconde por puro pragmatismo.
Sempre que pode, a Igreja continua a dar provas da sua pequenez, especialmente quando alguém resolve rir-se de Deus ou dos santos. Ao censurarem a sátira, estão a inferiorizá-los, como se fossem seres demasiado frágeis para que se possa brincar. Na realidade, Deus e os santos são do tamanho de quem os adora: o homem é um animal tribal e não aceita que se brinque com os símbolos da sua tribo, o que mostra que, na religião, na política e no desporto, não somos mais do que macacos engravatados. Ou de sotaina.
Pois é!
É que os votantes católicos devem ser bastantes lá na autarquia.
E nestas parcerias laico-católicas é mais avisado agradar a gregos e a troianos, não vá o diabo tecê-las…
Uma mistura de tacanhez intelectual e idiota beatice.
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A igreja tinha tanto a ganhar se utilizasse neoblanc… e deixasse a água benta
Pessoalmente não estou nada de acordo que se brinque com valores de carácter religioso com os quais embora tenhamos o direito de não aceitar não devemos achincalhar quanto mais não seja por respeito para com os outros. O autor desta brilhante ideia lá conseguiu os seus 5 minutos de fama.
Com que valores se pode, então, brincar? E pode-se brincar?
Com as criancinhas, mas só de batina.
Os “valores de caracter religiosos” que impedem que não se deve brincar com isto devem ser os mesmos que deviam impedir os abusos sexuis praticados por padres.
Neste post fala-se da Igreja, mas ao que parece tratou-se de uma intervenção somente do padre da paróquia de Torres.
Não se deve confundir a Igreja com um padre.
A Igreja em geral não será tão tacanha e intolerante como alguns dos seus membros.
Está pulsão censória é regra nas instituições e a Igreja não é excepção. Diria mesmo que a censura lhe está na massa do sangue. No texto, até fui mais longe e declarei, de modo não completamente explícito, que a censura é intrinsecamente humana, porque tentamos, de uma maneira geral, calar quem brinca com os nossos valores.
Este blog faz censura prévia?
Já são diversas comentários meus que não são publicados.
Faz pois! E uma prova disso é que este meu comentário não vai ser publicado! É para não se saber.
Este blogue nem sequer tem moderação de comentários.
Muito mau sinal!
Demonstração da falta de inteligência de quem tem de recorrer à censura.
De qualquer forma, e já que era uma critica á futebolização da sociedade, era giro ter uma Nossa Senhora vs um Alá! Entre censurar ou um atentado? Eu sei de que lado estou.
Eu cá preferia o Bolsonaro, vestido de gladiador, com um escudo com o Coronel Ustra estampado e uma lança a lutar com dois leões ao mesmo tempo no Campo Pequeno. Circo por circo, este seria muito mais divertido!.
é a Bida, se até o sistema informático das finanças está sobre a influência do Espírito Santo!
Toda a nova idiotice é inovação criativa…!
Ó menor, explique lá isso, que estou sem submarinos!
Colossal, JgMenos! Que comentário inovador!
Talvez não tenham gostado que se gozasse com a moderna religião nacional!…