Federação Russa: be careful what you wish for…

Uma hipotética implosão da Federação Russa poderá revelar-se uma catástrofe mundial sem precedentes. A transformação do gigantesco território russo numa manta de repúblicas “independentes” e “populares”, com a proliferação nuclear que daí resultará, multiplica por horrores a hipótese remota, mas não impossível, de um disparo fatal. A julgar pelos senhores da guerra que se seguiriam, como o carniceiro Checheno Ramzan Kadyrov, julgo que não demoraria muito até aparecer alguém a dizer “volta, Putin, estás perdoado”. Bem sei que é uma infâmia, sequer pensar uma coisa destas, mas o Saddam também era uma monstruosa besta e o que se seguiu foi bem pior. Sorte a nossa, as armas de destruição maciça não estavam lá. Acontece que a Federação Russa não é o Iraque e o que para lá não falta são nukes. Be careful what you wish for…

Alguém pediu um apocalipse nuclear?

Leio por aí, nas redes e na imprensa, várias pessoas que defendem uma intervenção directa da NATO no conflito. Vejo-as ser confrontadas por outras pessoas, a meu ver mais sensatas, que lhes dizem:

  • Então e se isso levar a uma escalada nuclear?

Ao que essas pessoas respondem algo como:

  • Que se lixe! Temos que fazer justiça pelo povo ucraniano, doa a quem doer.

Isso, fazer justiça. Tudo muito bonito, tudo muito poético, principalmente se aparecesse um James Bond no último minuto, para desactivar o missel balístico intercontinental com o nuke lá dentro, ao qual estaria amarrada uma lindíssima Bond girl, a jeito de ser salva e beijada pelo galã. Acontece que esta merda não é Hollywood e, havendo quem queira mesmo morrer, mais vale ir para a Ucrânia combater. Sempre será mais útil à causa.

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A fé (ou as fezes) que nos guia

Em 1991 caía a União Soviética.

Formada em 1922, depois da revolução soviética de 1917, teve o mérito inicial de depor os cazaristas que usurpavam ao povo o que era do povo. Depois disso, mais imperialismo, fome, terror e morte. Durante os anos em que esteve edificada, e ao contrário do seu propósito inicial, a URSS mais não foi do que um Estado imperialista, comandado por um psicopata tirano que governou como governam todos os psicopatas tiranos: a bel-prazer e tirando, para si e para os seus, os maiores dividendos, mantendo o povo de barriga colada às costas. Foi assim com Estaline, foi assim com Hitler e Mussolini, foi assim com Franco e Salazar, é assim com Putin e Castros, é assim com Maduro e Xi, é assim com Órban e foi assim com Netanyahu, é assim com a maioria dos presidentes norte-americanos, que vão provando a decadência do “sonho americano”.

Depois do preâmbulo, voltemos a 1991, aquando da queda da URSS. Cai a URSS, ficam a Federação Russa e um punhado de países, agora independentes. Ora, depois de assinados os acordos que dissolviam a União Soviética e dada a independência aos países do antigo Bloco de Leste, várias questões se levantaram. Uma delas a das armas nucleares. Como é sabido, os vários países que compunham a URSS ficaram, depois de 1991, detentoras de ‘n’ armas nucleares. Mas não por muito tempo. Em 1994, Boris Ieltsin e Leonid Kuchma, presidentes da Rússia e da Ucrânia, respectivamente, firmavam o Memorando de Budapeste. Este Memorando aprovou o envio de cerca de mil e seiscentas armas nucleares remanescentes da URSS, por parte da Ucrânia, à Rússia. [Read more…]

Tenham medo

semi-deus norte-coreano está armado até aos dentes.

Israel arma submarinos com mísseis de cruzeiro com ogivas nucleares

O governo alemão paga a maior parte da factura e antigos altos funcionários alemães confirmam. [Também no Público]