A direita açoriana e a normalização de Carlos César


Tanta merda para acabar com o nepotismo e o controle absoluto do PS sobre as estruturas da administração pública nos Açores, e, em apenas três meses, o novo regime PSD/CDS/PPM, com acordos parlamentares firmados com a IL e o CH, têm mais nomeados que o anterior regime socialista, que fizeram a factura para manter toda aquela gente subir dois milhões de euros. E muitos familiares à mistura, provando que o efeito Carlos César é transversal aos caciques do PSD, do CDS e do PPM, que é pequeno mas tem os mesmos vícios dos grandes. Perante este agravamento da tacharia e do nepotismo no arquipélago, é de esperar que IL e CH rompam imediatamente com o acordo firmado com a nova maioria, que a IL encha as rotundas dos Açores com outdoors #comPrimos e que o CH faça o mesmo, denunciando esta vergonha, com as suas artimanhas populistas. E muitos parabéns à direita dos puros e castos que combatem o socialismo, por nos mostrarem que conseguem ser iguais ou piores que os seus antecessores. Depois de normalizarem a extrema-direita, conseguem agora o feito inédito de normalizar o Carlos César. Parabéns!

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Nada disto me choca. Tudo isto me entristece.
    Este é o verdadeiro Portugal que temos, para além da guerra mediática, entre PSD/CDS contra o PS, com especial incidência nas redes sociais, do estilo: “o meu corrupto é menos corrupto do que o teu”.
    Eu, como muito boa gente que interage neste fórum, incluindo o autor do post, têm denunciado amiúde este tipo de comportamentos, sem excepção.
    Como somos livres e não temos negócios debaixo da manga, o que acontece com muitos opinadores da treta que me aparecem nas televisões, dizemos o que nos vai na alma.
    Portugal é um país pequeno, com uma economia débil. Um atraso cultural e intelectual secular. Acresce ser periférico, o que só agrava o panorama.
    Desse facto derivam poucas oportunidades de negócio e emprego com qualidade, tanto na natureza do trabalho como na remuneração do mesmo. O Estado, mal ou bem, continua a ser o único empregador que ainda dá algumas garantias de cumprir direitos.
    Quanto aos negócios e à produção industrial, somos por norma subempreiteiros de terceiros, quase todos eles estrangeiros. A nossa elite empresarial gosta de investir e arriscar pouco, criando marcas próprias, internacionalizadas, seja em que negócio for, aproveitando a nossa capacidade científica instalada; nunca foi tão boa como hoje; mesmo com salários baixos no tecido produtivo. Gostam sim de negócios com renda fixa, pré negociada com o Estado. É aí que entram os correligionários, amigos e compadres. Foi e é assim na saúde, nas telecomunicações, nas auto-estradas, nos aeroportos, na energia, etc, …
    Bom, se este retrato mais ou menos fiel é o Portugal Continental que temos, pior será na Madeira e nos Açores, locais mais pequenos e com limitações ainda maiores.
    Vivi nos Açores durante dois anos. Era na altura Mota Amaral Presidente do Governo Regional dos Açores. Já nessa altura havia alguma traficância familiar. Mas apesar de tudo havia algum decoro. Não sei se pelo facto do João Bosco ser celibatário, sem descendência familiar, beato dos quatro costados, facto é que o senhor não tinha tradição dar empregos por tudo e por nada, tudo o que era família e parentesco, no governo.
    Como diz o Jerónimo:
    “PS e PSD são duas faces da mesma moeda”

    Se há algo com a qual eu concordo, é esta afirmação do velho dirigente comunista.

  2. Filipe Bastos says:

    Muito bem. Aqui temos a prova, a 9355ª prova em +40 anos de partidocracia, de que é tudo a mesma merda.

    Ah e tal, conversa de taxista. Populismo. Demagogia. Acordem, otários: é tudo a mesma merda, andam todos ao mesmo. Seja um taxista ou um astronauta a constatá-lo.

    Uns são mais trafulhas, outros menos. Uns chulam mais no público, outros no privado. Uns são apanhados logo, outros depois, outros nunca. Mas andam todos ao mesmo: tacho, poleiro e mama. Porque é Tudo. A. Mesma. Merda.

    Populismo? Será a nova forma de dizer ‘popular’? Demagogia? Tal como andar quarenta e tal anos a prometer as mesmas tretas, e a incumpri-las todas mal chegam ao poleiro?

    Acordem: termos como ‘populismo’ são hoje usados para calar o que não lhes interessa; tudo que se diga contra a classe política é logo etiquetado como louco ou fascista. E não, não tem nada a ver com a trampa do Chega. O Chega é mais do mesmo.

    Enquanto não malharmos nesta canalha e não tivermos uma democracia digna do nome, não uma partidocracia em que delegamos tudo na canalha, nada vai mudar. Esta canalha tem de ter medo. Medo de ir presa. Medo de apanhar. Medo.

    • ANTONIO CARDOSO says:

      Concordo plenamente com o seu comentaro: e tudo farinha do mesmo saco. Enquanto o povo (no nosso caso pouco ou nada esclarecido) continuar a eleger sempre os mesmos, nada vai mudar.

    • POIS! says:

      Pois sim!

      Tendo em conta a coerência que o carateriza, presumo que, em breve, V. Exa. passará á ação, fundando uma espécie de FP27 ponto qualquercoisa.

      Tornando-se assim uma espécie de terroristazinho portátil.


      • Será mais terroristazinho postátil, confortavelmente no sofá a mandar bitaites para as caixas de comentários e para o facecoiso.

        • POIS! says:

          Pois então estamos de acordo.

          Aliás, V. Exa. está mesmo fora do contexto.

          • POIS! says:

            Ou, melhor lendo, não sei se está. Não fica bem claro a quem se dirige.

  3. Tal & Qual says:

    Esta canalha tem de ter medo. Medo de ir presa. Medo de apanhar. Medo.

    O problema é que esta canalha não tem medo!
    E não tem medo porquê ?
    Responda quem souber !

  4. Júlio Rolo Santos says:

    Esta canalha não tem medo porque são sempre os mesmos a votarem neles, os malhadicos do costume e, os que não votam e são a maioria, marimbam-se para o assunto. Em Democracia manda quem for mais votado independentemente do número de votos caidos nas urnas desde que tenha maioria absoluta ou maioria relativa dos votos expressos, neste caso, desde que arranje moletas para se aguentarem numa legislatura. Há um bom remédio para acabar com esta bagunça, não deixemos o nosso destino nas mãos de uma minoria. Não banalizemos o voto e vão ver que a situação vai mudar.