Queria aqui propor um soleníssimo minuto de silêncio, em memória da credibilidade daquela malta que está em ebulição desde ontem, motivada, com razão, com o desfecho da decisão instrutória da Operação Marquês, mas que apoia, que defende, que normaliza e que pactua com autarcas corruptos e com a corrupção instalada no poder autárquico, de norte a sul do país, ou porque “são todos iguais”, ou porque o filho tem um tacho na câmara, ou porque a mãe fez um ajuste directo com a junta, ou pelo raio que os parta. 52% das denúncias por corrupção neste país têm origem nas autarquias, segundo dados de 2019 do Conselho de Prevenção da Corrupção. A esmagadora maioria das denúncias é arquivada e nem chega sequer a ir a julgamento. A denúncias que vão terminam igualmente arquivadas ou com penas suspensas. Parabéns a todos eles! Nenhum destes pequenos Sócrates autárquicos poderia algum dia chegar a marquês local sem o seu inestimável contributo. A corrupção agradece os seus contributos.
Sócrates de todo o mundo: uni-vos!
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[…] bem, Mendes. Muito bem, […]
O juiz Ivo Rosa, apenas como juiz de instrução abandalhou e ultrajou a Justiça portuguesa, aviltou o Estado de Direito, gozou provocando os portugueses, achincalhou tudo e todos.
Faltam-lhe dignidade e competências, coerência, saber de Estado, não presta para ser juiz.
BASTA !!!
Ok. Como?
O que mais me chateia é que, sendo o que o juiz disse passível de ser revertido, teve o cuidado de libertar os bens dos meliantes para que eles os possam por a salvo!
O Menos hoje é a favor do controlo de capitais.