A bola esteve um metro dentro da baliza da Alemanha mas o arbitro não viu, e o fiscal de linha que devia ter visto tambem não viu, resultado, a maior bronca do Mundial.
A FIFA continua teimosamente, a não querer introduzir no jogo as tecnologias que dariam mais verdade, como é o caso das balizas e da grande área, onde os erros de arbitragem são decisivos. É a mesma gente que castiga com um amarelo quem tira a camisola a festejar um golo, não lhes interessa a verdade desportiva, interessa-lhes a discussão e não mexer num sistema que dá tanto dinheiro.
Entretanto, o Carlos Godinho funcionário da Federação de Futebol, que está na África do Sul com a selecção e escreve no estrolabio, mandou uma crónica onde se refere à nomeação dos arbitros de forma bem curiosa. Sabiam que Portugal tem sete amarelos e a Espanha não tem nenhum? É que não introduzindo tecnologias e outras ajudas à arbitragem quem manda é o restrito circulo de quem nomeia os arbitros!
Neste tipo de situações, de onde o árbitro e o árbitro assistente estão é impossível comprovar se a bola entrou ou não.
O que fica por responder é porque não se aplica a lei que determina que, em caso de dúvida, beneficia-se a equipa atacante. Mudou esta regra em finais dos anos 70 princípios dos anos 80, mas, nestes casos, raramente se vê a sua aplicação prática.
Quantos às políticas… sempre houve, há e haverá. Interessará é estar por dentro!
Aqui não há dúvidas é só parar o jogo e ver se a bola entrou ou não. No Argentina-México um fora de jogo do tamanho de três metros tambem não foi assinalado e resultou no primeiro golo da Argentina.Basta controlar com tecnologia os fora de jogo e o que se passa dentro da área o resto não é decisivo.
Os fora-de-jogo não vejo que seja possível. São situações de jogo dinâmicas que se tornam impossíveis de fiscalizar via tecnologia sem prejudicar a dinâmica da partida.
Mesmo no rugby, que está muito avançado nesta área, apenas se controla as situações de marcação, ou não, de pontos: é ensaio ou não. Caso contrário perder-se-ia demasiado tempo e criavam-se ainda mais paragens no jogo.
Sempre haverá erros de julgamento e nem sempre a tecnologia poderá dar resposta.
Por vezes, os erros são vistos porque a tecnologia – leia-se TV – se coloca em situações que os árbitros – e jogadores e treinadores, diga-se! – não conseguem ver.
O caso do golo da Inglaterra é um desses casos. Para o fiscal -de linha estar bem posicionado, terá que estar para além da linha da grande área, onde se encontrava o último defensor alemão. Daí torna-se impossível ver se foi golo ou não. A questão é que, segundo as regras, em caso de dúvida decide-se a favor da equipa atacante. Que não foi o caso.
Seja como for, este será o único caso em que a tecnologia – actual – poderá intervir sem causar mais paragens de jogo e auxiliar os desgraçados dos árbitros, de quem toda a gente diz mal, sem reparar nos milhares de más decisões existentes em cada jogo, praticadas pelos jogadores, já para não falar nas decisões fundamentais tomadas pelos treinadores.
José, a tecnologia tira poder a quem o tem fora das quatro linhas. No golo da Argentina havia um fora de jogo de 3 metros!