João Galamba e Marques Mendes: a mesma luta

No tempo do socialista Cavaco Silva, “xuxas” como Luís Marques Mendes, Dias Loureiro, Arlindo Cunha e Fernando Nogueira, entre muitos outros, conseguiram bons empregos para as suas esposas nos ministérios dos seus camaradas.

O que mudou de lá para cá?

Nada.

E continuará a não mudar. Porque a nossa classe política, a que realmente governa e manda, não é mais que o reflexo daquilo que somos como povo. E dos subterfúgios que sempre encontramos quando a bola do esquema, da trafulhice ou da corrupção é conduzida por jogadores da nossa equipa.

Saímos das colónias, mas nunca saímos do terceiro mundo. Nem do universo salazarista do medo e da apatia.

Tachos familiares no CH: o caso de Rita Matias

Durante a campanha, e antes dela, Ventura e o seu partido afirmaram, várias vezes, que se opunham e queriam acabar com os laços familiares no Parlamento. Fizeram disso uma bandeira. Talvez por isso, imagino eu, é que Rita Matias, a única mulher eleita pelo CH para a AR, é filha de Manuel Matias, assessor de Ventura na AR e antigo líder de um micropartido que o CH engoliu. E se dúvidas restarem, puxem a box atrás e vão ver o debate da jovem com a Joana Amaral Dias, na CNN, para perceberem a mediocridade. Parafraseando o saudoso Chicão, um esquadrão de cavalaria à desfilada naquela cabeça não esbarra numa ideia. Sim, é um tacho. E sim, a narrativa do CH é uma fraude. Mas cada um come os gelados que quer com a testa. Por enquanto, ainda somos um país livre.

Deixem os funcionários públicos em paz

Não compreendo aquela malta que às Segundas, Quartas e Sextas quer mais polícias nas ruas, médicos e enfermeiros nos hospitais e técnicos nos vários sectores da administração pública, e às Terças, Quintas e Sábados rasga às vestes porque existem funcionários públicos a mais. Já é tempo de alguém lhes explicar que não é possível querer tudo e o seu contrário. Os países europeus que ocupam o topo de todos os rankings que interessam têm mais funcionários públicos que Portugal. Muitos mais. Aliás, a esmagadora maioria dos Estados-membros da UE têm mais funcionários públicos que Portugal. O problema não são os funcionários públicos. O problema é critério que privilegia as clientelas partidárias de quem manda, a quem os caciques pagam lealdade e favores com tachos.

Futebol, o verdadeiro dono disto tudo: o caso Pedro Adão e Silva

Futebol. Um conjunto de instituições de exagerado poder, com tentáculos na política local e nacional, há décadas a viver acima das suas possibilidades e em situação permanente de falência técnica, em particular as suas elites, a quem tudo é permitido, seja corrupção, sejam fraudes fiscais, sejam os mais variados abusos de poder, seja o que for. Vale tudo e está tudo bem.

Até no interior do Parlamento se faz o poder futebolístico representar, através dos poucos fóruns onde o unanimismo reina, que são as associações de deputados-adeptos dos principais clubes, onde podemos encontrar um deputado do CDS a brindar com outro do PCP, e que, não raras vezes, até recebem os seus presidentes e outros dirigentes para almoçar ou jantar.

[Read more…]

Pod ser ou nem por isso – A cultura do tacho em Portugal

Conversa entre João Mendes e Francisco Salvador Figueiredo.

Moderação (ou nem por isso) de Francisco Miguel Valada.

Pod ser ou nem por isso
Pod ser ou nem por isso
Pod ser ou nem por isso – A cultura do tacho em Portugal







/

A direita açoriana e a normalização de Carlos César


Tanta merda para acabar com o nepotismo e o controle absoluto do PS sobre as estruturas da administração pública nos Açores, e, em apenas três meses, o novo regime PSD/CDS/PPM, com acordos parlamentares firmados com a IL e o CH, têm mais nomeados que o anterior regime socialista, que fizeram a factura para manter toda aquela gente subir dois milhões de euros. E muitos familiares à mistura, provando que o efeito Carlos César é transversal aos caciques do PSD, do CDS e do PPM, que é pequeno mas tem os mesmos vícios dos grandes. Perante este agravamento da tacharia e do nepotismo no arquipélago, é de esperar que IL e CH rompam imediatamente com o acordo firmado com a nova maioria, que a IL encha as rotundas dos Açores com outdoors #comPrimos e que o CH faça o mesmo, denunciando esta vergonha, com as suas artimanhas populistas. E muitos parabéns à direita dos puros e castos que combatem o socialismo, por nos mostrarem que conseguem ser iguais ou piores que os seus antecessores. Depois de normalizarem a extrema-direita, conseguem agora o feito inédito de normalizar o Carlos César. Parabéns!

Margaret Thatcher e Eduardo Catroga

O tacho do camarada Catroga dura até acabar o dinheiro do Partido Comunista Chinês. O que felizmente para ele nunca irá acontecer.

Agência Bofetada

Se João Soares for mesmo para a administração da Lusa, estarão os jornalistas a salvo? Ou sujeitos a levar umas bofetadas caso perturbem a existência do filho varão do eterno monarca socialista? Costa bem que podia ter arranjado um tacho mais condizente com o personagem. Deixá-lo entre jornalistas poderá revelar-se uma péssima ideia.

A história do tacho da esposa do autarca que tirou o tacho ao marido da autora da história

gaia

Não me vou alongar sobre os detalhes de mais um episódio siciliano a sul do Douro. O Bruno já aqui expôs o compadrio (lixos jornalísticos à parte, não façam de nós parvos) e o João Paulo acrescentou algumas informações sobre o jornalismo de sarjeta que impera no rectângulo e sobre a habitual manipulação da opinião pública que se faz sentir nesta fase de pré-pré-pré-pré-campanha. Sim, João, já começa a valer tudo.

Contudo, e porque sou um grande fã da cosa nostra gaiense, quero aproveitar a deixa para dar os meus cinco tostões para o peditório. Curtinho e grosso. Cá vai: a jornalista que faz manchete na capa do Público de há dois dias é ex-mulher de Rogério Gomes, que tinha um belo tacho de administrador na empresa municipal Águas de Gaia, que lhe havia sido dado por Luís Filipe Menezes, apesar da falta de qualificações para o cargo. Quantas vezes escreveu Margarida Gomes sobre o assunto? Zero, claro. [Read more…]

Mais um amigo contemplado por Pedro Tachos Coelho

passos-coelho-vendedor-de-tachos

No final de 2011, Paulo Portas apresentava no hemiciclo o orçamento do seu ministério – o golpe irrevogável ainda não tinha acontecido e Portas era “apenas” o Ministro dos Negócios Estrangeiros – e anunciava aos parlamentares que, para conter a despesa e a “situação de emergência” em que o país vivia (que apesar da propaganda continua a viver), seria necessário fechar algumas representações. Uma dessas representações era a embaixada de Portugal na UNESCO (Paris), cujas responsabilidades passariam a ser assumidas pelo embaixador português em Paris. Uma medida coerente, que permitia assim uma poupança sem que o qualidade do serviço fosse, entendia o governo, afectada.

[Read more…]

A girl sem experiência bancária que Portas enfiou no Banco de Fomento

O quanto não vale ser militante praticante e, melhor ainda, esposa do homem que elaborou a reforma fiscal tão elogiada por Portas.

Farto de filhos de chernes que sabem nadar

Tacho Laranja

Quando estudava na universidade e ainda cultivava algumas utopias, sonhava vir um dia seria embaixador. Ou qualquer coisa numa embaixada. Um sonho como outro qualquer e, convenhamos, bem mais realista que ser astronauta, chef no Noma ou Jorge Mendes. Porém, sempre que abriam concursos para recém-licenciados estagiarem em embaixadas, uma curiosa coincidência estava presente na esmagadora maioria dos perfis dos felizes contemplados: o seu apelido coincidia com o apelido do embaixador, ou do cônsul ou de outro qualquer alto funcionário da embaixada. Como o meu pai era agente da BT e a minha mãe assistente técnica dos Serviços Administrativos no liceu cá da terra, rapidamente percebi que o meu apelido não era elegível para tão distinto – e bem remunerado – cargo.

[Read more…]

O problema da factura salarial

Passos Coelho tem um problema com a factura salarial. Não há dinheiro e é preciso reduzir a despesa do Estado, congelar progressões de carreira e “flexibilizar” as leis laborais. Há funcionários públicos e professores a mais. Há reformados a mais, cortem-lhes as reformas! Temos que cumprir com as nossas obrigações e pagar a nossa dívida!!!

Claro que depois temos aquelas “excepções“…

Tacho Laranja

 

Zandinga post: Há greves marcadas

Devem estar a pintar posts contra as greves, os grevistas, os sindicatos e os sindicalistas. Era mesmo só isto – foi o momento Zandiga no Aventar.

Oferta de Emprego para a Vera Pereira

Confesso que pensava já ter visto tudo, mas há sempre uma surpresa a caminho.

Então o IEFP divulga uma oferta de emprego com o nome do destinatário?

E, para melhorar a situação o IEFP comenta que foi um:

“lapso registado no procedimento” mas afirma que “a situação identificada é perfeitamente normal”

Eu, tal como a notícia de serviço público da RTP, apetece-me perguntar como é que um candidato faz para poder mudar de nome?

Comecem por visitar uma Conservatória e mudar, então, o nome para Vera Pereira. Têm é que andar depressa para ir a tempo de apanhar a oferta…

Nota (23h): parece que a coisa não é, afinal, o que parece. O diz que disse e o explica sem explicar vai já em várias versões… Até próxima informação fica a informação disponível no Jornal Público.

A "função pública do tacho"

o tacho

Em dia de greve geral, há função pública na rua. Mas qual?

[Read more…]

%d bloggers like this: