Não é vitória. É castigo

Em 2001, Fernando Gomes perdeu a Câmara do Porto, por castigo.

Foi o preço por ter aceite trocar a cidade do Porto, pelas delícias do estatuto de Ministro-adjunto e da Administração Interna na capital do império em 1999, em pleno mandato de Presidente da Câmara do Porto.

As gentes do Porto não gostaram da troca. E, tal como a mulher abandonada que vê à porta o marido regressado da casa da amante, porque as coisas não deram certo, as gentes do Porto bateram-lhe com a porta na cara.

Rui Rio, contra os oráculos, tornou-se presidente da Câmara do Porto, porque Fernando Gomes foi castigado pela infidelidade.

Ontem, as gentes de Lisboa não deram a vitória a Carlos Moedas: castigaram Fernando Medina.

O socialista, há poucos dias, tinha sido considerado pela esmagadora maioria dos inquiridos numa sondagem, como mais arrogante do que Carlos Moedas.

Foi a permanente arrogância de Fernando Medina, a principal razão do castigo. E o caso das informações às embaixadas – e, pior, o modo como lidou com todo o processo a salvar o seu gabinete de apoio e queimar na praça pública um funcionário -, caiu mal. Muito mal.

Até porque os valores de Abril, são queridos por muita gente que não é comunista ou sequer socialista. É gente de um centro social-democrata que sem cravos ao peito, defende, também, a democracia, a liberdade, a igualdade, o direito à manifestação, à privacidade, à inviolabilidade da sua correspondência e o respeito pela dignidade da pessoa humana. E, também, não suporta bufice. [Read more…]

Passos prefere Coelho a Cristas

Gostos não se discutem, como sabemos, mas tudo pode ter tido a ver com uma questão de a busca de uma fé mais leal e, se assim não fora, que seria do amarelo!
teresa-leal-coelho

Muros e pontes

Não queria comentar isto, mas com a insistência no tema e a ridícula e empertigada interpelação que o PSD fez sobre este assunto, não resisto. Não, oh alaranjadas criaturas, os cartazes que ornam as entradas do Web Summit, que terminam com o justo propósito de “fazer pontes, não muros”, não são uma proclamação anti-Trump. Se esquecermos a gralha da primeira versão – entretanto corrigida -, esta metáfora, com esta exacta formulação ou outras muito semelhantes, é antiga como a noite. Não foi inventada por Hillary Clinton – donde a sintomática indignação do PSD que, pelos vistos, anseia por agradar ao novo chefe. Já a encontramos, implícita ou explicita, em textos antigos, em documentos de evangelização e ecuménicos, em obras de filósofos. O grande – enorme! – Isaac Newton (se os laranjas não sabem quem é,vão ao Google) escrevia “construímos muros de mais e pontes de menos”. E, só para ficarmos nos Newton, Joseph Newton escreveu, dois séculos depois, “as pessoas estão sós porque constroem muros em vez de pontes”. E até o Papa Francisco, há já algum tempo, afirmou, em Auschwitz, “lancem-se na aventura de construir pontes e destruir muros, vedações ou redes”. E não vale a pena continuar. O problema, portanto, não é da Câmara de Lisboa, oh PSD, que atacais, fogosos, sem antes procurar informação.
O problema é o da vossa arrogante iliteracia.

João Soares, Maçónico e Ministro da Cultura, representa o que de pior tem a política em Portugal

Não vejo em João Soares uma única qualidade, tirando o facto de ser filho de Mário Soares, que justifique o convite para chefiar o ministério de um Governo em Portugal. Mesmo relativamente à ascendência, convenhamos que foi um excesso de linguagem falar de qualidade, como muito bem demonstrou a Clara Ferreira Alves aqui há atrasado.
Nada de novo. Se João Soares ganhou notoriedade no PS, substituiu Jorge Sampaio na Presidência da Câmara de Lisboa e, apesar de uma carreira sofrível marcada pelo fracasso, manteve-se na crista da onda até chegar ao Governo, foi tudo pela mesma razão.
Isso e o facto de pertencer à Maçonaria, claro.
E interessa-me pouco que o putedo socialista do costume venha com as alegações hipócritas da relação entre a vida pública e a esfera privada. Devem achar que arranjar tacho de 70 mil euros na Câmara de Lisboa para um filho sem qualquer experiência profissional faz parte da vida privada da personagem. Ou que andar a brincar aos aventais com aqueles que a seguir se nomeia para cargos públicos pertence à esfera privada. Isto porque hão-de conceder que os favores escandalosos feitos ao Colégio Moderno enquanto Presidente da Câmara de Lisboa nada têm de privado. Ou as movimentações quase clandestinas que fariam corar de vergonha alguém minimamente sério e que levaram à reposição da subvenção vitalícia dos deputados. [Read more…]

Adoro políticos sensatos

Isenção de taxas ao Benfica “é politicamente incorrecta” mas “sensata”. Poderão fazer a sensatez de me dispensarem de pagar IRS?

É que está um calor que nem se pode

Câmara de Lisboa desativou plano de contingência para sem-abrigo devido a frio

Activista

Exactamente. Activista.

Expresso 862013

Assim fico mais descansado

António Costa vai “dizer o que tem para dizer”

Não há diamantes mas há EPUL

Estádio de Alvalade (foto ASF)

Tal como o Benfica, o Sporting também foi muito “apoiado” pela autarquia Lisboeta, levou dez milhões e mais terrenos, imóveis e autorizações para construção em grande escala nos terrenos à volta do estádio.
Para não faltar “cash”, a EPUL mudou a sua sede para um dos edificios do clube onde esteve seis anos e onde pagava 700 mil euros por ano, isto é dois mil euros/dia. A EPUL que constrói casa por tudo quanto é sítio precisou de arrendar uns escritórios por uma renda milionária.
Tudo negócios normais, habituais e justificados…