Silêncio. Esgotaram-se as palavras.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Aproveitei a pausa de almoço para ir às clementinas numa das poucas mercearias que por aqui resistem. Ao meu lado, entre os caixotes da fruta, uma mulher ia consultando a estátua maciça que a esperava à porta. ––Queres bananas, Zé? A estátua não se moveu. Silêncio absoluto. Ela escolheu um cacho e pô-lo no […]
Autoria da foto (e os meus agradecimentos): http://permanentereencontro.blogspot.com/2012/12/amores-de-perdicao.html
A propósito desta notícia de hoje.
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
O PSD e o CDS a aliarem-se ao PAN, a direita a defender um ministro do PS, o PS a cumprir o programa político da direita, os benfiquistas a elogiarem decisões do Soares Dias…
Estará perto o apocalipse?
Um poema de Ricardo Araújo Pereira, sobre bafientos beatos.
«André Coelho Lima elogia acordo com PAN e defende que PSD é um “partido progressista”».
Ontem, Mário Cláudio falava acerca da “objectificação da mulher“. Hoje, o Presidente da República diz: «Mas a filha ainda apanha uma gripe! Já a viu bem com o decote?».
Pois eram. Ilda Figueiredo, “uma das 37 signatárias da petição que pede a remoção da obra, voltou atrás“.
saberia que aquela mulher não é Ana Plácido: “aquela mulher é simbólica – representa a mulher na obra do Camilo, no Amor de Perdição. Não é, nunca quis ser, um retrato de Ana Plácido“.
Direitos das crianças? É relativo. Para haver direitos tem de haver deveres, e as crianças não têm deveres. Enquanto Deus entender que a pedofilia na Igreja tem um benefício para a sociedade, irá continuar a existir.
A notícia é a reacção de Pinto da Costa ao acontecimento que o Porto Canal não noticiou. Uma tristeza. Siga.
(porque é um canal de fretes, apesar de o FC Porto não ser o clube da cidade do Porto), não transmite esta notícia. Porquê?
sem espinhas, no Expresso.
Já que na terra dele o ignoram (lembrei-me logo da “pátria que vos foi ingrata“, de Vieira), aproveite-o Lisboa, depois da nega do 17.º Patriarca.
“Feijóo quer reunir-se com Sánchez para que viabilize o seu Governo em Espanha“. Assim, não: “Durão Barroso vai casar em jJulho“.
uma política externa digna de um regime totalitário não é suficiente. Netanyahu e os seus extermistas querem acabar com a separação dos poderes. E estão a consegui-lo.
CH obrigado a reintegrar José Dias, militante e fundador do partido, expulso por invocar o santo nome do Bolsonaro da Wish em vão.
Obrigado pelas obras magnificas!
Pensei que não gostavas do Saramago.
Como pessoa não. Mas adorei o Memorial do Convento. No aeroporto de Roma, estavamos ambos a fazer as compras de última hora e ele fez de conta que não percebeu que eu era português, para além do que se sabe do DN. Mas não guardo rancores, espero que descanse em paz!
Pedro, associo-me à tua homenagem a José Saramago, de quem li a maioria das obras e de quem tive a honra de ser camarada no jornal ‘A Capital’, sob a direcção de Norberto Lopes.
Hoje, do centro à direita, tenho assistido a demonstrações de enorme hipocrisia. Dos que o destataram, dos que o difamaram e, sobretudo, dos que hoje são pelo menos indiferente à sua obra. Porque a desconhecem o contributo literário e humanitário do ‘Nobel da Literatura’ cujo nome a História registará perenemente.
Carlos, a hipocrisia é a do costume, depois de mortos somos todos santos ( coisa que a Saramago incomodaria sem incomodar, por sabê-lo de ginjeira).
Se foste seu camarada e privaste com ele mereces o abraço de solidariedade que se dá aos que perdem um amigo.
Com um bocado de imaginação a direita ainda vai ser a culpada de Saramago ter morrido.
Pedro, privei com ele e com a Isabel da Nóbrega. Ambos apareciam na redacção de ‘A Capital’ ao domingo e conviviam com o pessoal do desporto.
Luís,
os artistas, os escritores, os criadores, os homens livres, estão muito para lá de dicotomias tretosas desse género. Há muita gente de direita que gostava do escritor Saramago e muita gente de esquerda que, gostando eventualmente do homem, não gostava do escritor.
Nessa conversa não me meto. O culpado, por assim dizer e usando a expressão popular, foi o PDI – Puta da Idade, diz o povo.
Àparte isso foi um homem a quem a sua arte deu o mundo. Mais do que isso não se pode desejar.
Eu invejo -maneira de dizer- os que com ele privaram (privar mesmo, não coisas formais em que apenas o corpo e a imagem construída estão presentes).
Qual género? Nunca disse que não gostava do escritor. Do político nunca gostei.
Obrigada, Saramago.
Luís Moreira, o facto de assumires, hoje, que nunca gostaste do homem é respeitável e faz com que escapes à hipocrisia dos celebrantes da consensual missa fúnebre.
PS- eu não falei de género.
No entanto, Pedro, o Memorial do Convento foi para mim uma revelação, adorei o livro, andei com ele muito tempo, como companheiro e amigo. Não confundo!