Silêncio. Esgotaram-se as palavras.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
O senhor doutor arquitecto chegou a casa, descalçou-se e, sem mais nada, cumpriu a rotina do dia arreando na mulher. Pousou os pés em cima da mesa, ordenando à arreada que lhos lavasse, senão levava mais. A senhora lavou-lhe os pés, como bem manda a lei e porque é bem mandada. Saraiva, o senhor doutor […]
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Por tudo que nos deste. Pelas cores com que pintaste sobre o cinzento do Portugal de então. Pelas gargalhadas que nos fizeste dar em dias em que tudo parecia triste e incerto.
Obrigado e até sempre.
«não vale a pena negar que há, infelizmente, setores racistas e xenófobos entre nós». Pois. Efectivamente. Exactamente.
Não, é um revés para os contribuintes. Quem se mete com a EDP, leva. Por isso os sucessivos governos preferem acarinhá-la. 218 milhões para o bolso do costume.
Luís Montenegro chegou a ser uma espécie de número dois de Passos Coelho. Agora, está empenhado em ser o Passos Coelho número dois.
Se querem voltar aos debates quinzenais para fazer as palhaçadas que o CHEGA hoje fez na Assembleia da República, então estarão a dar razão a quem diz que tal só serve mesmo para quem fabrica soundbytes.
O problema de Marcelo Rebelo de Sousa, foi não ter o amigo Ricardo Salgado para lhe proporcionar as delícias de Vera Cruz.
Assim, fomos nós a pagar umas férias transvestidas de visita oficial.
Só podia correr bem.
Pedro Nuno Santos começou a sua comunicação ao país, com cerca de 30 minutos de atraso.
“apenas a começar“, mas o resultado será certamente o do costume.
Isto interessa a quem? Em Portugal só interessa o crescimento económico e o lucro, senhores!
“Tele-trabalho é fingir que se trabalha” – disse um bilionário que nunca trabalhou na vida
João Costa: “Em 2018 tínhamos apenas 4% dos professores no topo [da carreira] e hoje temos 30%”
A Maria Vieira teve mais coragem do que os direitolas todos que andaram anos a apertar a mão a Putin & Oligarcas Lda.
Nisto, já deu 10-0 a Adolfos, Cotrims e Durões. Ao menos, não se fez de dissimulada. Mais vale assim.
Vai-se a ver o Rendeiro foi morto numa “operação militar”.
Morrer num 13 de Maio é prenúncio de santidade. O meu oligarca é melhor que o teu!
Obrigado pelas obras magnificas!
Pensei que não gostavas do Saramago.
Como pessoa não. Mas adorei o Memorial do Convento. No aeroporto de Roma, estavamos ambos a fazer as compras de última hora e ele fez de conta que não percebeu que eu era português, para além do que se sabe do DN. Mas não guardo rancores, espero que descanse em paz!
Pedro, associo-me à tua homenagem a José Saramago, de quem li a maioria das obras e de quem tive a honra de ser camarada no jornal ‘A Capital’, sob a direcção de Norberto Lopes.
Hoje, do centro à direita, tenho assistido a demonstrações de enorme hipocrisia. Dos que o destataram, dos que o difamaram e, sobretudo, dos que hoje são pelo menos indiferente à sua obra. Porque a desconhecem o contributo literário e humanitário do ‘Nobel da Literatura’ cujo nome a História registará perenemente.
Carlos, a hipocrisia é a do costume, depois de mortos somos todos santos ( coisa que a Saramago incomodaria sem incomodar, por sabê-lo de ginjeira).
Se foste seu camarada e privaste com ele mereces o abraço de solidariedade que se dá aos que perdem um amigo.
Com um bocado de imaginação a direita ainda vai ser a culpada de Saramago ter morrido.
Pedro, privei com ele e com a Isabel da Nóbrega. Ambos apareciam na redacção de ‘A Capital’ ao domingo e conviviam com o pessoal do desporto.
Luís,
os artistas, os escritores, os criadores, os homens livres, estão muito para lá de dicotomias tretosas desse género. Há muita gente de direita que gostava do escritor Saramago e muita gente de esquerda que, gostando eventualmente do homem, não gostava do escritor.
Nessa conversa não me meto. O culpado, por assim dizer e usando a expressão popular, foi o PDI – Puta da Idade, diz o povo.
Àparte isso foi um homem a quem a sua arte deu o mundo. Mais do que isso não se pode desejar.
Eu invejo -maneira de dizer- os que com ele privaram (privar mesmo, não coisas formais em que apenas o corpo e a imagem construída estão presentes).
Qual género? Nunca disse que não gostava do escritor. Do político nunca gostei.
Obrigada, Saramago.
Luís Moreira, o facto de assumires, hoje, que nunca gostaste do homem é respeitável e faz com que escapes à hipocrisia dos celebrantes da consensual missa fúnebre.
PS- eu não falei de género.
No entanto, Pedro, o Memorial do Convento foi para mim uma revelação, adorei o livro, andei com ele muito tempo, como companheiro e amigo. Não confundo!