
o fundador dos estudos e análises da família
Teoria que uso para o meu livro Esperanza
Parece-me necessário permiti ao leitor um descanso sobre teoria da trabalho de campo, e introduzir teoria antropológica para ser usada no livro que preparo sobre Esperanza, que criou toda uma família se saber as primeiras letras. É-nos ensinado no Século XIX por vários teóricos do lar, como é o caso do autor que estudo num livro escrito por mim em 2009, no repositório da Biblioteca do ISCTE – IUL e no internacional: O Grupo Doméstico ou a Construção Conjuntural da Reprodução Social, em http://repositorio.iscte.pt/ ou no http://www.rcaap.pt.
É assim que vamos aos teóricos do Grupo Doméstico, sendo um dos primeiros, o analista que orientou o estudo da psicologia da família e do lar, que tem por nome o título desta parte de capítulo.
Edward Alexander Westermarck Sociólogo Finlandês, Suomi na sua língua, nasceu a 20 de Novembro de 1862 em Helsínquia, falecera a 3 de Setembro de 1939, em Lapinlathi, distrito de Helsínquia. Foi sociólogo finlandês, filósofo e de essa espécie de antropólogo que contradizia a vasta visão teórica sustentada em esses tempos, que defendia a ideia de que os seres humanos tinam vivido em estado de promiscuidade ou mistura confusa e desordenada de interacção social, teorizando, de forma contrária, de que os primeiros serem humanos tiveram uma relação sexual monogâmica. Afirmava que o matrimónio (marriage), bem como a sua associação familiar, estavam enraizados nas formas e necessidades da família nuclear (family), considerada por ele como a base fundamental e universal da união da vida em sociedade.
Reitero que Westermarck foi um sociólogo finlandês. As formas tradicionais do ensino na Finlândia, permitiam desde muito cedo aos estudantes, a aprender esse a saber ler comparativamente sobre a sua sociedade, a sua cultura e a de outros sítios do mundo. Não apenas esses costumes, bem como comparar línguas e maneiras. Pedagogia que ajudava a pensar de forma comparativa e sem escândalo por haver maneiras diferentes de ser em todos os sítios do mundo. Organização do processo educativo como tem sido denominado por mim na nossa Revista Educação, Sociedade e Culturas: ensino ou aprendizagem? Conceito elaborado por mim, sobre o qual tenho direito de autoria, publicado pela primeira vez no primeiro número da Revista, em 1994, pp. 7-28, Afrontamento, Porto. Para um Westermarck, ainda criança, o estudo da pedagogia, foi uma excelente preparação para ser, mais tarde, um antropólogo etnógrafo, comparativo, um não aderente a universal ideia unívoca, nunca provada, de se pensar em formas promíscuas de união reprodutiva entre os primeiros seres humanos: sabia que o saber evoluía. A Revista de Educación, Barcelona, no seu número extraordinário sobre Educação Comparada, 2006, páginas 237-262, publica um artigo do Director do Colégio Claret da mesma cidade, o Licenciado em Psicologia e Doutor em Pedagogia, Javier Melgarejo Draper, intitulado: La formación y selección del professorado: clave para comprender el excelente nível de la competencia lectora del alumno finlandés. Comenta no texto que os docentes são treinados para ensinar ao estudante não apenas a ler, bem como a fazer leituras comparativas, especialmente de comparação de diversos países e culturas do mundo. É pena não poder transferir uma cópia do texto para este livro Com tudo, o texto pode ser lido em: http://www.scribd.com/doc/2909065/analisis-del-sistema-finlandes. Esta forma de aprendizagem, existente ao longo de muitos anos, é o que permite a um antigo estudante, hoje investigador – esse hoje refere ao Século XIX para XX – saber que há formas de organização social distantes das, por engano e falta de saber, eram universalmente pensadas como promíscuas e não evolutivas. Westermarck foi um teórico evolucionista de formas sociais e dos costumes e das mudanças culturais. Ideias que transferiu ao seu melhor discípulo, Bronislaw Malinowski – escritos que desenvolveram em mim a ideia da análise do processo educativo, a etnopsicologia da infância e a psicanálise da sexualidade infantil, ideias todas convertidas em livros publicados ou em formato de papel e traduzidos a várias
línguas, com várias edições, ou convertidas em e-books, que podem ser lidos nos repositórios citados antes, à espera se serem transferidos ao já referido formato de papel, odeia que pouco gosto: um e-book é a melhor forma de editar ideias investigadas e as suas descobertas, especial mente o meu livro Músicas e Letras Barrocas na Europa e nos Andes. Ensaio de Antropologia Social, em http://www.rcaap.pt.
Nos tempos em que o evolucionismo como teoria e método ainda não estava bem estabelecido, a autoridade do autor em análise começou a fraquejar. Edward Alexander Westermarck, foi primeiro leitor de sociologia na Universidade de Londres, passa depois a Catedrático, entre os anos de 1907 a 30. Ao mesmo tempo era Catedrático de Filosofia na Academia Sueca na Finlândia, ou Åbo Akademi em Turku, nome sueco para Abo, onde ensinara até 1935. Westermarck tem sido uma autoridade na história sobre hábitos morais e costumes matrimoniais. A sua melhor obra foi, é e será, o texto em três volumes: The History of Human Marriage, escrito em Inglês, publicado em 1891; a quinta edição, revista por ele, eram já esses três volumes publicados em 1921. O volume 1, pode ser lido em: http://www.questia.com/PM.qst?a=o&d=10659043 O volume 2, em: http://www.questia.com/PM.qst?a=o&d=6692640 e o 3, em: http://www.questia.com/PM.qst?a=o&d=53254875 Ensaios escritos em inglês porque o ensino finlandês recebido durante a sua infância incluía essa língua, enquanto o língua finlandesa era desconhecida na Grã-Bretanha . Como bom académico, a sua pesquisa não parava. Ele e a sua equipa, entre os quais o aristocrata polaco Bronislaw Malinowski, encontravam dados cada vez mais interessados, quer no trabalho de campo, quer em manuscritos do Museu Britânico, quer e ainda, em livros de missionários, comerciantes e viajantes pelo prazer de bisbilhotar nas vidas dos outros, especialmente essas diferentes às deles. É o motivo pelo que saliento a edição de 1921, corrigida e aumentada, após aprofundada investigação e análises da mente. Eram também três volumes, mas com provadas novas hipóteses de novos factos descobertos. Na base da quinta edição, ou nos muito bem guardados tetos originais do Manuscript Department of Åbo Akademi Library. A sua imensa obra precisava de ser lida. Era necessário abreviar as suas descobertas Começou, assim publicando, em 1926, uma versão encurtada do imenso texto original sobre A História do Matrimónio, intitulado: A Short History of Marriage, de 1926, de apenas 326 páginas. [comigo, a versão espanhola de 1984, Laertes Ediciones S.A., Barcelona] Esta versão da obra, viu-se acrescentada com livros escritos sobre costumes Marroquinas. Outros livros da sua autoria, escritos em inglês, incluindo livros de texto para jovens estudantes, foram: The Origin and Development of the Moral Ideas, em dois volumes, primeira edição do ano 1906-8 e uma segunda em 1912-17; Ethical Relativity de 1932; The Future of Marriage in Western Civilization de 1936 bem como Christianity and Morals de 1939.
Edward Westermack era um homem de letras e soube usar o seu treino orgânico de aprendizagem finlandesa, na sua ciência e na sua pesquisa. Westermarck criou uma escola de pesquisa sobre o método evolutivo comparado sobre ética, matrimónio, família e religião, como pode-se apreciar dos títulos das suas obras e das equipas formadas para investigar, como detalha o texto do Prof. Olli Lagerspetz, Philosophy, Åbo Akademi University, intitulado Westermarck and beyond evolutionary approaches to Morality and their Critics, de treze de Fevereiro de 1909, texto ao que se pode aceder em: http://www.abo.fi/public/en/filosofprojekt. Ideias não anedóticas, mas sim, parte da história da Antropologia.
Parece-me importante comentar, por causa da hipótese deste livro que estou a editar sobre a conjunturalidade de reprodução social, separadamente o seu mais famoso texto, referido no parágrafo anterior, bem como o da nota de pé de página a seguir:
Edward Westermarck, Human Marriage in the History of Mankind, MacMillan Press, Londres, 1891. Este texto foi escrito como tese de doutoramento, no pleno apogeu do debate das ideias de Darwin e da evolução das espécies. Era também a época em que a psicologia começava a mudar: de ser uma simples análises da mente humana e do habitat ecológico onde essa mente morava, passa para a análise do que essa vizinhança social e emotiva, causava entre as pessoas que nem sempre estavam satisfeitas com as suas formas de vida e com as relações de vários outros seres humanos. O médico Sigmund Freud começara em 1889, a entender que não era a ecologia social a que danava a mente humana, bem como eles próprios danavam-se emotivamente ao querer obter o que parecia impossível, como analiso no meu texto de Abril de 2009: O saber das crianças e a psicanálise da sua sexualidade, e – book editado pelo Repositório do ISCTE e o Repositório Nacional, ligação ao do ISCTE-IUL: http://repositorio.iscte.pt/handle/10071/1459 . Freud podia provar que a evolução da mente humana transcorre dentro de ela própria, por causa da descoordenação entre as tendências do instinto humano, ou Id. A realidade organizada da psique ou ego, e a função crítica e moralizante do super ego reprimem o desorganizado Id, parte da estrutura da personalidade que contêm dentro de si os impulsos básicos e desorganizados da personalidade ou o si próprio em que o inconsciente não consegue apaziguar os desejos do consciente que procura o que social e individualmente estava eticamente proibido pelo consciente, entidade social da mente. Ideias que usa Westermarck, como as de Darwin, no livro que lhe causara fama, mencionado antes, ao analisar o que é o elo da vida social, a sexualidade dos seres humanos e a procura da sua satisfação, No Capítulo I do livro I do texto que estudo, Westermarck, nem curto nem preguiçoso, começa logo por esta ideia: O Matrimónio normalmente é um conceito que designa uma instituição social…Por outras palavras, o Id que impulsiona o ser humano na procura do prazer – aos homens todas as mulheres e às mulheres todos os homens ou outras actividades libidinosas com quem lhe apetecer, é contido pela parte social da mente, o ego, e sublima ao superego que quer devanear entre alternativas socialmente antiéticas. Freud, por acumulação de descobertas, define estes conceitos no seu ensaio de 1920 Beyond the Pleasure Principle, traduzido do Alemão para o Inglês pelo Dr. S. Jankélévitch, no ano mencionado, revisto pelo autor, e ao francês em 1968, com o título Au-delá du príncipe du plaisir a partir de Essais de psychanalyse, Paris: Éditions Payot, 1968, (pp 7 à 82) que pode ser lido em http://classiques.uqac.ca/classiques/freud_sigmund/essais_de_psychanalyse/Essai_1_au_dela/au_dela_prin_plaisir.html , conceitos elaborados neste texto e formalizados três anos mais tarde, no seu texto The Ego and the Id. Não está em linha, mas referido em formato de papel: The Hogarth Press e em http://en.wikipedia.org/wiki/The_Ego_and_the_Id
As propostas de Freud, em consequência, as ideias de Westermarck e Malinowski mais tarde, sofrem a influência da ambiguidade do conceito freudiano do unconscious e a conflituosidade dos seus vários usos por diversas teorias analíticas. O inconsciente define um complexo psíquico (conjunto de factos e processos psíquicos) de natureza praticamente insondável, misteriosa, obscura, de onde brotariam as paixões, o medo, a criatividade e a própria vida e morte. Fonte: o livro citado de 1923, texto que deve ser acrescentado com o seguinte comentário da minha autoria: a contribuição mais significativa que Freud fez ao pensamento moderno é a de tentar dar ao conceito de inconsciente um status científico (não compartilhado por várias áreas da ciência e da psicologia). Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários; propõem uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos.
o divã usado por Freud para as suas análises da mente
O divã usado por Freud, hoje no Museu Freud em Londres, em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud . A sua biografia pode ser lida em: http://www.sparknotes.com/biography/freud/context.html Fonte: Biografia de Freud (em português) no Morasha.com
Parece ser este o motivo pelo qual não se detêm nas ideias freudianas por causa de que teoria do inconsciente, não lhes resolve o problema de provar que a humanidade nunca foi promíscua. Bem ao contrário, para Freud, especialmente no livro citado ao começo de este texto (livro), Totem e Taboo de 1913, compara aos doentes neuróticos ocidentais com as supostas formas de vida promíscuas dos nativos da Austrália Central. No é por acaso que Freud subintitula o texto como Semelhanças entre a vida psíquica dos selvagens e dos neuróticos. O autor compara os ritos de povos primitivos com a neurose, relacionando o significado original do totémico com o processo pelo qual passa o desejo inconsciente. O termo neurose foi criado pelo médico escocês William Cullen em 1769 para indicar desordens de sentidos e movimento causadas por efeitos gerais do sistema nervoso. Na tal que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional psicologia moderna, é sinónimo da psiconeurose ou distúrbio neurótico e se refere a qualquer desordem mental da pessoa. Essa é uma diferença importante em relação à psicose, desordem mais severa. A palavra deriva de duas palavras gregas: neuron (nervo) e osis (condição doente ou anormal). Fonte, os livros citados de Freud, as minhas analises desses textos e o meu livro O saber das crianças e a psicanálise da sua sexualidade e as palavras logicamente sintácticas de http://pt.wikipedia.org/wiki/Neurose.
A teoria freudiana não ajudava. Bem ao contrário, definia aos ocidentais como doentes por não poder materializar os seus desejos reprimidos pelo Id ou consciência da moralidade dos acontecimentos. Westermarck teve que se ajudar das definições egocêntricas do mundo ocidental, procurando leis de povos antigos, classificados como primitivos, ou de legislação de povos actuais, pretensamente promíscuos, mas legislados pelos códigos actuais. Como instituição, as leis primitivas definem uma relação entre um homem e várias mulheres ou várias mulheres e um homem. União reconhecida pelo costume e/ou a lei. Este comentário faz pensar nos direitos e deveres que este tipo de união envolve entre diferentes sociedades e culturas. Acrescenta, a seguir, os deveres dos adultos com os descendentes, como Westermack tinha definido em outro livro seu, citado mais em baixo, do ano 1906. Malinowski, pela sua parte, com renovada dinâmica procura, enquanto vive com povos não ocidentais, provar que a teoria de Freud não era aplicável a outros sítios que possuíam uma estrutura social e familiar. Por causa da descoberta, começa a investigar a relação entre homem e mulher que procriam para, mais tarde, transferir descendentes masculinos púberes para a casa do irmão da mãe. Ambos descobrem que o matrimónio é uma instituição e não uma forma de vida promíscua de vida entre os não ocidentais, denominados, nesses tempos, povos não civilizados ou selvagens. Concebem, assim, que o conceito de matrimónio não é unívoco, de que há varias formas, em consequência, varias definições que implicam diversos direitos e deveres, dependendo do contexto histórico-cultural em análise. Westermarck, estuda esses deveres e obrigações: os sexuais primeiro, e o cuidado da infância, a seguir. A relação sexual, tem como objectivo gratificar a pessoa que acompanha no dia-a-dia, sendo esta relação íntima um direito que se adquire entre os que se acompanham dia após dia na instituição matrimonial. Acrescenta que a relação sexual, entre os povos pensados como promíscuos, não é necessariamente exclusiva desses povos, acontece também entre nós, os denominados civilizados, como o costume e a lei reconhecem ao se abster de definir essa exclusividade conjugal, excepto se o adultério for uma proibição punida como ofensa pela lei positiva o pelo costume. Essas ofensas conjugais permitem ao outro/a, a solicitar a dissolução do matrimónio. Contravenções que nem sempre são punidas. Da sua investigação conclui que o estatuto matrimonial não é apenas uma situação de satisfação sexual, é também uma instituição económica, afecta os direitos de propriedade, se os bens passam a ser em comum, ou se os bens ficam dentro da família de um dos cônjuges, quem paga esse não uso de bens próprios, enviando aos seus descendentes, em idade púbere, a trabalhar com os bens da mãe, despojada deles pelo matrimónio. Trabalhar com os bens da mãe, dá direito a casamento com uma pessoa da família para procriar. É como o caso estudado por Radcliffe-Brown na África do Sul ou por Raymond Firth, entre os Maori, comentados quer no texto central, quer nesta infinitas notas de rodapé. O livro pode ser lido em: http://www.questia.com/PM.qst?a=o&d=10659090. O Capítulo III do livro, é interessante por comentar a hipótese do matrimónio promíscuo, absolutamente diferente aos comentários do Capítulo I em que se debate a instituição matrimonial, e as ideias sem base empírica ou documental, escritas pelos sociólogos e antropólogos do tempo de Westermarck, que tem por título: A criticism of the hypothesis of promiscuity: alleged instances of peoples living in promisicuity, comentado em http://blog.beliefnet.com/godspolitics/2007/04/jim-wallis-abortion-from-symbol-to.html Diz no capítulo referido que haveria uma interferência entre pais e crianças a viver como uma família na vida primitiva, opinião oposta à dos sociólogos que têm escrito sobre idades antigas da história da humanidade, como Westermarck, com base em documentos e pesquisa empírica entre grupos sociais que têm subsistido até o dia de hoje. A hipótese de Westermarck é que o grupo doméstico é uma conjuntura favorável para a sua reprodução por consistir de um casal w os seus descendentes, a viver juntos como uma família. Há colaboração entre eles, sempre dentro de uma conjuntura favorável para a sua reprodução como grupo doméstico. Os sociólogos que cita, têm uma opinião contrária; em base de suposições, retraindo o presente da etnias actuais com estrutura social muito elaborada, mal entendida por eles, ao denomina-las promíscuas. Normalmente afirmam que a raça humana deve ter vivido em configurações sociais sem matrimónio individual. Todos viviam em uma horda a tribo com acesso indiscriminado de todos os homens a todas as mulheres; as crianças nascidas de estas relações pertencem a todos por igual, com o dever de tomar conta deles, criar, amamentar, ensinar a caçar, lutar e ganhar as guerras, ou pelo menos, aprender a fazer guerra Esta opinião tem sido exprimida por académicos como Bachofen, McLennan, Morgan, Lord Avebury, Giraud¬ Teulon, Lippert, Kohler, Post, Wilken, Kropotkin, Wilutzky, Bloch, e muitos outros, a maior parte deles tratados em este texto. Fonte para este troço do meu texto: Short History of Human Marriage, (1926) uso o texto traduzido ao Castelhano em 1984 pela Editora Laertes S.A. de Ediciones, Barcelona, que pode ser lida em: http://www.questia.com/PM.qst?a=o&d=10659090 . O Volume I do livro de Marx O Capital, Capítulo 3, tem uma nota de rodapé que cita dos cientistas como enganados na sua interpretação do direito materno: Bachofen, Das Mutterrecht, pp. xix. xx. 10. Idem, Antiquarische; Briefe, p. 20 sq. McLennan, Studies in Ancient History, pp. 92, 95.
Idem, Studies in Ancient History, Second Series, pp. 55, 57; Morgan, Systems of consanguinity and Affinity, pp. 480, 487 e seguintes. Idem, Ancient Society, pp. 418, 500 e seguintes; Lord Avebury, Origin of Civilisation, p. 68 sqq. Idem, Marriage, Totemism and Religion, p. 3sqq. Giraud-Teulon : Les origines du mariage et de la famille, p. 70. Lippert; Kultur¬ geschichte der Menschheit, ii. 7. Kohler, Ein Beitrag zur ethnolo¬ gischen Jurisprudenz, in Zeitschr. vergl. Rechtswiss, iv. 267. Post, Die Geschlechtsgenossenschaft der Urzeit, p. 16sq. Idem, Die Grundlagen des Rechts, p. 183sq. Idem, Studien zur Entwickelungsgeschichte des Familienrechts, p. 54 e seguintes. Wilken, Over de primitieve vormen van het huwelijk en den oorsprong van het gezin, in De Indische Gids, 1880, vol. ii. 611. Idem, Das Matriarchat bei den alten Arabern, p. 7 e várias a seguir.
É bem sabido que Edward Westermarck, além das suas capacidades intelectuais para as línguas, estudou a língua inglesa especialmente para investigar A História do Matrimónio, no Museu Britânico, o que lhe permitira a seguir escrever e falar esse idioma à perfeição. Os textos citados mais acima, foram as suas leituras e a sua contrariedade. Edward Westermarck fez trabalho de campo e bem sabia que nos grupos das etnias da sua época, não apenas não havia relações sociais promíscuas ou mistura confusa e desordenada de relações sociais. Observou com cuidado a organização social estruturada por elas próprias, nas etnias estudadas por ele, ou as investigadas pelos seus estudantes, ou as lidas de outros autores. Provar o começo de vida humana, é uma tarefa não apenas delicada, especialmente nos Séculos XIX e começos do XX, por não existir instrumentos técnicos para estudar vestígios humanos, como era a sua organização social, quais as suas palavras, como entender as suas ideias. Quer Westermarck, quer os seus discípulos, receberam ataques e críticas, mas também uma justa apreciação do seu trabalho. Na Finlândia, a sua investigação e forma de pesquisar, influenciaram um crescido número de estudantes da academia Ábo em Turkuiou, entre eles a Rafael Karsten, que estudara a cultura Inca do Peru, Gunnar Landtman, aos Papuas da Nova Guiné, Hilma Granqvist (1890 Sipoo – 1972), Antropóloga Finlandesa de língua Sueca Swedish-speaking Finnish anthropologist, quem efectuou cumpridos estudos de campo entre os Palestinians. A Yrjö Hirn, estudante Finlandês devotado aos seus estudos de arte, literatura moderna e estética, tendo publicado um livro em 1912 sobre os pintores impressionistas, intitulado Dos Impressionistas a Kandinsky, livro que pode ser lido em: http://books.google.pt/books?id=R_2wIujisH4C&pg=PA226&lpg=PA226&dq=Yrj%C3%B6+Hirn+Biography&source=bl&ots=pxtEEHu1gk&sig=IknMUgxm7Sy1Lq_GfP8jXF5Q71I&hl=pt- PT&ei=8p4ySvbLHMrOjAe5zIWVCg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4 e Rolf Lagerborg, um incansável crítico da Cristandade, com recensões em todas as entrada Internet da página web http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Rolf+Lagerborg+Biography&btnG=Pesquisar&meta= A sua influencia no meio intelectual tinha sido tão imensa, que até o a caracterização do papel Violet, da peça de teatro de Berhard Shaw, Man and Superman (1905) é dominado por uma mulher moderna e auto consciente de ter lido Westermarck, como se pode apreciar na escrita e representação da peça de teatro. Peça que pode ser lida em: http://www.archive.org/stream/mansupermancomed00shawrich#page/n7/mode/2up O famoso antropólogo e sociólogo Claude Lévi – Strauss o têm considerado como o derradeiro e melhor representante da Escola Inglesa da Antropologia; conseguiu envolver, com poder excepcional e militante, criar uma corrente de pensamento que renovou o nosso entendimento social e moral para fundar uma compreensão descritiva da humanidade.
No entanto, é-me impossível não comentar aos comentadores de Westermarck, antes de fechar este parágrafo. O mais importante foi Émile Durkheim, que em 1895, na publicação francesa Revue Philosophique, 40, 1895, pp. 606 à 623, reproduzido na edição electrónica do motor de pesquisa Classiques em Sciences Sociales, analisa as teses de Westermarck em 22 páginas, que podem ser lidas no sítio web: http://www.uqac.uquebec.ca/zone30/Classiques_des_sciences_sociales/index.html
Durkheim começa por criticar aos sociólogos amadores que, sob qualquer pretexto, opinam sobre relações sociais, especialmente sobre a origem do matrimónio, e lua ao autor que analisa por ter retirado dados de documentos certos e inéditos que provam as hipóteses por ele colocadas. Mas, não apenas esse tipo de pesquisa que Durkheim pensa ser importante, bem como o facto de, após estudar documentos no museu, endereça os seus passos para a etnografia juntando assim dados escritos com factos positivos, estudados de forma de associação de ideias. Junta ao que vê, o que tem sabido por documentos, quer ele na Palestina, em Marrocos e de outros sítios, com dados trazidos pelos seus estudantes, especialmente os recolhidos por Malinowski entre os Mailú e os Massim. Mas, Durkheim lembra que no seu texto Les regles de la méthode, de 1894, que pode ser lido em: http://classiques.uqac.ca/classiques/Durkheim_emile/regles_methode/regles_methode.html define que documentos sem dados de campo, passa a ser uma fantasia de quem se denomina sociólogo, sem provar com dados positivos o que andou a pesquisar entre pergaminhos e textos antigos
Para saber mais, pode-se ler: Murrosajoilta: muistoja ja kokemuksia II (1918); Om Edvard Westermarck och verked från hans… by Rolf Lagerborg (1951); Sex and Society by M. Seymour-Smith (1976); Westermarck’s Ethics by Timothy Stroup (1982); Edward Westermarck: Essays on his life and works, ed. by Timothy Strouop (1982); Thinkers of the Twentieth Century, ed. by E. Devine el al (1985); Kadonneet alkuperät: Edvad Westermarckin sosiopsykologinen ajattelu by Juhani Ihanus (1990); Suomalaisen kulttuurifilosofian vuosisata by Mikko Salmela (1998); Suomen tieteen historia 2, ed. by Päiviö Tommila (2000); 100 Faces from Finland, ed. by Ulpu Marjomaa (2000); Ajatuksen kuku. Tankens vägar. Trains of thought, ed. by Inkeri Pitkäranta (2004). Fonte: as minhas leituras e http://www.kirjasto.sci.fi/ewester.htm.
Edward Wetesmarck não ficara nada satisfeito com o seu imenso trabalho da conjuntura do Matrimónio Humano. Parecia lhe que devia acrescentar o contexto ético, moral e histórico sobre a conjunturalidade reprodutiva do matrimónio. Assim fez, como vamos estudar em páginas mais em frente de este livro. De momento, apenas mencionar os títulos das obras:
The Origin and Development of the Moral Ideas. Macmillan, Londres, 1906.Obra que pode ser lida em linha, em: http://www.archive.org/stream/originanddevelo02westgoog http://www.archive.org/stream/originanddevelo02westgoog , American Institute of Psychology: Nova Iorque, (1917) 1985.
Não apenas influencia aos seus estudantes suecos finlandeses, também um bom número de estudantes ingleses. Biografia e Bibliografia, em: http://www.glbtq.com/social-sciences/westermarck_e.html

[…] http://aventar.eu/2010/07/27/edward-alexander-westermarck/ […]