Pandemia de Covid 19? Ou será outra coisa?

Sandra Capela*

Entrevista ao Dr. Fernando Nobre por Rui Unas:
“O mundo está a ser flagelado, mas não é pelo vírus”.

 

Crónica do Rochedo IX – De Maria Leal a Umberto Eco

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Um dos humoristas que mais aprecio é o Rui Unas. O seu último projecto chama-se “Maluco Beleza”. Sempre que posso passo pelo seu canal na net ou pelo facebook para assistir às entrevistas (gostei especialmente da entrevista ao Luís Franco Basto). Ontem, tropecei na da Maria Leal.

Obviamente, vi no facebook a sua famosa actuação no programa do Goucha e da Cristina. Como muitos outros, fui invadido pelo mais puro espanto, seguida da mais franca sessão de gargalhadas e terminando num genuíno sentimento de vergonha alheia. E por aqui me fiquei. Fui assistindo, já sem grande espanto e com a possível saudável distância ao histerismo das redes sobre o tema. Até ontem.

O ódio destilado sem qualquer freio por boa parte dos internautas que participavam em directo nas redes ao programa é inenarrável. Desde insultos, passando por desejos que a senhora morra e terminando em tentativas de enxovalho pelo facto da senhora dar calinadas de português ao mesmo tempo que esses mesmos escreviam num português de fugir. Porquê? A sério, porquê?

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As expectativas do acordo ortográfico

Ser professor dá-me, graças ao contacto com os jovens, a possibilidade de aprender, com bastante frequência, novas expressões e novas piadas, porque as modas, como é da sua natureza, vão variando entre o tempo e o espaço. Sendo um curioso da língua e da linguagem, fico sempre fascinado com a descoberta do desconhecido e é sempre com prazer que junto mais uma palavra ou mais uma frase à minha colecção de cromos linguísticos.

Recentemente, adquiri uma mutação humorística da célebre resposta “porque sim”, muito utilizada por pais cansados de explicar ordens. Trata-se da resposta “porque+forma do verbo poder”. Há pouco tempo, um jovem lançou como que uma adivinha: “Porque é que os romanos invadiram a Grã-Bretanha?”. Diante do desconhecimento revelado pelos ouvintes, respondeu “Porque podiam.” Simples e barato.

Na semana passada, li na revista dominical do JN uma entrevista a Rui Unas. A palavra “expectativa” surgiu grafada das duas maneiras aparentemente permitidas pelo chamado acordo ortográfico (AO90), como poderão verificar nas imagens publicadas mais abaixo. Por que razão é que o jornalista fez isso? Porque podia, claro, autorizado pelo Priberam, pela Infopédia e pelo Vocabulário Ortográfico Português. [Read more…]

Eu (não) quero sair – Rui Unas

Épico. Passos Coelho explicado às crianças: “teu desrespeito foi como vires ao cu a mim“.

Publicidade Pingo Doce na Holanda

O Rui Unas foi à Holanda e trouxe isto.

Alegre cavaqueira

De acordo com o Público, Cavaco Silva “acredita que os portugueses querem curar a “doença” que neste momento os afecta, o Presidente da República explicou que essa “doença” é “o grande desafio de responder aos desafios que foram colocados pela comunidade internacional”.”

Limito-me, prudentemente, a citar o jornal e não posso deixar de notar que a língua portuguesa sai com alguns ferimentos, devido ao desafio que é responder a desafios.

A ser verdadeira a citação, ficamos a saber três coisas.

A primeira poderá ser surpreendente, mas é compreensível: os portugueses sofrem de uma doença.

A segunda não parece ilógica: segundo Cavaco, profundo conhecedor da psicologia lusa, os portugueses querem curar-se, o que os assemelha a grande parte dos doentes.

A terceira é a mais importante, porque corresponderia à identificação da doença. Ora, é aqui que a linguagem cifrada do Presidente obriga a cálculos exigentes: se a doença é “o grande desafio de responder aos desafios que foram colocados pela comunidade internacional”, manda a lógica e ordena Hipócrates que nos curemos, exactamente, desse grande desafio e que nos recusemos, portanto, a responder aos desafios colocados – ou transmitidos, em linguagem médica – pela comunidade internacional, responsável, portanto, pela doença de que todos padecemos.

Os serviços prestados por Cavaco à língua portuguesa são inestimáveis. De qualquer modo, já não é a primeira vez que tem problemas com a palavra “doença”, como nota muito bem Rui Unas, que deve estar quase a ser processado por ofensa. [Read more…]

Paulo Futre apresenta o seu projecto (por Rui Unas)

O presidente de todas as mensagens