Défice democrático no grupo parlamentar da IL?
Touradas: Carlos César já fez a sua prova de vida
Se aumentassem o IVA para 23% a todos os familiares de Carlos César que ocupam cargos de nomeação no Estado, aí sim, estaria resolvido o problema do défice, quiçá da dívida pública.
Não sendo o caso, esta medida exótica do PS de atacar o Governo com a descida do IVA das touradas não passa de folclore político. Não vai acontecer porque António Costa não vão deixar – seria a concretização de um ataque inusitado à ministra acabada de nomear. Dentro do próprio grupo parlamentar, duvido que a maioria concorde com este non-sense. Gostava de ovir a opinião da histórica Rosa Albernaz.
Não percebo Carlos César. Se queria com isto fazer uma prova de vida, está feita. Agora, já que está numa de olhar para os IVAS, pode preocupar-se a sério com as incongruências do Orçamento que afectam os mais pobres e actuar em conformidade?
Uma “convulsãozita”. Com facas
Foi assim que Rui Rio se referiu à novela mexicana no interior do grupo parlamentar do PSD, protagonizada por Fernando Negrão e por uma rebelião de deputados, munidos de catanas afiadas, que humilharam o ainda assim eleito novo presidente da bancada parlamentar do partido. Que acusaram Rio de traição e Negrão de comportamento “autoritário e fascizante”. Que aceitaram integrar a lista de Fernando Negrão para a bancada parlamentar, apesar de não lhe terem dado o seu voto. Que acusaram a nova direcção do partido de “desrespeito institucional grave”. Ainda bem que Negrão não cumpriu a promessa. Seria uma “convulsãozita” interessante de se ver. A capa d’O Inimigo Público diz tudo. Não terá sido à toa que o novo líder do PSD esperou quase três semanas para se reunir pela primeira vez com o grupo parlamentar.
O peixismo-aranhismo
Ora bem, vamos lá botar sentença politológica: tínhamos os partidos parlamentaristas, os semi-parlamentaristas e até os anti-parlamentaristas. Graças ao PSD temos uma nova categoria: os a-parlamentaristas. Estão lá, mas é como se não estivessem. São e não são. Como o gato de Schrodinger, está vivo e está morto. Os outros agem, eles esperam. Para, no melhor estilo cavaquista, se pronunciarem sobre os resultados do trabalho alheio e poderem dizer, seja qual for o resultado: nós bem avisamos. E ferrar.
É uma espécie de partido peixe-aranha. Fica quietinho, escondido na sua areia e, quando um incauto que está a fazer qualquer coisa da vida o pisa, sabe-se o resultado.
Vai de metro Zorrinho, e tu Assis, vai de burro
Qualquer dia querem que o presidente do Grupo Parlamentar do PS ande de Clio. Assis dixit.
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